Duas vítimas da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira foram encontradas na tarde desta quarta-feira, 25, e mais duas na manhã desta quinta, 26, durante as buscas realizadas no Rio Tocantins, entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Com a localização dos novos corpos, sobe para oito o número de vítimas fatais por conta do desabamento da ponte. Nove pessoas ainda estão desaparecidas.
Conforme a Polícia Militar tocantinense, as duas pessoas encontradas na quarta-feira são Anísio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53. Ambos são avós de uma criança de 11 anos, que também teve o óbito confirmado e já foi retirada do rio. Conforme a polícia, eles foram encontrados dentro de um caminhão.
Já as duas vítimas encontradas na manhã desta quinta-feira ainda não foram identificadas. Elas foram encontradas pela equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros do Tocantins dentro de uma caminhonete, próximo ao caminhão de defensivos agrícolas que também caiu no rio. Os corpos devem ser removidos do leito do rio nesta tarde. Segundo o Coronel Menezes, mergulhador do Corpo de Bombeiros, eles estão em locais de difícil acesso.
Confira as identidades das vítimas da queda da ponte:
- Resgatado com Vida: Jairo Silva Rodrigues (36 anos);
- Óbitos confirmados: Lorena Rodrigues Ribeiro (25 anos), Lorrane Cidronio de Jesus (11 anos), Kecio Francisco Santos Lopes (42 anos), Andreia Maria de Sousa (45 anos), Anisio Padilha Soares (43 anos) e Silvana dos Santos Rocha Soares (53 anos);
- Desaparecidos ou sem óbito confirmado: Beroaldo dos Santos (51 anos), Alessandra do Socorro Ribeiro (50 anos), Salmon Alves Santos (65 anos), Felipe Giuvannuci Ribeiro (10 anos), Cássia de Sousa Tavares (34 anos), Cecília Tavares Rodrigues (3 anos), Marçon Gley Ferreira, Osmarina da Silva Carvalho (48 anos), Gessimar Ferreira (38 anos), Ailson Gomes Carneiro (57 anos) e Elisangela Santos das Chagas (50 anos).
No último domingo, 22, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, de 533 metros e mais de 60 anos, teve parte da sua estrutura colapsada. A estrutura faz parte de um eixo rodoviário importante para a região Norte, por ser ponto de travessia das rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).
Ao todo 10 veículos, entre carros, caminhões e motocicletas, foram atingidos pelo acidentes. Dois caminhões carregavam ácido sulfúrico (um produto corrosivo e altamente perigoso para a saúde humana) e um, que transportava defensivos agrícolas, caíram no Rio Tocantins.
Por esse motivo, as buscas por mergulhadores tiveram que ser suspensas, mas já foram retomadas nesta quarta, sob o comando da Marinha, que recebe o apoios dos Bombeiros dos Estados do Tocantins, Pará e Maranhão.
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Uma equipe de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR) foi ao local para fazer testes com relação à qualidade da água e, segundo a ANA, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, os resultados das primeiras análises realizadas no local indicam que não houve alteração de pH e condutividade elétrica na água.
“O que indica não ter havido impactos sobre a qualidade em decorrência da carga de ácido sulfúrico que potencialmente teria atingido o rio”, afirma a agência.
Com isso, a busca por meio de mergulhadores foi realizada nesta quarta. De acordo com a Marinha, as análises da água do rios são feitas continuamente, e o trabalho dos mergulhadores foi liberado por conta da inexistência de material nocivo na água.
Em nota, a Marinha diz que “todas as precauções necessárias estão sendo observadas devido às peculiaridades do rio nas profundidades a serem exploradas, com registros de cerca de 40 metros”.
No local, está sendo empregado um sonar “sidescan” para identificar, no leito do rio, os veículos que estão submersos em razão do desabamento da ponte. Essa é uma forma de garantir que a atuação dos mergulhadores seja mais precisa, informou a Marinha.
Na última terça, o ministro dos Transportes, Renan Filho anunciou também a abertura de uma sindicância para apurar as responsabilidades do desabamento, e afirmou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) realizará as obras, com previsão de entrega em 2025 e sob o custo entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, investidos pelo Governo Federal.