Sequestrador se entrega, e 16 reféns são libertados em rodoviária no Rio


Dois ficaram feridos e um deles tem estado grave de saúde e passa por cirurgia

Por Fabio Grellet, Rariane Costa e Caio Possati
Atualização:

O sequestrador que mantinha 16 passageiros reféns na rodoviária do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira, 12, se entregou e foi preso, conforme a Polícia Militar. Idosos e uma criança foram rendidos pelo criminoso, que foi identificado como Paulo Sérgio de Lima, 29 anos, e teve a arma apreendida. Pelo menos duas pessoas se feriram - uma delas em estado grave.

Segundo a PM, Lima tem duas passagens por roubo - ficou preso de 2019 a março de 2022. O criminoso foi levado para a 4.ª Delegacia de Polícia.

O ônibus da empresa Viação Sampaio ia para Juiz de Fora, em Minas Gerais. Foram 16 reféns, sendo uma criança, seis idosos e nove adultos. A empresa havia vendido 43 passagens (37 em poltronas comuns e 6 leitos), mas nem todos haviam embarcado quando o sequestro começou.

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A polícia afirmou que o terminal rodoviário (antes chamado de Novo Rio) foi totalmente esvaziado para as negociações do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da PM, com o sequestrador.

Rodoviária foi esvaziada para tentativa de negociação com sequestrador Foto: PABLO PORCIUNCULA/AFP

Os 16 passageiros mantidos reféns estão bem, sem nenhuma lesão, segundo o major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros. Todos foram avaliados ainda na rodoviária. Os dois únicos feridos estavam fora do ônibus no momento dos disparos.

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Um dos feridos, levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, foi identificado como Bruno Lima da Costa, de 34 anos. O paciente tem estado grave de saúde, passa por cirurgia com três equipes médicas e recebeu seis bolsas de sangue. Uma segunda vítima foi atingida por estilhaços, recebeu atendimento na própria rodoviária e acabou liberado, preferindo continuar o tratamento em uma clínica particular, já que o ferimento era superficial.

Passageiros relataram à Globonews que houve tiroteio e tumulto por causa da ação do criminoso. Imagens que circulam nas redes sociais também mostram a correria no saguão da rodoviária, usada por cerca de 38 mil passageiros diariamente - o número chega a 70 mil em fins de semana e feriados.

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Em entrevista a Globonews, o secretário da Polícia Militar, coronel Henrique Marinho Pires, afirmou que o sequestrador Paulo Sérgio de Lima é morador da favela da Rocinha. Informações preliminares apontam de que o suspeito estaria fugindo do Rio de Janeiro para Minas Gerais por causa de problemas com membros da facção criminosa a qual faz parte e que invadiu a favela da Muzema, na zona oeste.

Ele comprou a passagem em dinheiro e entrou no ônibus armado com uma pistola 9mm carregada. Mas, começou a desconfiar que policiais à paisana estavam no ônibus também, e então resolveu reagir.

O coronel disse também que Lima apresentava um comportamento agressivo enquanto mantinha os passageiros como reféns e negociava com a PM. À medida que agentes do Bope tomaram à frente das ações, o sequestrador foi ficando mais calmo, até se render. Lima deve responder por tentativa de homicídio, sequestro e porte ilegal de arma de fogo.

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Após o fim do sequestro, o primeiro ônibus que saiu da rodoviária partiu rumo a São Paulo. O embarque de passageiros ocorreu fora da rodoviária, na rua Equador. A viagem, que estava prevista para 15h30, ocorreu às 17h52.

Rodoviária do Rio foi isolada e esvaziada; polícia e bombeiros estão no local Foto: FABIO GRELLET/ESTADÃO

Por volta das 19h, houve um princípio de confusão, com pessoas tentando abrir as portas da rodoviária. O terminal foi reaberto às 19h25. A prefeitura orientou que passageiros que tenham passagem prevista para as próximas horas remarquem a viagem.

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Sequestro de ônibus 174, em 2000, durou quase 4 horas

O Rio de Janeiro já viveu outros episódios semelhantes no passado. Em junho de 2000, um ônibus da linha 174 foi sequestrado na Rua Jardim Botânico por volta das 14h20.

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Dez passageiros ficaram sob o domínio do sequestrador Sandro do Nascimento por cerca de quatro horas, período em que policiais do Bope negociavam com o criminoso para a soltura dos reféns. O caso ganhou repercussão nacional, e o sequestro foi transmitido ao vivo pelas TVs.

O sequestrador saiu do veículo usando a professora Geise Firmo Gonçalves como escudo e ela acabou morta. Um dos policiais do Bope se aproximou do criminoso, mas acertou a refém ao efetuar o disparo.

Nascimento ainda deu outros três tiros contra Geise. O sequestrador foi colocado em um camburão e morreu asfixiado dentro do veículo. Os agentes foram acusados de homicídio qualificado, mas foram absolvidos pelo Tribunal do Júri do Rio.

Caso do ônibus 174 mobilizou o País em 2000 Foto: Tasso Marcelo/Estadão

Em caso mais recente, em 20 de agosto de 2019, outro ônibus foi sequestrado no Rio de Janeiro, na Ponte Rio-Niterói. O sequestrador, identificado como Willian Augusto da Silva, manteve 39 passageiros reféns por mais de três horas.

O criminoso acabou sendo alvejado por um atirador de elite do Bope quando saiu do veículo e morreu no local. Descobriu-se depois que ele portava uma arma de brinquedo. Os reféns não ficaram feridos. O caso ficou marcado pela cena do então governador, Wilson Witzel, com os braços erguidos comemorando a morte do sequestrador e a conclusão do caso sem outros feridos.

O sequestrador que mantinha 16 passageiros reféns na rodoviária do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira, 12, se entregou e foi preso, conforme a Polícia Militar. Idosos e uma criança foram rendidos pelo criminoso, que foi identificado como Paulo Sérgio de Lima, 29 anos, e teve a arma apreendida. Pelo menos duas pessoas se feriram - uma delas em estado grave.

Segundo a PM, Lima tem duas passagens por roubo - ficou preso de 2019 a março de 2022. O criminoso foi levado para a 4.ª Delegacia de Polícia.

O ônibus da empresa Viação Sampaio ia para Juiz de Fora, em Minas Gerais. Foram 16 reféns, sendo uma criança, seis idosos e nove adultos. A empresa havia vendido 43 passagens (37 em poltronas comuns e 6 leitos), mas nem todos haviam embarcado quando o sequestro começou.

A polícia afirmou que o terminal rodoviário (antes chamado de Novo Rio) foi totalmente esvaziado para as negociações do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da PM, com o sequestrador.

Rodoviária foi esvaziada para tentativa de negociação com sequestrador Foto: PABLO PORCIUNCULA/AFP

Os 16 passageiros mantidos reféns estão bem, sem nenhuma lesão, segundo o major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros. Todos foram avaliados ainda na rodoviária. Os dois únicos feridos estavam fora do ônibus no momento dos disparos.

Um dos feridos, levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, foi identificado como Bruno Lima da Costa, de 34 anos. O paciente tem estado grave de saúde, passa por cirurgia com três equipes médicas e recebeu seis bolsas de sangue. Uma segunda vítima foi atingida por estilhaços, recebeu atendimento na própria rodoviária e acabou liberado, preferindo continuar o tratamento em uma clínica particular, já que o ferimento era superficial.

Passageiros relataram à Globonews que houve tiroteio e tumulto por causa da ação do criminoso. Imagens que circulam nas redes sociais também mostram a correria no saguão da rodoviária, usada por cerca de 38 mil passageiros diariamente - o número chega a 70 mil em fins de semana e feriados.

Em entrevista a Globonews, o secretário da Polícia Militar, coronel Henrique Marinho Pires, afirmou que o sequestrador Paulo Sérgio de Lima é morador da favela da Rocinha. Informações preliminares apontam de que o suspeito estaria fugindo do Rio de Janeiro para Minas Gerais por causa de problemas com membros da facção criminosa a qual faz parte e que invadiu a favela da Muzema, na zona oeste.

Ele comprou a passagem em dinheiro e entrou no ônibus armado com uma pistola 9mm carregada. Mas, começou a desconfiar que policiais à paisana estavam no ônibus também, e então resolveu reagir.

O coronel disse também que Lima apresentava um comportamento agressivo enquanto mantinha os passageiros como reféns e negociava com a PM. À medida que agentes do Bope tomaram à frente das ações, o sequestrador foi ficando mais calmo, até se render. Lima deve responder por tentativa de homicídio, sequestro e porte ilegal de arma de fogo.

Após o fim do sequestro, o primeiro ônibus que saiu da rodoviária partiu rumo a São Paulo. O embarque de passageiros ocorreu fora da rodoviária, na rua Equador. A viagem, que estava prevista para 15h30, ocorreu às 17h52.

Rodoviária do Rio foi isolada e esvaziada; polícia e bombeiros estão no local Foto: FABIO GRELLET/ESTADÃO

Por volta das 19h, houve um princípio de confusão, com pessoas tentando abrir as portas da rodoviária. O terminal foi reaberto às 19h25. A prefeitura orientou que passageiros que tenham passagem prevista para as próximas horas remarquem a viagem.

Sequestro de ônibus 174, em 2000, durou quase 4 horas

O Rio de Janeiro já viveu outros episódios semelhantes no passado. Em junho de 2000, um ônibus da linha 174 foi sequestrado na Rua Jardim Botânico por volta das 14h20.

Dez passageiros ficaram sob o domínio do sequestrador Sandro do Nascimento por cerca de quatro horas, período em que policiais do Bope negociavam com o criminoso para a soltura dos reféns. O caso ganhou repercussão nacional, e o sequestro foi transmitido ao vivo pelas TVs.

O sequestrador saiu do veículo usando a professora Geise Firmo Gonçalves como escudo e ela acabou morta. Um dos policiais do Bope se aproximou do criminoso, mas acertou a refém ao efetuar o disparo.

Nascimento ainda deu outros três tiros contra Geise. O sequestrador foi colocado em um camburão e morreu asfixiado dentro do veículo. Os agentes foram acusados de homicídio qualificado, mas foram absolvidos pelo Tribunal do Júri do Rio.

Caso do ônibus 174 mobilizou o País em 2000 Foto: Tasso Marcelo/Estadão

Em caso mais recente, em 20 de agosto de 2019, outro ônibus foi sequestrado no Rio de Janeiro, na Ponte Rio-Niterói. O sequestrador, identificado como Willian Augusto da Silva, manteve 39 passageiros reféns por mais de três horas.

O criminoso acabou sendo alvejado por um atirador de elite do Bope quando saiu do veículo e morreu no local. Descobriu-se depois que ele portava uma arma de brinquedo. Os reféns não ficaram feridos. O caso ficou marcado pela cena do então governador, Wilson Witzel, com os braços erguidos comemorando a morte do sequestrador e a conclusão do caso sem outros feridos.

O sequestrador que mantinha 16 passageiros reféns na rodoviária do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira, 12, se entregou e foi preso, conforme a Polícia Militar. Idosos e uma criança foram rendidos pelo criminoso, que foi identificado como Paulo Sérgio de Lima, 29 anos, e teve a arma apreendida. Pelo menos duas pessoas se feriram - uma delas em estado grave.

Segundo a PM, Lima tem duas passagens por roubo - ficou preso de 2019 a março de 2022. O criminoso foi levado para a 4.ª Delegacia de Polícia.

O ônibus da empresa Viação Sampaio ia para Juiz de Fora, em Minas Gerais. Foram 16 reféns, sendo uma criança, seis idosos e nove adultos. A empresa havia vendido 43 passagens (37 em poltronas comuns e 6 leitos), mas nem todos haviam embarcado quando o sequestro começou.

A polícia afirmou que o terminal rodoviário (antes chamado de Novo Rio) foi totalmente esvaziado para as negociações do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da PM, com o sequestrador.

Rodoviária foi esvaziada para tentativa de negociação com sequestrador Foto: PABLO PORCIUNCULA/AFP

Os 16 passageiros mantidos reféns estão bem, sem nenhuma lesão, segundo o major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros. Todos foram avaliados ainda na rodoviária. Os dois únicos feridos estavam fora do ônibus no momento dos disparos.

Um dos feridos, levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, foi identificado como Bruno Lima da Costa, de 34 anos. O paciente tem estado grave de saúde, passa por cirurgia com três equipes médicas e recebeu seis bolsas de sangue. Uma segunda vítima foi atingida por estilhaços, recebeu atendimento na própria rodoviária e acabou liberado, preferindo continuar o tratamento em uma clínica particular, já que o ferimento era superficial.

Passageiros relataram à Globonews que houve tiroteio e tumulto por causa da ação do criminoso. Imagens que circulam nas redes sociais também mostram a correria no saguão da rodoviária, usada por cerca de 38 mil passageiros diariamente - o número chega a 70 mil em fins de semana e feriados.

Em entrevista a Globonews, o secretário da Polícia Militar, coronel Henrique Marinho Pires, afirmou que o sequestrador Paulo Sérgio de Lima é morador da favela da Rocinha. Informações preliminares apontam de que o suspeito estaria fugindo do Rio de Janeiro para Minas Gerais por causa de problemas com membros da facção criminosa a qual faz parte e que invadiu a favela da Muzema, na zona oeste.

Ele comprou a passagem em dinheiro e entrou no ônibus armado com uma pistola 9mm carregada. Mas, começou a desconfiar que policiais à paisana estavam no ônibus também, e então resolveu reagir.

O coronel disse também que Lima apresentava um comportamento agressivo enquanto mantinha os passageiros como reféns e negociava com a PM. À medida que agentes do Bope tomaram à frente das ações, o sequestrador foi ficando mais calmo, até se render. Lima deve responder por tentativa de homicídio, sequestro e porte ilegal de arma de fogo.

Após o fim do sequestro, o primeiro ônibus que saiu da rodoviária partiu rumo a São Paulo. O embarque de passageiros ocorreu fora da rodoviária, na rua Equador. A viagem, que estava prevista para 15h30, ocorreu às 17h52.

Rodoviária do Rio foi isolada e esvaziada; polícia e bombeiros estão no local Foto: FABIO GRELLET/ESTADÃO

Por volta das 19h, houve um princípio de confusão, com pessoas tentando abrir as portas da rodoviária. O terminal foi reaberto às 19h25. A prefeitura orientou que passageiros que tenham passagem prevista para as próximas horas remarquem a viagem.

Sequestro de ônibus 174, em 2000, durou quase 4 horas

O Rio de Janeiro já viveu outros episódios semelhantes no passado. Em junho de 2000, um ônibus da linha 174 foi sequestrado na Rua Jardim Botânico por volta das 14h20.

Dez passageiros ficaram sob o domínio do sequestrador Sandro do Nascimento por cerca de quatro horas, período em que policiais do Bope negociavam com o criminoso para a soltura dos reféns. O caso ganhou repercussão nacional, e o sequestro foi transmitido ao vivo pelas TVs.

O sequestrador saiu do veículo usando a professora Geise Firmo Gonçalves como escudo e ela acabou morta. Um dos policiais do Bope se aproximou do criminoso, mas acertou a refém ao efetuar o disparo.

Nascimento ainda deu outros três tiros contra Geise. O sequestrador foi colocado em um camburão e morreu asfixiado dentro do veículo. Os agentes foram acusados de homicídio qualificado, mas foram absolvidos pelo Tribunal do Júri do Rio.

Caso do ônibus 174 mobilizou o País em 2000 Foto: Tasso Marcelo/Estadão

Em caso mais recente, em 20 de agosto de 2019, outro ônibus foi sequestrado no Rio de Janeiro, na Ponte Rio-Niterói. O sequestrador, identificado como Willian Augusto da Silva, manteve 39 passageiros reféns por mais de três horas.

O criminoso acabou sendo alvejado por um atirador de elite do Bope quando saiu do veículo e morreu no local. Descobriu-se depois que ele portava uma arma de brinquedo. Os reféns não ficaram feridos. O caso ficou marcado pela cena do então governador, Wilson Witzel, com os braços erguidos comemorando a morte do sequestrador e a conclusão do caso sem outros feridos.

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