Renovação de concessões elétricas acelera necessidade de cortar custos


Por ANNA FLÁVIA ROCHAS

A maioria das empresas com ativos de geração a vencer entre 2015 e 2017 espera ser indenizada por investimentos não amortizados. Mas essas indenizações tendem a ser usadas para manter a capacidade de investimentos futuros e as companhias ainda deverão ter que reduzir custos diante do menor nível de receita. As mais afetadas pela renovação antecipada e condicionada das concessões são as Cemig, Cesp, Copel e Eletrobras. Entre as privadas, a mais atingida é a transmissora de energia Cteep. "Todas elas têm espaço para cortar custos, porque as coisas vão mudar muito. Umas mais, outras menos", disse um dos analistas da equipe da Planner Corretora. A Eletrobras, em especial, sempre foi cobrada por investidores e analistas quanto a eficiência operacional. Mas a dimensão da necessidade de redução de custos permanece incerta, já que não foram divulgadas as novas remunerações pela operação dos ativos cujas concessões serão renovadas. "Infelizmente, vamos ser os últimos a saber. Mesmo Furnas está contratando alguém para fazer essa conta", disse o analista Gabriel Laera, do Espírito Santo Investment Bank. Na semana passada, a geradora e transmissora Furnas, subsidiária da Eletrobras, anunciou que reduzirá em 35 por cento seu quadro de funcionários, como parte de um plano para reduzir suas despesas com pessoal, material e serviços em 22 por cento até 2018. A reorganização de Furnas, que terá o apoio de uma consultoria, foi revelada dias após a presidente Dilma Rousseff ter anunciado redução média da conta de luz dos consumidores em 20,2 por cento em 2013. A diminuição do custo da energia será possível com a renovação das concessões do setor elétrico e pela extinção ou redução de encargos. O grupo Eletrobras como um todo ainda não detalhou o corte de gastos, mas o presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto, já afirmou que irá acelerar a redução de cortes de custos já em estudos no grupo. Há duas semanas, uma importante fonte do governo disse à Reuters que a Eletrobras teria que cortar custos em 30 por cento para compensar os efeitos da renovação das concessões sobre seus resultados. Assumindo que toda a Eletrobras fizesse um corte de cerca de 22 por cento no custo consolidado com pessoal, material e serviços --como pretende fazer Furnas--, a despesa com esses itens em 2011 seria de 1,7 bilhão de reais. A geradora e transmissora Chesf, outra empresa da Eletrobras entre as mais afetadas, ainda não arrisca uma estimativa de quanto terá que cortar em custos, mas está certa de que terá que fazer uma reestruturação e reduzir despesas. "Temos que fazer o ajuste no custo. Agora, o tamanho do ajuste é em função da tarifa que venha a ser definida", disse o presidente da empresa, João Bosco de Almeida, à Reuters. Programa de Desligamento Voluntário (PDV), redução de custos com materiais e serviços e custos com viagens são alguns dos itens que a equipe da Chesf já está avaliando para reduzir os gastos, segundo o presidente. "Evidentemente, a gente vai olhar não só para tirar pessoas e reduzir custos de material e serviços. Vamos discutir uma nova empresa para o futuro", disse o executivo. Segundo ele, há muitas atividades que são acessórias na empresa. "Vamos trabalhar no essencial, para aquilo que estamos sendo remunerados." A Eletrobras, embora seja uma das empresas mais afetadas com a renovação das concessões em quantidade de ativos, investiu fortemente no aumento da capacidade de geração de energia e em novos sistemas de transmissão nos últimos anos, e passará a contar com essa nova receita. Assim, sem o conhecimento das receitas futuras que a empresa terá com os ativos velhos, o economista Roberto Brandão, do Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), considera precipitado dizer quanto o grupo teria que cortar de custos. "O que não é precipitado dizer é que tem um problema sério na Eletrobras com as distribuidoras. O principal dreno de recursos da companhia são as distribuidoras", disse Brandão. Ele não acredita, diferentemente do que muitas empresas temiam, que a renovação das concessões irá reduzir a capacidade de investimentos futuros no caso da Eletrobras. Brandão lembra que, além da indenização a receber pelos ativos não amortizados, a estatal deverá contar no caixa com os valores referentes à dívida de Itaipu, que o Tesouro disse que poderá comprar e que soma cerca de 12 bilhões de reais. "O programa de investimento da Eletrobras não será ameaçado e a capacidade financeira não é um problema... Qualquer esforço de racionalização passa por resolver esse problema das distribuidoras o mais rápido possível", completou.

A maioria das empresas com ativos de geração a vencer entre 2015 e 2017 espera ser indenizada por investimentos não amortizados. Mas essas indenizações tendem a ser usadas para manter a capacidade de investimentos futuros e as companhias ainda deverão ter que reduzir custos diante do menor nível de receita. As mais afetadas pela renovação antecipada e condicionada das concessões são as Cemig, Cesp, Copel e Eletrobras. Entre as privadas, a mais atingida é a transmissora de energia Cteep. "Todas elas têm espaço para cortar custos, porque as coisas vão mudar muito. Umas mais, outras menos", disse um dos analistas da equipe da Planner Corretora. A Eletrobras, em especial, sempre foi cobrada por investidores e analistas quanto a eficiência operacional. Mas a dimensão da necessidade de redução de custos permanece incerta, já que não foram divulgadas as novas remunerações pela operação dos ativos cujas concessões serão renovadas. "Infelizmente, vamos ser os últimos a saber. Mesmo Furnas está contratando alguém para fazer essa conta", disse o analista Gabriel Laera, do Espírito Santo Investment Bank. Na semana passada, a geradora e transmissora Furnas, subsidiária da Eletrobras, anunciou que reduzirá em 35 por cento seu quadro de funcionários, como parte de um plano para reduzir suas despesas com pessoal, material e serviços em 22 por cento até 2018. A reorganização de Furnas, que terá o apoio de uma consultoria, foi revelada dias após a presidente Dilma Rousseff ter anunciado redução média da conta de luz dos consumidores em 20,2 por cento em 2013. A diminuição do custo da energia será possível com a renovação das concessões do setor elétrico e pela extinção ou redução de encargos. O grupo Eletrobras como um todo ainda não detalhou o corte de gastos, mas o presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto, já afirmou que irá acelerar a redução de cortes de custos já em estudos no grupo. Há duas semanas, uma importante fonte do governo disse à Reuters que a Eletrobras teria que cortar custos em 30 por cento para compensar os efeitos da renovação das concessões sobre seus resultados. Assumindo que toda a Eletrobras fizesse um corte de cerca de 22 por cento no custo consolidado com pessoal, material e serviços --como pretende fazer Furnas--, a despesa com esses itens em 2011 seria de 1,7 bilhão de reais. A geradora e transmissora Chesf, outra empresa da Eletrobras entre as mais afetadas, ainda não arrisca uma estimativa de quanto terá que cortar em custos, mas está certa de que terá que fazer uma reestruturação e reduzir despesas. "Temos que fazer o ajuste no custo. Agora, o tamanho do ajuste é em função da tarifa que venha a ser definida", disse o presidente da empresa, João Bosco de Almeida, à Reuters. Programa de Desligamento Voluntário (PDV), redução de custos com materiais e serviços e custos com viagens são alguns dos itens que a equipe da Chesf já está avaliando para reduzir os gastos, segundo o presidente. "Evidentemente, a gente vai olhar não só para tirar pessoas e reduzir custos de material e serviços. Vamos discutir uma nova empresa para o futuro", disse o executivo. Segundo ele, há muitas atividades que são acessórias na empresa. "Vamos trabalhar no essencial, para aquilo que estamos sendo remunerados." A Eletrobras, embora seja uma das empresas mais afetadas com a renovação das concessões em quantidade de ativos, investiu fortemente no aumento da capacidade de geração de energia e em novos sistemas de transmissão nos últimos anos, e passará a contar com essa nova receita. Assim, sem o conhecimento das receitas futuras que a empresa terá com os ativos velhos, o economista Roberto Brandão, do Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), considera precipitado dizer quanto o grupo teria que cortar de custos. "O que não é precipitado dizer é que tem um problema sério na Eletrobras com as distribuidoras. O principal dreno de recursos da companhia são as distribuidoras", disse Brandão. Ele não acredita, diferentemente do que muitas empresas temiam, que a renovação das concessões irá reduzir a capacidade de investimentos futuros no caso da Eletrobras. Brandão lembra que, além da indenização a receber pelos ativos não amortizados, a estatal deverá contar no caixa com os valores referentes à dívida de Itaipu, que o Tesouro disse que poderá comprar e que soma cerca de 12 bilhões de reais. "O programa de investimento da Eletrobras não será ameaçado e a capacidade financeira não é um problema... Qualquer esforço de racionalização passa por resolver esse problema das distribuidoras o mais rápido possível", completou.

A maioria das empresas com ativos de geração a vencer entre 2015 e 2017 espera ser indenizada por investimentos não amortizados. Mas essas indenizações tendem a ser usadas para manter a capacidade de investimentos futuros e as companhias ainda deverão ter que reduzir custos diante do menor nível de receita. As mais afetadas pela renovação antecipada e condicionada das concessões são as Cemig, Cesp, Copel e Eletrobras. Entre as privadas, a mais atingida é a transmissora de energia Cteep. "Todas elas têm espaço para cortar custos, porque as coisas vão mudar muito. Umas mais, outras menos", disse um dos analistas da equipe da Planner Corretora. A Eletrobras, em especial, sempre foi cobrada por investidores e analistas quanto a eficiência operacional. Mas a dimensão da necessidade de redução de custos permanece incerta, já que não foram divulgadas as novas remunerações pela operação dos ativos cujas concessões serão renovadas. "Infelizmente, vamos ser os últimos a saber. Mesmo Furnas está contratando alguém para fazer essa conta", disse o analista Gabriel Laera, do Espírito Santo Investment Bank. Na semana passada, a geradora e transmissora Furnas, subsidiária da Eletrobras, anunciou que reduzirá em 35 por cento seu quadro de funcionários, como parte de um plano para reduzir suas despesas com pessoal, material e serviços em 22 por cento até 2018. A reorganização de Furnas, que terá o apoio de uma consultoria, foi revelada dias após a presidente Dilma Rousseff ter anunciado redução média da conta de luz dos consumidores em 20,2 por cento em 2013. A diminuição do custo da energia será possível com a renovação das concessões do setor elétrico e pela extinção ou redução de encargos. O grupo Eletrobras como um todo ainda não detalhou o corte de gastos, mas o presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto, já afirmou que irá acelerar a redução de cortes de custos já em estudos no grupo. Há duas semanas, uma importante fonte do governo disse à Reuters que a Eletrobras teria que cortar custos em 30 por cento para compensar os efeitos da renovação das concessões sobre seus resultados. Assumindo que toda a Eletrobras fizesse um corte de cerca de 22 por cento no custo consolidado com pessoal, material e serviços --como pretende fazer Furnas--, a despesa com esses itens em 2011 seria de 1,7 bilhão de reais. A geradora e transmissora Chesf, outra empresa da Eletrobras entre as mais afetadas, ainda não arrisca uma estimativa de quanto terá que cortar em custos, mas está certa de que terá que fazer uma reestruturação e reduzir despesas. "Temos que fazer o ajuste no custo. Agora, o tamanho do ajuste é em função da tarifa que venha a ser definida", disse o presidente da empresa, João Bosco de Almeida, à Reuters. Programa de Desligamento Voluntário (PDV), redução de custos com materiais e serviços e custos com viagens são alguns dos itens que a equipe da Chesf já está avaliando para reduzir os gastos, segundo o presidente. "Evidentemente, a gente vai olhar não só para tirar pessoas e reduzir custos de material e serviços. Vamos discutir uma nova empresa para o futuro", disse o executivo. Segundo ele, há muitas atividades que são acessórias na empresa. "Vamos trabalhar no essencial, para aquilo que estamos sendo remunerados." A Eletrobras, embora seja uma das empresas mais afetadas com a renovação das concessões em quantidade de ativos, investiu fortemente no aumento da capacidade de geração de energia e em novos sistemas de transmissão nos últimos anos, e passará a contar com essa nova receita. Assim, sem o conhecimento das receitas futuras que a empresa terá com os ativos velhos, o economista Roberto Brandão, do Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), considera precipitado dizer quanto o grupo teria que cortar de custos. "O que não é precipitado dizer é que tem um problema sério na Eletrobras com as distribuidoras. O principal dreno de recursos da companhia são as distribuidoras", disse Brandão. Ele não acredita, diferentemente do que muitas empresas temiam, que a renovação das concessões irá reduzir a capacidade de investimentos futuros no caso da Eletrobras. Brandão lembra que, além da indenização a receber pelos ativos não amortizados, a estatal deverá contar no caixa com os valores referentes à dívida de Itaipu, que o Tesouro disse que poderá comprar e que soma cerca de 12 bilhões de reais. "O programa de investimento da Eletrobras não será ameaçado e a capacidade financeira não é um problema... Qualquer esforço de racionalização passa por resolver esse problema das distribuidoras o mais rápido possível", completou.

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