Relatório de 2020 do Dnit apontava fissuras em pilares, inclinações e rachaduras em ponte que caiu


Relatório gerencial de infraestrutura rodoviária classifica como “ruim” o estado de conservação da ponte que caiu; procurado, órgão informou que, entre 2021 e 2023, gastou R$ 3,5 milhões em um programa de manutenção no Estado

Por Mariana Carneiro
Atualização:

BRASÍLIA - Um relatório concluído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em 2020 apontava 19 tipos de danos estruturais na ponte que caiu no domingo, 22, entre os Estados do Tocantins e Maranhão. Duas pessoas morreram e catorze estão desaparecidas.

O relatório técnico, a que o Estadão teve acesso, reuniu informações e fotografias sobre o mau estado de conservação da ponte Juscelino Kubitschek, construída nos anos 1960.

Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão Foto: Reprodução/Dnit
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Foram relatadas fissuras em 14 dos 16 pilares, nas paredes de travamento e nos blocos de fundação, além de falhas de concretagem e até inclinações observadas a olho nu nos reforços colocados nos pilares. O texto fala em “nível elevado de danificação da estrutura”, mas não menciona risco de colapso. O conteúdo do relatório foi revelado pelo site Metrópoles.

Relatório gerencial de infraestrutura rodoviária, que o Dnit mantém na internet, classifica como “ruim” o estado de conservação da ponte. Em uma graduação que vai de 1 a 5, em que o 5 é considerado excelente, a ponte JK aparece com 2.

Quatro anos depois da vistoria in loco, em 2024, o Dnit lançou um edital para contratar uma empresa para reabilitar a ponte ao valor de R$ 13,320 milhões. Não houve interessados.

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Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão. Imagem mostra fissuras no cobrimento da protensão externa, no meio do vão principal da ponte (140m) Foto: Reprodução/Dnit

“As condições atuais da Obra de Arte Especial (no jargão técnico, uma ponte) merecem atenção, pois verifica-se vibrações excessivas e desgaste visual de suas estruturas e do seu pavimento”, afirma o documento do Dnit que convocou a licitação, em maio deste ano.

Nesta segunda-feira, 23, procurado para comentar as informações sobre o estado de conservação da ponte, o Dnit informou que, entre 2021 e 2023, gastou R$ 3,5 milhões em um programa de manutenção de estruturas no Estado do Tocantins, que previam reparos em vigas, lajes e passeios. O órgão não detalhou, porém, o que foi feito na ponte JK.

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A ponte ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA). Agora, o Dnit informa que pretende gastar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para reconstruir uma ponte no local. Antes, terá que demolir o resto da estrutura da ponte que desabou, o que fará sob situação de emergência.

Vereador em Aguiarnópolis, Elias Cabral Júnior disse ao Estadão que os danos na ponte eram tão evidentes que poderiam ser constatados por uma criança. Ele gravava imagens da ponte quando ela caiu, neste domingo, 22.

“Era uma coisa que estava visível até para uma criança. Buracos com ferragens expostas, fendas, desnível nas junções. E a ponte balançava quando a gente passava de carro”, afirmou.

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Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão. Imagem mostra junta danificada Foto: Reprodução/Dnit

BRASÍLIA - Um relatório concluído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em 2020 apontava 19 tipos de danos estruturais na ponte que caiu no domingo, 22, entre os Estados do Tocantins e Maranhão. Duas pessoas morreram e catorze estão desaparecidas.

O relatório técnico, a que o Estadão teve acesso, reuniu informações e fotografias sobre o mau estado de conservação da ponte Juscelino Kubitschek, construída nos anos 1960.

Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão Foto: Reprodução/Dnit

Foram relatadas fissuras em 14 dos 16 pilares, nas paredes de travamento e nos blocos de fundação, além de falhas de concretagem e até inclinações observadas a olho nu nos reforços colocados nos pilares. O texto fala em “nível elevado de danificação da estrutura”, mas não menciona risco de colapso. O conteúdo do relatório foi revelado pelo site Metrópoles.

Relatório gerencial de infraestrutura rodoviária, que o Dnit mantém na internet, classifica como “ruim” o estado de conservação da ponte. Em uma graduação que vai de 1 a 5, em que o 5 é considerado excelente, a ponte JK aparece com 2.

Quatro anos depois da vistoria in loco, em 2024, o Dnit lançou um edital para contratar uma empresa para reabilitar a ponte ao valor de R$ 13,320 milhões. Não houve interessados.

Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão. Imagem mostra fissuras no cobrimento da protensão externa, no meio do vão principal da ponte (140m) Foto: Reprodução/Dnit

“As condições atuais da Obra de Arte Especial (no jargão técnico, uma ponte) merecem atenção, pois verifica-se vibrações excessivas e desgaste visual de suas estruturas e do seu pavimento”, afirma o documento do Dnit que convocou a licitação, em maio deste ano.

Nesta segunda-feira, 23, procurado para comentar as informações sobre o estado de conservação da ponte, o Dnit informou que, entre 2021 e 2023, gastou R$ 3,5 milhões em um programa de manutenção de estruturas no Estado do Tocantins, que previam reparos em vigas, lajes e passeios. O órgão não detalhou, porém, o que foi feito na ponte JK.

A ponte ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA). Agora, o Dnit informa que pretende gastar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para reconstruir uma ponte no local. Antes, terá que demolir o resto da estrutura da ponte que desabou, o que fará sob situação de emergência.

Vereador em Aguiarnópolis, Elias Cabral Júnior disse ao Estadão que os danos na ponte eram tão evidentes que poderiam ser constatados por uma criança. Ele gravava imagens da ponte quando ela caiu, neste domingo, 22.

“Era uma coisa que estava visível até para uma criança. Buracos com ferragens expostas, fendas, desnível nas junções. E a ponte balançava quando a gente passava de carro”, afirmou.

Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão. Imagem mostra junta danificada Foto: Reprodução/Dnit

BRASÍLIA - Um relatório concluído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em 2020 apontava 19 tipos de danos estruturais na ponte que caiu no domingo, 22, entre os Estados do Tocantins e Maranhão. Duas pessoas morreram e catorze estão desaparecidas.

O relatório técnico, a que o Estadão teve acesso, reuniu informações e fotografias sobre o mau estado de conservação da ponte Juscelino Kubitschek, construída nos anos 1960.

Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão Foto: Reprodução/Dnit

Foram relatadas fissuras em 14 dos 16 pilares, nas paredes de travamento e nos blocos de fundação, além de falhas de concretagem e até inclinações observadas a olho nu nos reforços colocados nos pilares. O texto fala em “nível elevado de danificação da estrutura”, mas não menciona risco de colapso. O conteúdo do relatório foi revelado pelo site Metrópoles.

Relatório gerencial de infraestrutura rodoviária, que o Dnit mantém na internet, classifica como “ruim” o estado de conservação da ponte. Em uma graduação que vai de 1 a 5, em que o 5 é considerado excelente, a ponte JK aparece com 2.

Quatro anos depois da vistoria in loco, em 2024, o Dnit lançou um edital para contratar uma empresa para reabilitar a ponte ao valor de R$ 13,320 milhões. Não houve interessados.

Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão. Imagem mostra fissuras no cobrimento da protensão externa, no meio do vão principal da ponte (140m) Foto: Reprodução/Dnit

“As condições atuais da Obra de Arte Especial (no jargão técnico, uma ponte) merecem atenção, pois verifica-se vibrações excessivas e desgaste visual de suas estruturas e do seu pavimento”, afirma o documento do Dnit que convocou a licitação, em maio deste ano.

Nesta segunda-feira, 23, procurado para comentar as informações sobre o estado de conservação da ponte, o Dnit informou que, entre 2021 e 2023, gastou R$ 3,5 milhões em um programa de manutenção de estruturas no Estado do Tocantins, que previam reparos em vigas, lajes e passeios. O órgão não detalhou, porém, o que foi feito na ponte JK.

A ponte ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA). Agora, o Dnit informa que pretende gastar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para reconstruir uma ponte no local. Antes, terá que demolir o resto da estrutura da ponte que desabou, o que fará sob situação de emergência.

Vereador em Aguiarnópolis, Elias Cabral Júnior disse ao Estadão que os danos na ponte eram tão evidentes que poderiam ser constatados por uma criança. Ele gravava imagens da ponte quando ela caiu, neste domingo, 22.

“Era uma coisa que estava visível até para uma criança. Buracos com ferragens expostas, fendas, desnível nas junções. E a ponte balançava quando a gente passava de carro”, afirmou.

Imagem de relatório técnico do Dnit de 2020 mostra danos estruturais em ponte que caiu entre Tocantins e Maranhão. Imagem mostra junta danificada Foto: Reprodução/Dnit

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