A Polícia Federal instaurou um inquérito nesta terça-feira, 24, para apurar as responsabilidades pela queda da parte central da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, no último domingo.
Quatro pessoas morreram e outras 12 estão desaparecidas depois que dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas, caíram no rio. Mergulhadores da Marinha ajudam nas buscas pelos desaparecidos da queda.
A investigação será conduzida pelas Superintendências Polícia Federal no Maranhão e no Tocantins, que têm jurisdição sobre a área.
A ponte tem um contrato de manutenção em vigência até julho de 2026, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), mas o órgão não conseguiu contratar uma empresa para fazer obras na estrutura.
Em maio deste ano, a autarquia lançou um edital de R$ 13 milhões para recuperar a ponte. A licitação, no entanto, fracassou, segundo o órgão.
Além de buscar a responsabilização criminal pelo queda da ponte, a PF informou que vai investigar os danos ambientais decorrentes. Ao todo, três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto químico corrosivo, caíram no Rio Tocantins.
Uma equipe composta por cinco peritos do Instituto Nacional de Criminalística, sendo dois engenheiros civis, dois especialistas em local de crime e um especialista em meio ambiente, será deslocada ainda nesta terça-feira para a Delegacia de Polícia Federal em Imperatriz.
“A Polícia Federal destaca a importância de apurar as causas do acidente e os danos ambientais decorrentes, assegurando a responsabilidade dos envolvidos e contribuindo para a segurança e proteção da população e do meio ambiente”, diz a corporação, em nota.
O Maranhão já orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo rio Tocantins que ficam abaixo do desabamento no curso do rio, na direção em que a água flui, até que se determine que a pluma (massa) de contaminantes tenha se diluído e não ofereça perigo ao consumo da água.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) realizará as obras de restauro, com previsão de entrega em 2025 e sob o custo entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, investidos pelo Governo Federal.