Atualizada às 16h37
RIO - Manifestantes que partiram às 13 horas do Morro Pavão-Pavãozinho (Copacabana, zona sul), rumo ao cemitério São João Batista (Botafogo, zona sul), pararam em frente à sede do 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM), na rua Tonelero (Copacabana), para protestar contra a morte do dançarino Douglas Pereira.
Os cerca de 50 manifestantes acusam policiais militares pela morte do rapaz, ocorrida na última segunda-feira, 21, em uma creche na favela. Pereira, que trabalhava no programa Esquenta (TV Globo), foi morto com um tiro nas costas, de acordo com o laudo cadavérico do Instituto Médico Legal (IML).
A passeata interrompeu o trânsito na Avenida Nossa Senhora de Copacabana e na Rua Figueiredo Magalhães, duas das principais vias de Copacabana. Cerca de dez mototaxistas promovem um buzinaço à frente dos manifestantes. Comerciantes fecharam as lojas às pressas, com medo de depredações e saques. A PM acompanha a manifestação, mas não houve ainda violência.
Por volta das 15h, um grupo de manifestantes vestidos de preto e bradando palavras de ordem contra a imprensa se juntou aos moradores da favela Pavão-Pavãozinho e de outras comunidades. O ambiente é de grande tensão, depois de mais de uma hora de passeata pacífica, entre o morro, em Copacabana, na zona sul do Rio, e o cemitério São João Batista, em Botafogo, onde o corpo de Douglas está sendo velado e será enterrado.
"Fora Rede Globo", "mídia fascista, sensacionalista", gritam alguns manifestantes. Jornalistas foram cercados e ameaçados de agressão. Policiais militares do Batalhão de Choque estão nas proximidades do cemitério. Também há policiais à paisana.