Quais as regiões onde mais gente mora em apartamentos, segundo o IBGE?


Dados mostram evolução das cidades, onde se dá preferência à construção de prédios

Por Roberta Jansen

Pode parecer uma surpresa para quem vive em grandes centros urbanos, como São Paulo ou Rio de Janeiro, mas a população brasileira mora predominante em casas (não em apartamentos). Entretanto, essa tendência começa a mudar, com a urbanização cada vez mais acelerada do País. É o que mostra a nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, 20.

De acordo com os dados de 2023, 84,6% dos domicílios do País são casas, ao passo que os apartamentos eram 15,2%. No entanto, de 2016 para 2023, o número de apartamentos cresceu 27,5%, enquanto o de casas aumentou 13,7%, contribuindo para uma queda na porcentagem de casas e de uma elevação na de apartamentos.

Em todas as regiões a porcentagem de casas foi elevada, porém, pela primeira vez na série histórica, uma grande região apresentou uma porcentagem de casas abaixo dos 80%. No Sudeste, eram 79,8% de casas para 20,1% de apartamentos.

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Casas e prédios no bairro da Bela Vista, em São Paulo: a maior parte da população brasileira ainda vive em casas, segundo IBGE. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

“Devemos considerar a evolução das cidades, onde se dá preferência à construção de prédios de apartamentos, uma vez que, em um mesmo terreno, é possível ter dezenas de unidades domiciliares em vez de uma”, explicou o economista William Araújo Kratochwill, pesquisador do IBGE responsável pela divulgação. “Até o século passado, éramos um País predominantemente rural, agora, somos predominantemente urbanos, é natural que aumente a porcentagem de apartamentos nas aglomerações urbanas.”

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Além disso, acrescenta o economista, em geral, é mais barato comprar um apartamento pequeno do que uma casa. Sem falar na questão da segurança; os prédios tendem a ser mais seguros.

Os novos dados da PNAD corroboram os números do Censo 2022 divulgados na semana passada, registrando um aumento significativo do número de domicílios nos últimos anos e da porcentagem das habitações alugadas, não próprias. Segundo os novos dados, o número de domicílios particulares permanentes no País foi estimado em 77,7 milhões – um valor 4,8% maior do que o registrado um ano antes e 15,6% maior do que em 2016.

O trabalho demonstrou uma contínua redução na porcentagem de domicílios próprios já pagos, de 66,7% em 2016 para 64,8%, em 2019. Em 2022 caiu para 63,8% e, no ano seguinte, para 62,3%. Durante esse período, a porcentagem de domicílios alugados aumentou de 18,5% para 22,4%.

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E como é essa casa em que vive o brasileiro? De uma forma geral, é possível dizer que a maioria dos brasileiros vive em casas com paredes de alvenaria ou taipa com revestimento, telhado com telhas, laje ou ambos e piso de cerâmica, lajota ou pedra. A grande maioria também tinha abastecimento de água, energia elétrica e banheiro ligado à rede de saneamento ou fossa séptica.

De acordo com a PNAD, dos 77,7 milhões de domicílios brasileiros, a grande maioria, 69,2 milhões (ou 89,1%), têm as paredes externas de alvenaria ou taipa com revestimento; um aumento de 16,8% em relação a 2016. O piso por sua vez tem como material predominante em 81,7% das casas cerâmica, lajota ou pedra. Uma porcentagem considerável de residências (11,7%) tem piso de cimento, enquanto a madeira aparece em 6,1% das casas.

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Em 2023, 49,4% dos domicílios apresentavam telha sem laje de concreto como material predominante de cobertura e 33,0%, telha com laje de concreto. Outras 14,8% das residências apresentavam somente a laje de concreto como telhado e 2,7% utilizavam algum outro material.

O novo levantamento mostra que 85,9% das residências do País tinham acesso à rede geral de abastecimento de água. Praticamente todas as casas, 98,1%, tinham um banheiro de uso exclusivo e, em 69,9%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou por uma fossa séptica ligada à rede geral.

O destino do lixo dos domicílios brasileiros é feito principalmente por meio de coleta direta feita por serviço de limpeza. Os dados da PNAD mostram que, além de ser a modalidade principal, ela vem aumentando gradativamente, passando de 82,7% em 2016, para 86,1% em 2023.

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O acesso à energia elétrica, por sua vez, atingiu 99,8% dos domicílios em 2023 com disponibilidade em tempo integral e praticamente todos eles. O elevado acesso à energia elétrica se repete em todas as grandes regiões do País. A nova edição da PNAD investigou também a existência de alguns bens de consumo representativos nos domicílios, como geladeira, máquina de lavar roupa, automóvel e motocicleta.

De acordo com os dados, 98,2% dos domicílios tinham uma geladeira. A máquina de lavar apresenta uma cobertura um pouco mais baixa, 69,4%, com diferenças regionais acentuadas: as regiões Nordeste (39,0%) e Norte (55,0%) apresentaram as menores porcentagens, enquanto as regiões Sul (89,6%), Sudeste (81,5%) e Centro-Oeste (80,5%) as maiores. A maioria dos domicílios apresentava um meio de transporte próprio, 48,1% com carros, 24,6% com motos e 12,6% com ambos.

“A geladeira, atualmente, é um bem praticamente universal”, afirmou o economista William Araújo Kratochwill, que apresentou o novo levantamento. “A máquina de lavar roupa segue aumentando de forma consistente; são sinais de evolução, do amadurecimento da economia brasileira.”

Pode parecer uma surpresa para quem vive em grandes centros urbanos, como São Paulo ou Rio de Janeiro, mas a população brasileira mora predominante em casas (não em apartamentos). Entretanto, essa tendência começa a mudar, com a urbanização cada vez mais acelerada do País. É o que mostra a nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, 20.

De acordo com os dados de 2023, 84,6% dos domicílios do País são casas, ao passo que os apartamentos eram 15,2%. No entanto, de 2016 para 2023, o número de apartamentos cresceu 27,5%, enquanto o de casas aumentou 13,7%, contribuindo para uma queda na porcentagem de casas e de uma elevação na de apartamentos.

Em todas as regiões a porcentagem de casas foi elevada, porém, pela primeira vez na série histórica, uma grande região apresentou uma porcentagem de casas abaixo dos 80%. No Sudeste, eram 79,8% de casas para 20,1% de apartamentos.

Casas e prédios no bairro da Bela Vista, em São Paulo: a maior parte da população brasileira ainda vive em casas, segundo IBGE. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

“Devemos considerar a evolução das cidades, onde se dá preferência à construção de prédios de apartamentos, uma vez que, em um mesmo terreno, é possível ter dezenas de unidades domiciliares em vez de uma”, explicou o economista William Araújo Kratochwill, pesquisador do IBGE responsável pela divulgação. “Até o século passado, éramos um País predominantemente rural, agora, somos predominantemente urbanos, é natural que aumente a porcentagem de apartamentos nas aglomerações urbanas.”

Além disso, acrescenta o economista, em geral, é mais barato comprar um apartamento pequeno do que uma casa. Sem falar na questão da segurança; os prédios tendem a ser mais seguros.

Os novos dados da PNAD corroboram os números do Censo 2022 divulgados na semana passada, registrando um aumento significativo do número de domicílios nos últimos anos e da porcentagem das habitações alugadas, não próprias. Segundo os novos dados, o número de domicílios particulares permanentes no País foi estimado em 77,7 milhões – um valor 4,8% maior do que o registrado um ano antes e 15,6% maior do que em 2016.

O trabalho demonstrou uma contínua redução na porcentagem de domicílios próprios já pagos, de 66,7% em 2016 para 64,8%, em 2019. Em 2022 caiu para 63,8% e, no ano seguinte, para 62,3%. Durante esse período, a porcentagem de domicílios alugados aumentou de 18,5% para 22,4%.

E como é essa casa em que vive o brasileiro? De uma forma geral, é possível dizer que a maioria dos brasileiros vive em casas com paredes de alvenaria ou taipa com revestimento, telhado com telhas, laje ou ambos e piso de cerâmica, lajota ou pedra. A grande maioria também tinha abastecimento de água, energia elétrica e banheiro ligado à rede de saneamento ou fossa séptica.

De acordo com a PNAD, dos 77,7 milhões de domicílios brasileiros, a grande maioria, 69,2 milhões (ou 89,1%), têm as paredes externas de alvenaria ou taipa com revestimento; um aumento de 16,8% em relação a 2016. O piso por sua vez tem como material predominante em 81,7% das casas cerâmica, lajota ou pedra. Uma porcentagem considerável de residências (11,7%) tem piso de cimento, enquanto a madeira aparece em 6,1% das casas.

Em 2023, 49,4% dos domicílios apresentavam telha sem laje de concreto como material predominante de cobertura e 33,0%, telha com laje de concreto. Outras 14,8% das residências apresentavam somente a laje de concreto como telhado e 2,7% utilizavam algum outro material.

O novo levantamento mostra que 85,9% das residências do País tinham acesso à rede geral de abastecimento de água. Praticamente todas as casas, 98,1%, tinham um banheiro de uso exclusivo e, em 69,9%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou por uma fossa séptica ligada à rede geral.

O destino do lixo dos domicílios brasileiros é feito principalmente por meio de coleta direta feita por serviço de limpeza. Os dados da PNAD mostram que, além de ser a modalidade principal, ela vem aumentando gradativamente, passando de 82,7% em 2016, para 86,1% em 2023.

O acesso à energia elétrica, por sua vez, atingiu 99,8% dos domicílios em 2023 com disponibilidade em tempo integral e praticamente todos eles. O elevado acesso à energia elétrica se repete em todas as grandes regiões do País. A nova edição da PNAD investigou também a existência de alguns bens de consumo representativos nos domicílios, como geladeira, máquina de lavar roupa, automóvel e motocicleta.

De acordo com os dados, 98,2% dos domicílios tinham uma geladeira. A máquina de lavar apresenta uma cobertura um pouco mais baixa, 69,4%, com diferenças regionais acentuadas: as regiões Nordeste (39,0%) e Norte (55,0%) apresentaram as menores porcentagens, enquanto as regiões Sul (89,6%), Sudeste (81,5%) e Centro-Oeste (80,5%) as maiores. A maioria dos domicílios apresentava um meio de transporte próprio, 48,1% com carros, 24,6% com motos e 12,6% com ambos.

“A geladeira, atualmente, é um bem praticamente universal”, afirmou o economista William Araújo Kratochwill, que apresentou o novo levantamento. “A máquina de lavar roupa segue aumentando de forma consistente; são sinais de evolução, do amadurecimento da economia brasileira.”

Pode parecer uma surpresa para quem vive em grandes centros urbanos, como São Paulo ou Rio de Janeiro, mas a população brasileira mora predominante em casas (não em apartamentos). Entretanto, essa tendência começa a mudar, com a urbanização cada vez mais acelerada do País. É o que mostra a nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, 20.

De acordo com os dados de 2023, 84,6% dos domicílios do País são casas, ao passo que os apartamentos eram 15,2%. No entanto, de 2016 para 2023, o número de apartamentos cresceu 27,5%, enquanto o de casas aumentou 13,7%, contribuindo para uma queda na porcentagem de casas e de uma elevação na de apartamentos.

Em todas as regiões a porcentagem de casas foi elevada, porém, pela primeira vez na série histórica, uma grande região apresentou uma porcentagem de casas abaixo dos 80%. No Sudeste, eram 79,8% de casas para 20,1% de apartamentos.

Casas e prédios no bairro da Bela Vista, em São Paulo: a maior parte da população brasileira ainda vive em casas, segundo IBGE. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

“Devemos considerar a evolução das cidades, onde se dá preferência à construção de prédios de apartamentos, uma vez que, em um mesmo terreno, é possível ter dezenas de unidades domiciliares em vez de uma”, explicou o economista William Araújo Kratochwill, pesquisador do IBGE responsável pela divulgação. “Até o século passado, éramos um País predominantemente rural, agora, somos predominantemente urbanos, é natural que aumente a porcentagem de apartamentos nas aglomerações urbanas.”

Além disso, acrescenta o economista, em geral, é mais barato comprar um apartamento pequeno do que uma casa. Sem falar na questão da segurança; os prédios tendem a ser mais seguros.

Os novos dados da PNAD corroboram os números do Censo 2022 divulgados na semana passada, registrando um aumento significativo do número de domicílios nos últimos anos e da porcentagem das habitações alugadas, não próprias. Segundo os novos dados, o número de domicílios particulares permanentes no País foi estimado em 77,7 milhões – um valor 4,8% maior do que o registrado um ano antes e 15,6% maior do que em 2016.

O trabalho demonstrou uma contínua redução na porcentagem de domicílios próprios já pagos, de 66,7% em 2016 para 64,8%, em 2019. Em 2022 caiu para 63,8% e, no ano seguinte, para 62,3%. Durante esse período, a porcentagem de domicílios alugados aumentou de 18,5% para 22,4%.

E como é essa casa em que vive o brasileiro? De uma forma geral, é possível dizer que a maioria dos brasileiros vive em casas com paredes de alvenaria ou taipa com revestimento, telhado com telhas, laje ou ambos e piso de cerâmica, lajota ou pedra. A grande maioria também tinha abastecimento de água, energia elétrica e banheiro ligado à rede de saneamento ou fossa séptica.

De acordo com a PNAD, dos 77,7 milhões de domicílios brasileiros, a grande maioria, 69,2 milhões (ou 89,1%), têm as paredes externas de alvenaria ou taipa com revestimento; um aumento de 16,8% em relação a 2016. O piso por sua vez tem como material predominante em 81,7% das casas cerâmica, lajota ou pedra. Uma porcentagem considerável de residências (11,7%) tem piso de cimento, enquanto a madeira aparece em 6,1% das casas.

Em 2023, 49,4% dos domicílios apresentavam telha sem laje de concreto como material predominante de cobertura e 33,0%, telha com laje de concreto. Outras 14,8% das residências apresentavam somente a laje de concreto como telhado e 2,7% utilizavam algum outro material.

O novo levantamento mostra que 85,9% das residências do País tinham acesso à rede geral de abastecimento de água. Praticamente todas as casas, 98,1%, tinham um banheiro de uso exclusivo e, em 69,9%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou por uma fossa séptica ligada à rede geral.

O destino do lixo dos domicílios brasileiros é feito principalmente por meio de coleta direta feita por serviço de limpeza. Os dados da PNAD mostram que, além de ser a modalidade principal, ela vem aumentando gradativamente, passando de 82,7% em 2016, para 86,1% em 2023.

O acesso à energia elétrica, por sua vez, atingiu 99,8% dos domicílios em 2023 com disponibilidade em tempo integral e praticamente todos eles. O elevado acesso à energia elétrica se repete em todas as grandes regiões do País. A nova edição da PNAD investigou também a existência de alguns bens de consumo representativos nos domicílios, como geladeira, máquina de lavar roupa, automóvel e motocicleta.

De acordo com os dados, 98,2% dos domicílios tinham uma geladeira. A máquina de lavar apresenta uma cobertura um pouco mais baixa, 69,4%, com diferenças regionais acentuadas: as regiões Nordeste (39,0%) e Norte (55,0%) apresentaram as menores porcentagens, enquanto as regiões Sul (89,6%), Sudeste (81,5%) e Centro-Oeste (80,5%) as maiores. A maioria dos domicílios apresentava um meio de transporte próprio, 48,1% com carros, 24,6% com motos e 12,6% com ambos.

“A geladeira, atualmente, é um bem praticamente universal”, afirmou o economista William Araújo Kratochwill, que apresentou o novo levantamento. “A máquina de lavar roupa segue aumentando de forma consistente; são sinais de evolução, do amadurecimento da economia brasileira.”

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