Rádio foi força negativa e positiva no massacre de Ruanda


BBC criou programa para ajudar refugiados a ser reunir com suas famílias.

Por BBC Brasil

A capacidade da BBC de responder a eventos em todo o mundo ficou ainda mais evidente no genocídio ocorrido em Ruanda, em 1994. A tradicional tensão entre tutsis e hutus explodiu em uma matança sem precedentes depois que o avião que levava os presidentes de Ruanda e do vizinho Burundi foi derrubado. Hutus iniciaram uma onda de violência contra tutsis. Em resposta, a Frente Patriótica Ruandesa, liderada pelos tutsis, lançou uma campanha militar para assumir o controle do país. Os rebeldes tomaram o controle do país em três meses, mas nesse período 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos. Em seguida, 2 milhões de hutus, muitos envolvidos diretamente no massacre, fugiram para o vizinho Zaire, a atual República Democrática do Congo. Nesse conflito, o rádio teve papel crucial. No início da crise, hutus usaram o rádio para provocar a violência contra tutsis. Depois da mudança de poder, a estação ruandesa Mille Collines transmitia propaganda contra os hutus, responsabilizados pelo início da violência. A pedido de organizações de ajuda, a BBC ajudou a restaurar o equilíbrio. Produtores dos serviços em francês e Swahili, que falavam as línguas da região, kiyarwanda e kirundi, trabalharam com a Cruz Vermelha para criar uma linha de comunicação para os milhões que tiveram que deixar suas casas, com informações detalhadas sobre os desaparecidos. O serviço da BBC para os Grandes Lagos começou a ser transmitido a partir dessa linha de comunicação em 15 de setembro de 1994, pouco depois do genocídio. Foi Neville Harms, na época, chefe do serviço em swahili, que teve a idéia de estabelecer o projeto para ajudar o povo de Ruanda durante a crise. Burundi também foi incluído, por abrigar milhares de refugiados. A primeira transmissão, BBC Gahuzamiryango - "o que reúne famílias" -, era um programa de 15 minutos que tinha como objetivo reunir as famílias separadas. Os produtores de Ruanda e Burundi, que já trabalhavam no serviço em swahili, foram os pioneiros, passando parte do dia trabalhando no programa. Além deste projeto, a BBC passou a transmitir também boletins de notícias de três minutos de duração para a região dos Grandes Lagos. Este novo serviço foi financiado, inicialmente, por entidades como a Cruz Vermelha Internacional, a Oxfam, a Save the Children e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, entre outras. O programa transmitia os nomes das crianças que procuravam seus pais e mensagens de refugiados morando nos campos da Tanzânia, Congo e Burundi, que estavam tentando encontrar familiares. Com a melhoria na situação, muitos refugiados voltaram para casa e a maior parte das crianças foi reunida com suas famílias. Como resultado, as ONGs suspenderam o financiamento. Mas, como o projeto era a única transmissão de rádio confiável e independente na região dos Grandes Lagos, o Serviço Mundial decidiu transformá-lo em um serviço de língua oficial. Ele hoje transmite para a região dos Grandes Lagos (Ruanda, Burundi, leste do Congo, oeste da Tanzânia e oeste de Uganda) por 30 minutos diários em Kinyarwanda e Kirundi e permanece essencial para grande parte da população. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A capacidade da BBC de responder a eventos em todo o mundo ficou ainda mais evidente no genocídio ocorrido em Ruanda, em 1994. A tradicional tensão entre tutsis e hutus explodiu em uma matança sem precedentes depois que o avião que levava os presidentes de Ruanda e do vizinho Burundi foi derrubado. Hutus iniciaram uma onda de violência contra tutsis. Em resposta, a Frente Patriótica Ruandesa, liderada pelos tutsis, lançou uma campanha militar para assumir o controle do país. Os rebeldes tomaram o controle do país em três meses, mas nesse período 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos. Em seguida, 2 milhões de hutus, muitos envolvidos diretamente no massacre, fugiram para o vizinho Zaire, a atual República Democrática do Congo. Nesse conflito, o rádio teve papel crucial. No início da crise, hutus usaram o rádio para provocar a violência contra tutsis. Depois da mudança de poder, a estação ruandesa Mille Collines transmitia propaganda contra os hutus, responsabilizados pelo início da violência. A pedido de organizações de ajuda, a BBC ajudou a restaurar o equilíbrio. Produtores dos serviços em francês e Swahili, que falavam as línguas da região, kiyarwanda e kirundi, trabalharam com a Cruz Vermelha para criar uma linha de comunicação para os milhões que tiveram que deixar suas casas, com informações detalhadas sobre os desaparecidos. O serviço da BBC para os Grandes Lagos começou a ser transmitido a partir dessa linha de comunicação em 15 de setembro de 1994, pouco depois do genocídio. Foi Neville Harms, na época, chefe do serviço em swahili, que teve a idéia de estabelecer o projeto para ajudar o povo de Ruanda durante a crise. Burundi também foi incluído, por abrigar milhares de refugiados. A primeira transmissão, BBC Gahuzamiryango - "o que reúne famílias" -, era um programa de 15 minutos que tinha como objetivo reunir as famílias separadas. Os produtores de Ruanda e Burundi, que já trabalhavam no serviço em swahili, foram os pioneiros, passando parte do dia trabalhando no programa. Além deste projeto, a BBC passou a transmitir também boletins de notícias de três minutos de duração para a região dos Grandes Lagos. Este novo serviço foi financiado, inicialmente, por entidades como a Cruz Vermelha Internacional, a Oxfam, a Save the Children e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, entre outras. O programa transmitia os nomes das crianças que procuravam seus pais e mensagens de refugiados morando nos campos da Tanzânia, Congo e Burundi, que estavam tentando encontrar familiares. Com a melhoria na situação, muitos refugiados voltaram para casa e a maior parte das crianças foi reunida com suas famílias. Como resultado, as ONGs suspenderam o financiamento. Mas, como o projeto era a única transmissão de rádio confiável e independente na região dos Grandes Lagos, o Serviço Mundial decidiu transformá-lo em um serviço de língua oficial. Ele hoje transmite para a região dos Grandes Lagos (Ruanda, Burundi, leste do Congo, oeste da Tanzânia e oeste de Uganda) por 30 minutos diários em Kinyarwanda e Kirundi e permanece essencial para grande parte da população. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A capacidade da BBC de responder a eventos em todo o mundo ficou ainda mais evidente no genocídio ocorrido em Ruanda, em 1994. A tradicional tensão entre tutsis e hutus explodiu em uma matança sem precedentes depois que o avião que levava os presidentes de Ruanda e do vizinho Burundi foi derrubado. Hutus iniciaram uma onda de violência contra tutsis. Em resposta, a Frente Patriótica Ruandesa, liderada pelos tutsis, lançou uma campanha militar para assumir o controle do país. Os rebeldes tomaram o controle do país em três meses, mas nesse período 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos. Em seguida, 2 milhões de hutus, muitos envolvidos diretamente no massacre, fugiram para o vizinho Zaire, a atual República Democrática do Congo. Nesse conflito, o rádio teve papel crucial. No início da crise, hutus usaram o rádio para provocar a violência contra tutsis. Depois da mudança de poder, a estação ruandesa Mille Collines transmitia propaganda contra os hutus, responsabilizados pelo início da violência. A pedido de organizações de ajuda, a BBC ajudou a restaurar o equilíbrio. Produtores dos serviços em francês e Swahili, que falavam as línguas da região, kiyarwanda e kirundi, trabalharam com a Cruz Vermelha para criar uma linha de comunicação para os milhões que tiveram que deixar suas casas, com informações detalhadas sobre os desaparecidos. O serviço da BBC para os Grandes Lagos começou a ser transmitido a partir dessa linha de comunicação em 15 de setembro de 1994, pouco depois do genocídio. Foi Neville Harms, na época, chefe do serviço em swahili, que teve a idéia de estabelecer o projeto para ajudar o povo de Ruanda durante a crise. Burundi também foi incluído, por abrigar milhares de refugiados. A primeira transmissão, BBC Gahuzamiryango - "o que reúne famílias" -, era um programa de 15 minutos que tinha como objetivo reunir as famílias separadas. Os produtores de Ruanda e Burundi, que já trabalhavam no serviço em swahili, foram os pioneiros, passando parte do dia trabalhando no programa. Além deste projeto, a BBC passou a transmitir também boletins de notícias de três minutos de duração para a região dos Grandes Lagos. Este novo serviço foi financiado, inicialmente, por entidades como a Cruz Vermelha Internacional, a Oxfam, a Save the Children e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, entre outras. O programa transmitia os nomes das crianças que procuravam seus pais e mensagens de refugiados morando nos campos da Tanzânia, Congo e Burundi, que estavam tentando encontrar familiares. Com a melhoria na situação, muitos refugiados voltaram para casa e a maior parte das crianças foi reunida com suas famílias. Como resultado, as ONGs suspenderam o financiamento. Mas, como o projeto era a única transmissão de rádio confiável e independente na região dos Grandes Lagos, o Serviço Mundial decidiu transformá-lo em um serviço de língua oficial. Ele hoje transmite para a região dos Grandes Lagos (Ruanda, Burundi, leste do Congo, oeste da Tanzânia e oeste de Uganda) por 30 minutos diários em Kinyarwanda e Kirundi e permanece essencial para grande parte da população. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A capacidade da BBC de responder a eventos em todo o mundo ficou ainda mais evidente no genocídio ocorrido em Ruanda, em 1994. A tradicional tensão entre tutsis e hutus explodiu em uma matança sem precedentes depois que o avião que levava os presidentes de Ruanda e do vizinho Burundi foi derrubado. Hutus iniciaram uma onda de violência contra tutsis. Em resposta, a Frente Patriótica Ruandesa, liderada pelos tutsis, lançou uma campanha militar para assumir o controle do país. Os rebeldes tomaram o controle do país em três meses, mas nesse período 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos. Em seguida, 2 milhões de hutus, muitos envolvidos diretamente no massacre, fugiram para o vizinho Zaire, a atual República Democrática do Congo. Nesse conflito, o rádio teve papel crucial. No início da crise, hutus usaram o rádio para provocar a violência contra tutsis. Depois da mudança de poder, a estação ruandesa Mille Collines transmitia propaganda contra os hutus, responsabilizados pelo início da violência. A pedido de organizações de ajuda, a BBC ajudou a restaurar o equilíbrio. Produtores dos serviços em francês e Swahili, que falavam as línguas da região, kiyarwanda e kirundi, trabalharam com a Cruz Vermelha para criar uma linha de comunicação para os milhões que tiveram que deixar suas casas, com informações detalhadas sobre os desaparecidos. O serviço da BBC para os Grandes Lagos começou a ser transmitido a partir dessa linha de comunicação em 15 de setembro de 1994, pouco depois do genocídio. Foi Neville Harms, na época, chefe do serviço em swahili, que teve a idéia de estabelecer o projeto para ajudar o povo de Ruanda durante a crise. Burundi também foi incluído, por abrigar milhares de refugiados. A primeira transmissão, BBC Gahuzamiryango - "o que reúne famílias" -, era um programa de 15 minutos que tinha como objetivo reunir as famílias separadas. Os produtores de Ruanda e Burundi, que já trabalhavam no serviço em swahili, foram os pioneiros, passando parte do dia trabalhando no programa. Além deste projeto, a BBC passou a transmitir também boletins de notícias de três minutos de duração para a região dos Grandes Lagos. Este novo serviço foi financiado, inicialmente, por entidades como a Cruz Vermelha Internacional, a Oxfam, a Save the Children e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, entre outras. O programa transmitia os nomes das crianças que procuravam seus pais e mensagens de refugiados morando nos campos da Tanzânia, Congo e Burundi, que estavam tentando encontrar familiares. Com a melhoria na situação, muitos refugiados voltaram para casa e a maior parte das crianças foi reunida com suas famílias. Como resultado, as ONGs suspenderam o financiamento. Mas, como o projeto era a única transmissão de rádio confiável e independente na região dos Grandes Lagos, o Serviço Mundial decidiu transformá-lo em um serviço de língua oficial. Ele hoje transmite para a região dos Grandes Lagos (Ruanda, Burundi, leste do Congo, oeste da Tanzânia e oeste de Uganda) por 30 minutos diários em Kinyarwanda e Kirundi e permanece essencial para grande parte da população. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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