Presos apontados como responsáveis por massacre são transferidos


Secretário do Amazonas afirma que eles corriam risco de morte dentro das penitenciárias do Estado

Por Márcia Oliveira

MANAUS - Os 17 detentos suspeitos de terem ordenado e participado do massacre ocorrido dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na virada do ano, serão transferidos nesta quarta-feira, 11, para presídios federais. A informação é da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap).

De acordo com o titular da pasta, Pedro Florêncio, por serem apontados como chefes de facção, os presos estavam correndo risco dentro das cadeias do Amazonas.

Polícia e Exército entraram noComplexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) para fazer revista Foto: Bruno Zanardo/SECOM AM
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Entre os detentos está Márcio Ramalho Diogo, o "Garrote", de 34 anos. Segundo a polícia, ele é apontado como o "xerife" do Compaj e seria o responsável por aplicar as penalidades aos demais presos de acordo com as regras da Família do Norte (FDN).

Foram divulgados os nomes dos 17 presos que serão transferidos. Além de Diogo, estão na lista Janes do Nascimento Cruz, Cláudio Dayan Felizardo Belfort, André Said de Araújo, Florêncio Nascimento Barros, José Bruno de Souza Pereira, Gileno Oliveira do Carmo, Demétrio Antonio Matias, Wilson Guimarães Fernandes, Fábio Palmas de Souza, Lenon Oliveira do Carmo, Heliuton Cabral do Carmo, Eduardo Queiroz Araújo, Reginaldo Muller Neto, João Ricardo Santos da Costa, Adailton Farias da Silva e Rivelino de Melo Muller.

Segundo a polícia, os detentos foram levados para o Batalhão de Choque, onde passarão por triagem. Depois, devem ser encaminhados para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. A Seap não informou para qual presídio eles serão enviados.

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MASSACRE EM MANAUS Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo. Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

1 preso custa R$ 4.129 por mês no Amazonas; veja valor em outros Estados

1 | 6

Rondônia: R$ 3 mil

Foto: Divulgação
2 | 6

Presídios federais: R$ 3,3 mil

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
3 | 6

Amazonas: R$ 4.129

Foto: AFP
4 | 6

Paraná: R$ 2.393

Foto: Roberto Custodio/JORNAL DE LONDRINA
5 | 6

Rio Grande do Sul: R$ 1.799

Foto: Divulgação
6 | 6

São Paulo: R$ 1.450

Foto: CELIO MESSIAS

Cinco dias depois, o PCC iniciou sua vingança e matou 31 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado, método usado pelo PCC em conflitos entre facções. Com 1.475 detentos, a PAMC é reduto do PCC, que está em guerra contra a facção carioca Comando Vermelho (CV) e seus aliados da FDN. Roraima tem 2.621 presos - 900 dos quais pertenceriam a facções, a maioria do PCC. No total, 27 facções disputam o controle do crime organizado nos Estados.

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Entenda o massacre no presídio de Manaus

1 | 1

Transferência

Foto: AP

A guerra de facções deixou o sistema penitenciário em alerta, os e governadores de Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pediram ajuda do governo federal com o envio da Força Nacional. Amazonas foi o primeiro Estado a receber. A crise é tamanha que, segundo o Conselho Nacional de Justiça, são necessários R$ 10 bilhões para acabar com déficit prisional no País.

Relembre massacres em presídios pelo País

1 | 13

Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

Foto: REUTERS/JPavani
2 | 13

Compaj

Foto: Edmar Barros/Futura Press
3 | 13

Carandiru

Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Carandiru

Foto: Heitor Hui/Estadão
5 | 13

Carandiru

Foto: Itamar Miranda/Estadão
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Carandiru

Foto: Monica Zarattini/Estadão
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Carandiru

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
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Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes
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Urso Branco

Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Urso Branco

Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Casa de Custódia Benfica

Foto: Marcos de Paula/Estadão
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Benfica

Foto: Marcos D'Paula

MANAUS - Os 17 detentos suspeitos de terem ordenado e participado do massacre ocorrido dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na virada do ano, serão transferidos nesta quarta-feira, 11, para presídios federais. A informação é da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap).

De acordo com o titular da pasta, Pedro Florêncio, por serem apontados como chefes de facção, os presos estavam correndo risco dentro das cadeias do Amazonas.

Polícia e Exército entraram noComplexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) para fazer revista Foto: Bruno Zanardo/SECOM AM

Entre os detentos está Márcio Ramalho Diogo, o "Garrote", de 34 anos. Segundo a polícia, ele é apontado como o "xerife" do Compaj e seria o responsável por aplicar as penalidades aos demais presos de acordo com as regras da Família do Norte (FDN).

Foram divulgados os nomes dos 17 presos que serão transferidos. Além de Diogo, estão na lista Janes do Nascimento Cruz, Cláudio Dayan Felizardo Belfort, André Said de Araújo, Florêncio Nascimento Barros, José Bruno de Souza Pereira, Gileno Oliveira do Carmo, Demétrio Antonio Matias, Wilson Guimarães Fernandes, Fábio Palmas de Souza, Lenon Oliveira do Carmo, Heliuton Cabral do Carmo, Eduardo Queiroz Araújo, Reginaldo Muller Neto, João Ricardo Santos da Costa, Adailton Farias da Silva e Rivelino de Melo Muller.

Segundo a polícia, os detentos foram levados para o Batalhão de Choque, onde passarão por triagem. Depois, devem ser encaminhados para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. A Seap não informou para qual presídio eles serão enviados.

MASSACRE EM MANAUS Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo. Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

1 preso custa R$ 4.129 por mês no Amazonas; veja valor em outros Estados

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Rondônia: R$ 3 mil

Foto: Divulgação
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Presídios federais: R$ 3,3 mil

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Amazonas: R$ 4.129

Foto: AFP
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Paraná: R$ 2.393

Foto: Roberto Custodio/JORNAL DE LONDRINA
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Rio Grande do Sul: R$ 1.799

Foto: Divulgação
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São Paulo: R$ 1.450

Foto: CELIO MESSIAS

Cinco dias depois, o PCC iniciou sua vingança e matou 31 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado, método usado pelo PCC em conflitos entre facções. Com 1.475 detentos, a PAMC é reduto do PCC, que está em guerra contra a facção carioca Comando Vermelho (CV) e seus aliados da FDN. Roraima tem 2.621 presos - 900 dos quais pertenceriam a facções, a maioria do PCC. No total, 27 facções disputam o controle do crime organizado nos Estados.

Entenda o massacre no presídio de Manaus

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Transferência

Foto: AP

A guerra de facções deixou o sistema penitenciário em alerta, os e governadores de Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pediram ajuda do governo federal com o envio da Força Nacional. Amazonas foi o primeiro Estado a receber. A crise é tamanha que, segundo o Conselho Nacional de Justiça, são necessários R$ 10 bilhões para acabar com déficit prisional no País.

Relembre massacres em presídios pelo País

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Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

Foto: REUTERS/JPavani
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Compaj

Foto: Edmar Barros/Futura Press
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Carandiru

Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Carandiru

Foto: Heitor Hui/Estadão
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Carandiru

Foto: Itamar Miranda/Estadão
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Carandiru

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Carandiru

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
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Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes
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Urso Branco

Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Urso Branco

Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Casa de Custódia Benfica

Foto: Marcos de Paula/Estadão
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Benfica

Foto: Marcos D'Paula

MANAUS - Os 17 detentos suspeitos de terem ordenado e participado do massacre ocorrido dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na virada do ano, serão transferidos nesta quarta-feira, 11, para presídios federais. A informação é da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap).

De acordo com o titular da pasta, Pedro Florêncio, por serem apontados como chefes de facção, os presos estavam correndo risco dentro das cadeias do Amazonas.

Polícia e Exército entraram noComplexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) para fazer revista Foto: Bruno Zanardo/SECOM AM

Entre os detentos está Márcio Ramalho Diogo, o "Garrote", de 34 anos. Segundo a polícia, ele é apontado como o "xerife" do Compaj e seria o responsável por aplicar as penalidades aos demais presos de acordo com as regras da Família do Norte (FDN).

Foram divulgados os nomes dos 17 presos que serão transferidos. Além de Diogo, estão na lista Janes do Nascimento Cruz, Cláudio Dayan Felizardo Belfort, André Said de Araújo, Florêncio Nascimento Barros, José Bruno de Souza Pereira, Gileno Oliveira do Carmo, Demétrio Antonio Matias, Wilson Guimarães Fernandes, Fábio Palmas de Souza, Lenon Oliveira do Carmo, Heliuton Cabral do Carmo, Eduardo Queiroz Araújo, Reginaldo Muller Neto, João Ricardo Santos da Costa, Adailton Farias da Silva e Rivelino de Melo Muller.

Segundo a polícia, os detentos foram levados para o Batalhão de Choque, onde passarão por triagem. Depois, devem ser encaminhados para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. A Seap não informou para qual presídio eles serão enviados.

MASSACRE EM MANAUS Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo. Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

1 preso custa R$ 4.129 por mês no Amazonas; veja valor em outros Estados

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Rondônia: R$ 3 mil

Foto: Divulgação
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Presídios federais: R$ 3,3 mil

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Amazonas: R$ 4.129

Foto: AFP
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Paraná: R$ 2.393

Foto: Roberto Custodio/JORNAL DE LONDRINA
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Rio Grande do Sul: R$ 1.799

Foto: Divulgação
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São Paulo: R$ 1.450

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Cinco dias depois, o PCC iniciou sua vingança e matou 31 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado, método usado pelo PCC em conflitos entre facções. Com 1.475 detentos, a PAMC é reduto do PCC, que está em guerra contra a facção carioca Comando Vermelho (CV) e seus aliados da FDN. Roraima tem 2.621 presos - 900 dos quais pertenceriam a facções, a maioria do PCC. No total, 27 facções disputam o controle do crime organizado nos Estados.

Entenda o massacre no presídio de Manaus

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A guerra de facções deixou o sistema penitenciário em alerta, os e governadores de Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pediram ajuda do governo federal com o envio da Força Nacional. Amazonas foi o primeiro Estado a receber. A crise é tamanha que, segundo o Conselho Nacional de Justiça, são necessários R$ 10 bilhões para acabar com déficit prisional no País.

Relembre massacres em presídios pelo País

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Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

Foto: REUTERS/JPavani
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Compaj

Foto: Edmar Barros/Futura Press
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Carandiru

Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Carandiru

Foto: Heitor Hui/Estadão
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Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Pedrinhas

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Urso Branco

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Urso Branco

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Casa de Custódia Benfica

Foto: Marcos de Paula/Estadão
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Benfica

Foto: Marcos D'Paula

MANAUS - Os 17 detentos suspeitos de terem ordenado e participado do massacre ocorrido dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na virada do ano, serão transferidos nesta quarta-feira, 11, para presídios federais. A informação é da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap).

De acordo com o titular da pasta, Pedro Florêncio, por serem apontados como chefes de facção, os presos estavam correndo risco dentro das cadeias do Amazonas.

Polícia e Exército entraram noComplexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) para fazer revista Foto: Bruno Zanardo/SECOM AM

Entre os detentos está Márcio Ramalho Diogo, o "Garrote", de 34 anos. Segundo a polícia, ele é apontado como o "xerife" do Compaj e seria o responsável por aplicar as penalidades aos demais presos de acordo com as regras da Família do Norte (FDN).

Foram divulgados os nomes dos 17 presos que serão transferidos. Além de Diogo, estão na lista Janes do Nascimento Cruz, Cláudio Dayan Felizardo Belfort, André Said de Araújo, Florêncio Nascimento Barros, José Bruno de Souza Pereira, Gileno Oliveira do Carmo, Demétrio Antonio Matias, Wilson Guimarães Fernandes, Fábio Palmas de Souza, Lenon Oliveira do Carmo, Heliuton Cabral do Carmo, Eduardo Queiroz Araújo, Reginaldo Muller Neto, João Ricardo Santos da Costa, Adailton Farias da Silva e Rivelino de Melo Muller.

Segundo a polícia, os detentos foram levados para o Batalhão de Choque, onde passarão por triagem. Depois, devem ser encaminhados para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. A Seap não informou para qual presídio eles serão enviados.

MASSACRE EM MANAUS Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo. Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

1 preso custa R$ 4.129 por mês no Amazonas; veja valor em outros Estados

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Rondônia: R$ 3 mil

Foto: Divulgação
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Presídios federais: R$ 3,3 mil

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Amazonas: R$ 4.129

Foto: AFP
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Paraná: R$ 2.393

Foto: Roberto Custodio/JORNAL DE LONDRINA
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Rio Grande do Sul: R$ 1.799

Foto: Divulgação
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São Paulo: R$ 1.450

Foto: CELIO MESSIAS

Cinco dias depois, o PCC iniciou sua vingança e matou 31 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado, método usado pelo PCC em conflitos entre facções. Com 1.475 detentos, a PAMC é reduto do PCC, que está em guerra contra a facção carioca Comando Vermelho (CV) e seus aliados da FDN. Roraima tem 2.621 presos - 900 dos quais pertenceriam a facções, a maioria do PCC. No total, 27 facções disputam o controle do crime organizado nos Estados.

Entenda o massacre no presídio de Manaus

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A guerra de facções deixou o sistema penitenciário em alerta, os e governadores de Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pediram ajuda do governo federal com o envio da Força Nacional. Amazonas foi o primeiro Estado a receber. A crise é tamanha que, segundo o Conselho Nacional de Justiça, são necessários R$ 10 bilhões para acabar com déficit prisional no País.

Relembre massacres em presídios pelo País

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Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

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Compaj

Foto: Edmar Barros/Futura Press
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Carandiru

Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Foto: Itamar Miranda/Estadão
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Carandiru

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Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
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Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes
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Urso Branco

Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Urso Branco

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Casa de Custódia Benfica

Foto: Marcos de Paula/Estadão
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Benfica

Foto: Marcos D'Paula

MANAUS - Os 17 detentos suspeitos de terem ordenado e participado do massacre ocorrido dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na virada do ano, serão transferidos nesta quarta-feira, 11, para presídios federais. A informação é da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap).

De acordo com o titular da pasta, Pedro Florêncio, por serem apontados como chefes de facção, os presos estavam correndo risco dentro das cadeias do Amazonas.

Polícia e Exército entraram noComplexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) para fazer revista Foto: Bruno Zanardo/SECOM AM

Entre os detentos está Márcio Ramalho Diogo, o "Garrote", de 34 anos. Segundo a polícia, ele é apontado como o "xerife" do Compaj e seria o responsável por aplicar as penalidades aos demais presos de acordo com as regras da Família do Norte (FDN).

Foram divulgados os nomes dos 17 presos que serão transferidos. Além de Diogo, estão na lista Janes do Nascimento Cruz, Cláudio Dayan Felizardo Belfort, André Said de Araújo, Florêncio Nascimento Barros, José Bruno de Souza Pereira, Gileno Oliveira do Carmo, Demétrio Antonio Matias, Wilson Guimarães Fernandes, Fábio Palmas de Souza, Lenon Oliveira do Carmo, Heliuton Cabral do Carmo, Eduardo Queiroz Araújo, Reginaldo Muller Neto, João Ricardo Santos da Costa, Adailton Farias da Silva e Rivelino de Melo Muller.

Segundo a polícia, os detentos foram levados para o Batalhão de Choque, onde passarão por triagem. Depois, devem ser encaminhados para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. A Seap não informou para qual presídio eles serão enviados.

MASSACRE EM MANAUS Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo. Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

1 preso custa R$ 4.129 por mês no Amazonas; veja valor em outros Estados

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Rondônia: R$ 3 mil

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Presídios federais: R$ 3,3 mil

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Amazonas: R$ 4.129

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Paraná: R$ 2.393

Foto: Roberto Custodio/JORNAL DE LONDRINA
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Rio Grande do Sul: R$ 1.799

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São Paulo: R$ 1.450

Foto: CELIO MESSIAS

Cinco dias depois, o PCC iniciou sua vingança e matou 31 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado, método usado pelo PCC em conflitos entre facções. Com 1.475 detentos, a PAMC é reduto do PCC, que está em guerra contra a facção carioca Comando Vermelho (CV) e seus aliados da FDN. Roraima tem 2.621 presos - 900 dos quais pertenceriam a facções, a maioria do PCC. No total, 27 facções disputam o controle do crime organizado nos Estados.

Entenda o massacre no presídio de Manaus

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Transferência

Foto: AP

A guerra de facções deixou o sistema penitenciário em alerta, os e governadores de Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pediram ajuda do governo federal com o envio da Força Nacional. Amazonas foi o primeiro Estado a receber. A crise é tamanha que, segundo o Conselho Nacional de Justiça, são necessários R$ 10 bilhões para acabar com déficit prisional no País.

Relembre massacres em presídios pelo País

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Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

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Carandiru

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Pedrinhas

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Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes
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Urso Branco

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Urso Branco

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Casa de Custódia Benfica

Foto: Marcos de Paula/Estadão
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Benfica

Foto: Marcos D'Paula

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