Rebelado de Bangu 3 dá coletiva


Por Agencia Estado

?Pode entrar, que aqui dentro tem ordem. Violência é só lá fora.? A garantia foi dada pelo traficante José Cláudio Piúma, o Gaúcho, aos jornalistas a quem deu uma inesperada entrevista coletiva dentro do presídio Bangu 3, nesta quinta-feira de manhã, durante a rebelião. Apontado como um dos chefes do bando que domina o tráfico de drogas no Complexo do Alemão, na zona norte, uma das favelas mais perigosas do Rio, ele exigiu a presença de repórteres para mostrar as condições de vida dentro da penitenciária. ?Não queremos fugir, queremos nossos direitos?, afirmou. O traficante reclamou da falta de colchões, da dificuldade de acesso a medicamentos e ainda da inexistência de programas que empreguem os detentos, dentro ou fora dos presídios, o que permitiria a redução da pena. Gaúcho disse que ?os presos são vítimas dos desmandos do Serviço de Operações Especiais (Soe)?. ?O Brasil está regredindo, porque o abuso de poder impera?, ensinou. ?Isso aqui não ressocializa ninguém.? Segundo o preso, a imprensa foi chamada porque os rebelados temiam um massacre. ?Tem PM ligando para cá e dizendo que vai acontecer um novo Carandiru?, disse, referindo-se à morte de 111 presos na Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, em 1992. Enquanto o traficante dava entrevista, do lado de fora do presídio a enfermeira Dalva de Oliveira, de 55 anos, se desesperava. A filha dela, Luana Dias, de 19 anos, professora do ensino fundamental que dá aulas para detentos, estava refém dos rebelados. ?Eu soube pela televisão e temi o pior?, contou Dalva, que chegou no início da manhã à penitenciária. ?Coração de mãe fica apertado numa hora dessas. Fica pequenininho.? Para ela, o momento de maior tensão ocorreu quando os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegaram ao presídio. ?Isso é que é o perigo. Não deixa nada acontecer à minha filha, meu Deus?, rezava. Somente às 11h20 Dalva pôde abraçar a filha. ?Estou bem, não tive medo?, garantiu Luana. Ela contou que ficou numa sala de aula instalada dentro do presídio e não viu os presos armados. Junto com as outras professoras, dormiu em colchonetes. Luana voltará a trabalhar na segunda-feira. As professoras que trabalham para o Departamento de Sistema Penitenciário (Desipe) são concursadas do Estado e designadas para as unidades prisionais. Elas não recebem adicional por periculosidade.

?Pode entrar, que aqui dentro tem ordem. Violência é só lá fora.? A garantia foi dada pelo traficante José Cláudio Piúma, o Gaúcho, aos jornalistas a quem deu uma inesperada entrevista coletiva dentro do presídio Bangu 3, nesta quinta-feira de manhã, durante a rebelião. Apontado como um dos chefes do bando que domina o tráfico de drogas no Complexo do Alemão, na zona norte, uma das favelas mais perigosas do Rio, ele exigiu a presença de repórteres para mostrar as condições de vida dentro da penitenciária. ?Não queremos fugir, queremos nossos direitos?, afirmou. O traficante reclamou da falta de colchões, da dificuldade de acesso a medicamentos e ainda da inexistência de programas que empreguem os detentos, dentro ou fora dos presídios, o que permitiria a redução da pena. Gaúcho disse que ?os presos são vítimas dos desmandos do Serviço de Operações Especiais (Soe)?. ?O Brasil está regredindo, porque o abuso de poder impera?, ensinou. ?Isso aqui não ressocializa ninguém.? Segundo o preso, a imprensa foi chamada porque os rebelados temiam um massacre. ?Tem PM ligando para cá e dizendo que vai acontecer um novo Carandiru?, disse, referindo-se à morte de 111 presos na Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, em 1992. Enquanto o traficante dava entrevista, do lado de fora do presídio a enfermeira Dalva de Oliveira, de 55 anos, se desesperava. A filha dela, Luana Dias, de 19 anos, professora do ensino fundamental que dá aulas para detentos, estava refém dos rebelados. ?Eu soube pela televisão e temi o pior?, contou Dalva, que chegou no início da manhã à penitenciária. ?Coração de mãe fica apertado numa hora dessas. Fica pequenininho.? Para ela, o momento de maior tensão ocorreu quando os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegaram ao presídio. ?Isso é que é o perigo. Não deixa nada acontecer à minha filha, meu Deus?, rezava. Somente às 11h20 Dalva pôde abraçar a filha. ?Estou bem, não tive medo?, garantiu Luana. Ela contou que ficou numa sala de aula instalada dentro do presídio e não viu os presos armados. Junto com as outras professoras, dormiu em colchonetes. Luana voltará a trabalhar na segunda-feira. As professoras que trabalham para o Departamento de Sistema Penitenciário (Desipe) são concursadas do Estado e designadas para as unidades prisionais. Elas não recebem adicional por periculosidade.

?Pode entrar, que aqui dentro tem ordem. Violência é só lá fora.? A garantia foi dada pelo traficante José Cláudio Piúma, o Gaúcho, aos jornalistas a quem deu uma inesperada entrevista coletiva dentro do presídio Bangu 3, nesta quinta-feira de manhã, durante a rebelião. Apontado como um dos chefes do bando que domina o tráfico de drogas no Complexo do Alemão, na zona norte, uma das favelas mais perigosas do Rio, ele exigiu a presença de repórteres para mostrar as condições de vida dentro da penitenciária. ?Não queremos fugir, queremos nossos direitos?, afirmou. O traficante reclamou da falta de colchões, da dificuldade de acesso a medicamentos e ainda da inexistência de programas que empreguem os detentos, dentro ou fora dos presídios, o que permitiria a redução da pena. Gaúcho disse que ?os presos são vítimas dos desmandos do Serviço de Operações Especiais (Soe)?. ?O Brasil está regredindo, porque o abuso de poder impera?, ensinou. ?Isso aqui não ressocializa ninguém.? Segundo o preso, a imprensa foi chamada porque os rebelados temiam um massacre. ?Tem PM ligando para cá e dizendo que vai acontecer um novo Carandiru?, disse, referindo-se à morte de 111 presos na Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, em 1992. Enquanto o traficante dava entrevista, do lado de fora do presídio a enfermeira Dalva de Oliveira, de 55 anos, se desesperava. A filha dela, Luana Dias, de 19 anos, professora do ensino fundamental que dá aulas para detentos, estava refém dos rebelados. ?Eu soube pela televisão e temi o pior?, contou Dalva, que chegou no início da manhã à penitenciária. ?Coração de mãe fica apertado numa hora dessas. Fica pequenininho.? Para ela, o momento de maior tensão ocorreu quando os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegaram ao presídio. ?Isso é que é o perigo. Não deixa nada acontecer à minha filha, meu Deus?, rezava. Somente às 11h20 Dalva pôde abraçar a filha. ?Estou bem, não tive medo?, garantiu Luana. Ela contou que ficou numa sala de aula instalada dentro do presídio e não viu os presos armados. Junto com as outras professoras, dormiu em colchonetes. Luana voltará a trabalhar na segunda-feira. As professoras que trabalham para o Departamento de Sistema Penitenciário (Desipe) são concursadas do Estado e designadas para as unidades prisionais. Elas não recebem adicional por periculosidade.

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