Professor do Rio cria super-herói para falar dos dilemas dos negros


Histórias em quadrinhos do Chama Negra falam do universo das comunidades cariocas

Por Alex Jorge Braga
Atualização:

Após ser expulso da favela pelo tráfico, Francisco, um negro de 17 anos, conhece um cientista. Após várias peripécias, o garoto adquire superpoderes e passa a se dividir entre os estudos e o combate a vilões. Essa é a história do Chama Negra, personagem criado pelo professor de Educação Física Julio Cesar Paladino, de 32 anos. O educador decidiu contar em histórias em quadrinhos a desafiante rotina das comunidades.

Atualmente residindo no Flamengo, zona sul carioca, Paladino viveu, desde a infância, nos arredores do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, no subúrbio do Rio. E foi a partir dessa estreita convivência que surgiu a ideia de criar o Chama Negra. “Quando era mais novo, fazia tudo com o pessoal da favela, íamos às festas, à Igreja, e ao shopping”, conta. “Com pequenas adaptações, tudo que escrevi foram histórias que ouvi dos meus amigos que moram no Juramento. A primeira referência é o nosso mundo real.”

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Consumidor assíduo do universo nerd, o escritor partilha que utilizou apenas duas referências para criar o Chama Negra. Uma é o Homem-Aranha, pela conturbada trajetória de vida, e outro é o Super Choque, por ser negro. O autor afirma, porém, que um personagem cheio de inspirações estrangeiras poderia não dar conta de exprimir a realidade da exclusão social.

Professor diz ter se inspirado no Homem-Aranha e no Super Choque. Foto: Julio Cesar Paladino

“Queria um personagem bem brasileiro”, afirma. “Reconheço que não é fácil falar de certos temas, mas queria que todos pudessem ver a dura vida de quem mora nessa região, pois quem vive longe não entende.”

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Francisco, o Chama Negra, vive as aventuras com dois grandes amigos, Gabriel e Bruna, por quem nutre uma secreta paixão. O protagonista é o único negro do trio. Paladino, por ser branco, contou que teve que entender os dilemas dos negros para tornar a obra mais representativa.

“Para escrever, pesquisei bastante, além de buscar pessoas com mais propriedade sobre o assunto, como por exemplo alguns influencers negros que me explicaram algumas questões”, diz. “O retorno que tive dos leitores negros é que realmente eles se sentiam representados, principalmente o pessoal de comunidade. E isso me deixou realizado.”

O professor de educação física Julio Cesar Paladino, que criou o super-herói Chama Negra. Foto: Mateus Paladino
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Escritor independente, Julio Paladino lançou o primeiro volume em julho 2020, e o segundo em setembro do ano seguinte. “Nunca tive lucro. Cobro um valor baixo, só para cobrir os gastos e eu não ficar no prejuízo. Eu não quero lançar o livro por nenhuma editora que vai cobrar um valor exorbitante. Não faz sentido, porque os pobres não vão poder comprar.”

Após ser expulso da favela pelo tráfico, Francisco, um negro de 17 anos, conhece um cientista. Após várias peripécias, o garoto adquire superpoderes e passa a se dividir entre os estudos e o combate a vilões. Essa é a história do Chama Negra, personagem criado pelo professor de Educação Física Julio Cesar Paladino, de 32 anos. O educador decidiu contar em histórias em quadrinhos a desafiante rotina das comunidades.

Atualmente residindo no Flamengo, zona sul carioca, Paladino viveu, desde a infância, nos arredores do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, no subúrbio do Rio. E foi a partir dessa estreita convivência que surgiu a ideia de criar o Chama Negra. “Quando era mais novo, fazia tudo com o pessoal da favela, íamos às festas, à Igreja, e ao shopping”, conta. “Com pequenas adaptações, tudo que escrevi foram histórias que ouvi dos meus amigos que moram no Juramento. A primeira referência é o nosso mundo real.”

Consumidor assíduo do universo nerd, o escritor partilha que utilizou apenas duas referências para criar o Chama Negra. Uma é o Homem-Aranha, pela conturbada trajetória de vida, e outro é o Super Choque, por ser negro. O autor afirma, porém, que um personagem cheio de inspirações estrangeiras poderia não dar conta de exprimir a realidade da exclusão social.

Professor diz ter se inspirado no Homem-Aranha e no Super Choque. Foto: Julio Cesar Paladino

“Queria um personagem bem brasileiro”, afirma. “Reconheço que não é fácil falar de certos temas, mas queria que todos pudessem ver a dura vida de quem mora nessa região, pois quem vive longe não entende.”

Francisco, o Chama Negra, vive as aventuras com dois grandes amigos, Gabriel e Bruna, por quem nutre uma secreta paixão. O protagonista é o único negro do trio. Paladino, por ser branco, contou que teve que entender os dilemas dos negros para tornar a obra mais representativa.

“Para escrever, pesquisei bastante, além de buscar pessoas com mais propriedade sobre o assunto, como por exemplo alguns influencers negros que me explicaram algumas questões”, diz. “O retorno que tive dos leitores negros é que realmente eles se sentiam representados, principalmente o pessoal de comunidade. E isso me deixou realizado.”

O professor de educação física Julio Cesar Paladino, que criou o super-herói Chama Negra. Foto: Mateus Paladino

Escritor independente, Julio Paladino lançou o primeiro volume em julho 2020, e o segundo em setembro do ano seguinte. “Nunca tive lucro. Cobro um valor baixo, só para cobrir os gastos e eu não ficar no prejuízo. Eu não quero lançar o livro por nenhuma editora que vai cobrar um valor exorbitante. Não faz sentido, porque os pobres não vão poder comprar.”

Após ser expulso da favela pelo tráfico, Francisco, um negro de 17 anos, conhece um cientista. Após várias peripécias, o garoto adquire superpoderes e passa a se dividir entre os estudos e o combate a vilões. Essa é a história do Chama Negra, personagem criado pelo professor de Educação Física Julio Cesar Paladino, de 32 anos. O educador decidiu contar em histórias em quadrinhos a desafiante rotina das comunidades.

Atualmente residindo no Flamengo, zona sul carioca, Paladino viveu, desde a infância, nos arredores do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, no subúrbio do Rio. E foi a partir dessa estreita convivência que surgiu a ideia de criar o Chama Negra. “Quando era mais novo, fazia tudo com o pessoal da favela, íamos às festas, à Igreja, e ao shopping”, conta. “Com pequenas adaptações, tudo que escrevi foram histórias que ouvi dos meus amigos que moram no Juramento. A primeira referência é o nosso mundo real.”

Consumidor assíduo do universo nerd, o escritor partilha que utilizou apenas duas referências para criar o Chama Negra. Uma é o Homem-Aranha, pela conturbada trajetória de vida, e outro é o Super Choque, por ser negro. O autor afirma, porém, que um personagem cheio de inspirações estrangeiras poderia não dar conta de exprimir a realidade da exclusão social.

Professor diz ter se inspirado no Homem-Aranha e no Super Choque. Foto: Julio Cesar Paladino

“Queria um personagem bem brasileiro”, afirma. “Reconheço que não é fácil falar de certos temas, mas queria que todos pudessem ver a dura vida de quem mora nessa região, pois quem vive longe não entende.”

Francisco, o Chama Negra, vive as aventuras com dois grandes amigos, Gabriel e Bruna, por quem nutre uma secreta paixão. O protagonista é o único negro do trio. Paladino, por ser branco, contou que teve que entender os dilemas dos negros para tornar a obra mais representativa.

“Para escrever, pesquisei bastante, além de buscar pessoas com mais propriedade sobre o assunto, como por exemplo alguns influencers negros que me explicaram algumas questões”, diz. “O retorno que tive dos leitores negros é que realmente eles se sentiam representados, principalmente o pessoal de comunidade. E isso me deixou realizado.”

O professor de educação física Julio Cesar Paladino, que criou o super-herói Chama Negra. Foto: Mateus Paladino

Escritor independente, Julio Paladino lançou o primeiro volume em julho 2020, e o segundo em setembro do ano seguinte. “Nunca tive lucro. Cobro um valor baixo, só para cobrir os gastos e eu não ficar no prejuízo. Eu não quero lançar o livro por nenhuma editora que vai cobrar um valor exorbitante. Não faz sentido, porque os pobres não vão poder comprar.”

Após ser expulso da favela pelo tráfico, Francisco, um negro de 17 anos, conhece um cientista. Após várias peripécias, o garoto adquire superpoderes e passa a se dividir entre os estudos e o combate a vilões. Essa é a história do Chama Negra, personagem criado pelo professor de Educação Física Julio Cesar Paladino, de 32 anos. O educador decidiu contar em histórias em quadrinhos a desafiante rotina das comunidades.

Atualmente residindo no Flamengo, zona sul carioca, Paladino viveu, desde a infância, nos arredores do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, no subúrbio do Rio. E foi a partir dessa estreita convivência que surgiu a ideia de criar o Chama Negra. “Quando era mais novo, fazia tudo com o pessoal da favela, íamos às festas, à Igreja, e ao shopping”, conta. “Com pequenas adaptações, tudo que escrevi foram histórias que ouvi dos meus amigos que moram no Juramento. A primeira referência é o nosso mundo real.”

Consumidor assíduo do universo nerd, o escritor partilha que utilizou apenas duas referências para criar o Chama Negra. Uma é o Homem-Aranha, pela conturbada trajetória de vida, e outro é o Super Choque, por ser negro. O autor afirma, porém, que um personagem cheio de inspirações estrangeiras poderia não dar conta de exprimir a realidade da exclusão social.

Professor diz ter se inspirado no Homem-Aranha e no Super Choque. Foto: Julio Cesar Paladino

“Queria um personagem bem brasileiro”, afirma. “Reconheço que não é fácil falar de certos temas, mas queria que todos pudessem ver a dura vida de quem mora nessa região, pois quem vive longe não entende.”

Francisco, o Chama Negra, vive as aventuras com dois grandes amigos, Gabriel e Bruna, por quem nutre uma secreta paixão. O protagonista é o único negro do trio. Paladino, por ser branco, contou que teve que entender os dilemas dos negros para tornar a obra mais representativa.

“Para escrever, pesquisei bastante, além de buscar pessoas com mais propriedade sobre o assunto, como por exemplo alguns influencers negros que me explicaram algumas questões”, diz. “O retorno que tive dos leitores negros é que realmente eles se sentiam representados, principalmente o pessoal de comunidade. E isso me deixou realizado.”

O professor de educação física Julio Cesar Paladino, que criou o super-herói Chama Negra. Foto: Mateus Paladino

Escritor independente, Julio Paladino lançou o primeiro volume em julho 2020, e o segundo em setembro do ano seguinte. “Nunca tive lucro. Cobro um valor baixo, só para cobrir os gastos e eu não ficar no prejuízo. Eu não quero lançar o livro por nenhuma editora que vai cobrar um valor exorbitante. Não faz sentido, porque os pobres não vão poder comprar.”

Após ser expulso da favela pelo tráfico, Francisco, um negro de 17 anos, conhece um cientista. Após várias peripécias, o garoto adquire superpoderes e passa a se dividir entre os estudos e o combate a vilões. Essa é a história do Chama Negra, personagem criado pelo professor de Educação Física Julio Cesar Paladino, de 32 anos. O educador decidiu contar em histórias em quadrinhos a desafiante rotina das comunidades.

Atualmente residindo no Flamengo, zona sul carioca, Paladino viveu, desde a infância, nos arredores do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, no subúrbio do Rio. E foi a partir dessa estreita convivência que surgiu a ideia de criar o Chama Negra. “Quando era mais novo, fazia tudo com o pessoal da favela, íamos às festas, à Igreja, e ao shopping”, conta. “Com pequenas adaptações, tudo que escrevi foram histórias que ouvi dos meus amigos que moram no Juramento. A primeira referência é o nosso mundo real.”

Consumidor assíduo do universo nerd, o escritor partilha que utilizou apenas duas referências para criar o Chama Negra. Uma é o Homem-Aranha, pela conturbada trajetória de vida, e outro é o Super Choque, por ser negro. O autor afirma, porém, que um personagem cheio de inspirações estrangeiras poderia não dar conta de exprimir a realidade da exclusão social.

Professor diz ter se inspirado no Homem-Aranha e no Super Choque. Foto: Julio Cesar Paladino

“Queria um personagem bem brasileiro”, afirma. “Reconheço que não é fácil falar de certos temas, mas queria que todos pudessem ver a dura vida de quem mora nessa região, pois quem vive longe não entende.”

Francisco, o Chama Negra, vive as aventuras com dois grandes amigos, Gabriel e Bruna, por quem nutre uma secreta paixão. O protagonista é o único negro do trio. Paladino, por ser branco, contou que teve que entender os dilemas dos negros para tornar a obra mais representativa.

“Para escrever, pesquisei bastante, além de buscar pessoas com mais propriedade sobre o assunto, como por exemplo alguns influencers negros que me explicaram algumas questões”, diz. “O retorno que tive dos leitores negros é que realmente eles se sentiam representados, principalmente o pessoal de comunidade. E isso me deixou realizado.”

O professor de educação física Julio Cesar Paladino, que criou o super-herói Chama Negra. Foto: Mateus Paladino

Escritor independente, Julio Paladino lançou o primeiro volume em julho 2020, e o segundo em setembro do ano seguinte. “Nunca tive lucro. Cobro um valor baixo, só para cobrir os gastos e eu não ficar no prejuízo. Eu não quero lançar o livro por nenhuma editora que vai cobrar um valor exorbitante. Não faz sentido, porque os pobres não vão poder comprar.”

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