O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 28, que o Brasil tem 207.750.291 habitantes, segundo estimativas com base nos dados preliminares coletados até agora pelo Censo 2022. Balanços mais completos devem ser obtidos somente em março, segundo o órgão federal.
Pelos cálculos do IBGE, São Paulo e Rio se mantêm como as cidades mais populosas do Brasil, com 12,2 milhões e 6,6 milhões de habitantes. Em terceiro aparece a capital federal, Brasília, com 2,9 milhões de moradores. Já o quarto lugar tem uma disputa acirrada entre Salvador e Fortaleza, com 2,611 e 2,596 milhões de habitantes, respectivamente.
Veja o top 10:
1. São Paulo (SP) - 12.200.180
2. Rio de Janeiro (RJ) - 6.625.849
3. Brasília (DF) - 2.923.369
4. Salvador (BA) - 2.610.987
5. Fortaleza (CE) - 2.596.157
6. Belo Horizonte (MG) - 2.392.678
7. Manaus (AM) - 2.054.731
8. Curitiba (PR) - 1.871.789
9. Recife (PE) - 1.494.586
10. Goiânia (GO) - 1.414.483
O IBGE já reconheceu que a coleta das informações do Censo, iniciada em 1º de agosto passado, deverá se estender até pelo menos fevereiro, quando o instituto espera cumprir a etapa de verificação de informações coletadas, revisita a domicílios com moradores ausentes e a lares onde houve recusa de moradores, ou endereços que foram relatados pelos recenseadores como não ocupados.
De acordo com o IBGE, mais de 4 mil municípios já atingiram cerca de 99% da população estimada como recenseada. A coleta está mais atrasada, aquém dos 80%, em apenas 111 cidades, predominantemente de grande porte, como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Até a terça-feira, 27, os recenseadores já tinham visitado 87,786 milhões de domicílios. O recenseamento está mais avançado no Piauí, onde 96,8% da população estimada já foi recenseada, seguido por Santa Catarina (92,7%), Paraíba (92,2%), Sergipe (92,0%), Rio Grande do Norte (90,4%) e Alagoas (90,1%). Os estados com a coleta mais atrasada são Amapá (73,3%), Mato Grosso (74,8%), Espírito Santo (75,8%) e São Paulo (76,1%).
Desde o início dos sucessivos atrasos no prazo para coletar as informações do Censo 2022, o instituto federal vem mencionando como principal motivo para o problema a falta de recenseadores. Para os diretores do órgão, o mercado de trabalho aquecido reduz o interesse de trabalhadores em potencial no emprego temporário de pesquisador – a operação exige a contratação temporária de aproximadamente 200 mil recenseadores, que têm a missão de visitar todos os domicílios do País.
Desde o início do trabalho de campo, têm sido registradas queixas de recenseadores sobre remunerações baixas e demora no pagamento. A dificuldade de recrutar e manter os recenseadores atuando na coleta forçou o instituto a prorrogar o trabalho, previsto inicialmente para ser realizado entre 1º de agosto a 31 de outubro.