Raquel Dodge cobra esclarecimento do assassinato de Marielle Franco


Em um evento, a procuradora-geral da República reconheceu a importância da ativista e defensora dos direitos humanos no Rio de Janeiro

Por Teo Cury

BRASÍLIA - Em um evento que discute a prevenção da violência doméstica contra a mulher realizado no Conselho Nacional do Ministério Público nesta quarta-feira, 5, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cobrou o esclarecimento do assassinato da vereadora Marielle Franco, que, segundo ela, foi uma importante ativista e defensora dos direitos humanos no Rio de Janeiro. 

Vereadora Marielle Franco foi assassinada em 14 de março, no centro do Rio Foto: Renan Olaz/CMRJ

"(Marielle Franco) Emprestou a sua voz em favor de populações mais excluídas e seu assassinato é uma expressão da violência contra a mulher e contra a mulher negra que quer ocupar espaço de poder no nosso país e, portanto, necessita ser o quanto antes esclarecido", disse Raquel Dodge, que foi aplaudida na sequência.

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Defensora dos direitos de moradores de favelas, negros, mulheres e da população LGBT, Marielle levou quatro tiros na cabeça dentro de seu carro na noite de 14 de março. Ela e seu motorista saíam de um evento no Estácio, região central do Rio, quando foram executados. Foi noticiado que as câmeras de segurança da Prefeitura do ponto exato onde ocorreu o crime haviam sido desligadas, mas não houve maiores esclarecimentos.

Investigação. No final de novembro, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que não há garantias de que o assassinato da vereadora e de seu motorista conseguirá ser elucidado ainda este ano. Segundo Jungmann, "existiria uma grande articulação envolvendo agentes públicos, milicianos e políticos" atuando para impedir a resolução do caso. "Eu diria que (o envolvimento deles no crime) é mais do que uma certeza", insistiu.

À época, Jungmann declarou que a Polícia Federal passou a atuar mais diretamente no caso no início de novembro, apesar de ter se oferecido para ajudar nas investigações no dia seguinte ao assassinato, em março - o que foi descartado pelo Estado.

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"A Polícia Federal - que nós oferecemos mais de uma vez que ela viesse para cá - é uma das melhores polícias investigativas do mundo, e eu acredito que ela vai, sim, avançar. Vai avançar esclarecendo o complô dos poderosos, dos podres poderes, que eu tenho certeza que é fundamental acabar com eles para o bem da sociedade do Rio de Janeiro", afirmou Jungmann.

Apesar de admitir que o caso talvez ainda demore, Jungmann assegurou que ele será elucidado. "Nós vamos chegar em quem for. A Polícia Federal tem distanciamento suficiente, e é fundamental para poder avançar nesse processo de faxina do Rio de Janeiro, e é disso que se trata." 

No início de novembro, o ex-juiz federal Sérgio Moro afirmou que, assumindo o Ministério da Justiça e da Segurança Pública do Governo Bolsonaro (PSL), vai ver 'o que é possível fazer' no caso do assassinato da vereadora e do motorista.

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"Não desconheço o problema que envolve o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do senhor Anderson Gomes, acho que é um crime que tem que ser solucionado. Assumindo o Ministério, pretendo me inteirar melhor dessas questões e ver o que é possível fazer no âmbito do Ministério", declarou na ocasião. 

BRASÍLIA - Em um evento que discute a prevenção da violência doméstica contra a mulher realizado no Conselho Nacional do Ministério Público nesta quarta-feira, 5, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cobrou o esclarecimento do assassinato da vereadora Marielle Franco, que, segundo ela, foi uma importante ativista e defensora dos direitos humanos no Rio de Janeiro. 

Vereadora Marielle Franco foi assassinada em 14 de março, no centro do Rio Foto: Renan Olaz/CMRJ

"(Marielle Franco) Emprestou a sua voz em favor de populações mais excluídas e seu assassinato é uma expressão da violência contra a mulher e contra a mulher negra que quer ocupar espaço de poder no nosso país e, portanto, necessita ser o quanto antes esclarecido", disse Raquel Dodge, que foi aplaudida na sequência.

Defensora dos direitos de moradores de favelas, negros, mulheres e da população LGBT, Marielle levou quatro tiros na cabeça dentro de seu carro na noite de 14 de março. Ela e seu motorista saíam de um evento no Estácio, região central do Rio, quando foram executados. Foi noticiado que as câmeras de segurança da Prefeitura do ponto exato onde ocorreu o crime haviam sido desligadas, mas não houve maiores esclarecimentos.

Investigação. No final de novembro, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que não há garantias de que o assassinato da vereadora e de seu motorista conseguirá ser elucidado ainda este ano. Segundo Jungmann, "existiria uma grande articulação envolvendo agentes públicos, milicianos e políticos" atuando para impedir a resolução do caso. "Eu diria que (o envolvimento deles no crime) é mais do que uma certeza", insistiu.

À época, Jungmann declarou que a Polícia Federal passou a atuar mais diretamente no caso no início de novembro, apesar de ter se oferecido para ajudar nas investigações no dia seguinte ao assassinato, em março - o que foi descartado pelo Estado.

"A Polícia Federal - que nós oferecemos mais de uma vez que ela viesse para cá - é uma das melhores polícias investigativas do mundo, e eu acredito que ela vai, sim, avançar. Vai avançar esclarecendo o complô dos poderosos, dos podres poderes, que eu tenho certeza que é fundamental acabar com eles para o bem da sociedade do Rio de Janeiro", afirmou Jungmann.

Apesar de admitir que o caso talvez ainda demore, Jungmann assegurou que ele será elucidado. "Nós vamos chegar em quem for. A Polícia Federal tem distanciamento suficiente, e é fundamental para poder avançar nesse processo de faxina do Rio de Janeiro, e é disso que se trata." 

No início de novembro, o ex-juiz federal Sérgio Moro afirmou que, assumindo o Ministério da Justiça e da Segurança Pública do Governo Bolsonaro (PSL), vai ver 'o que é possível fazer' no caso do assassinato da vereadora e do motorista.

"Não desconheço o problema que envolve o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do senhor Anderson Gomes, acho que é um crime que tem que ser solucionado. Assumindo o Ministério, pretendo me inteirar melhor dessas questões e ver o que é possível fazer no âmbito do Ministério", declarou na ocasião. 

BRASÍLIA - Em um evento que discute a prevenção da violência doméstica contra a mulher realizado no Conselho Nacional do Ministério Público nesta quarta-feira, 5, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cobrou o esclarecimento do assassinato da vereadora Marielle Franco, que, segundo ela, foi uma importante ativista e defensora dos direitos humanos no Rio de Janeiro. 

Vereadora Marielle Franco foi assassinada em 14 de março, no centro do Rio Foto: Renan Olaz/CMRJ

"(Marielle Franco) Emprestou a sua voz em favor de populações mais excluídas e seu assassinato é uma expressão da violência contra a mulher e contra a mulher negra que quer ocupar espaço de poder no nosso país e, portanto, necessita ser o quanto antes esclarecido", disse Raquel Dodge, que foi aplaudida na sequência.

Defensora dos direitos de moradores de favelas, negros, mulheres e da população LGBT, Marielle levou quatro tiros na cabeça dentro de seu carro na noite de 14 de março. Ela e seu motorista saíam de um evento no Estácio, região central do Rio, quando foram executados. Foi noticiado que as câmeras de segurança da Prefeitura do ponto exato onde ocorreu o crime haviam sido desligadas, mas não houve maiores esclarecimentos.

Investigação. No final de novembro, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que não há garantias de que o assassinato da vereadora e de seu motorista conseguirá ser elucidado ainda este ano. Segundo Jungmann, "existiria uma grande articulação envolvendo agentes públicos, milicianos e políticos" atuando para impedir a resolução do caso. "Eu diria que (o envolvimento deles no crime) é mais do que uma certeza", insistiu.

À época, Jungmann declarou que a Polícia Federal passou a atuar mais diretamente no caso no início de novembro, apesar de ter se oferecido para ajudar nas investigações no dia seguinte ao assassinato, em março - o que foi descartado pelo Estado.

"A Polícia Federal - que nós oferecemos mais de uma vez que ela viesse para cá - é uma das melhores polícias investigativas do mundo, e eu acredito que ela vai, sim, avançar. Vai avançar esclarecendo o complô dos poderosos, dos podres poderes, que eu tenho certeza que é fundamental acabar com eles para o bem da sociedade do Rio de Janeiro", afirmou Jungmann.

Apesar de admitir que o caso talvez ainda demore, Jungmann assegurou que ele será elucidado. "Nós vamos chegar em quem for. A Polícia Federal tem distanciamento suficiente, e é fundamental para poder avançar nesse processo de faxina do Rio de Janeiro, e é disso que se trata." 

No início de novembro, o ex-juiz federal Sérgio Moro afirmou que, assumindo o Ministério da Justiça e da Segurança Pública do Governo Bolsonaro (PSL), vai ver 'o que é possível fazer' no caso do assassinato da vereadora e do motorista.

"Não desconheço o problema que envolve o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do senhor Anderson Gomes, acho que é um crime que tem que ser solucionado. Assumindo o Ministério, pretendo me inteirar melhor dessas questões e ver o que é possível fazer no âmbito do Ministério", declarou na ocasião. 

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