Resgate de peixes exóticos vira polêmica


problema, segundo especialistas, é que muitas espécies não são nativas e, se introduzidas numa lagoa onde ainda não existem, poderão gerar um novo problema ambiental

Por Herton Escobar

Um grande esforço de voluntários para resgatar peixes do Rio Doce em Colatina, apelidado de operação Arca de Noé, virou motivo de polêmica entre pescadores, pesquisadores e autoridades ambientais. Uma grande quantidade de peixes e crustáceos foi retirada às pressas do rio e transferida para lagos da região. O problema, segundo especialistas, é que muitos desses peixes são de espécies exóticas (não nativas) que, se introduzidos numa lagoa onde ainda não existem, poderão gerar um novo problema ambiental.

O Rio Doce tem mais de 70 espécies nativas, mas as mais abundantes e que dominam o ecossistema são um punhado de exóticas, incluindo dourado, tucunaré, piranhas e carpas. Do ponto de vista da conservação da biodiversidade, o ideal seria manter essas espécies separadas das demais. Mas, na emergência gerada pela chegada da lama da barragem, não houve esse controle.

“O único peixe que tem valor comercial aqui é o exótico. Quem mata a fome do pescador é o exótico”, rebate o pesquisador Abrahão Elesbon, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), que ajudou a organizar a Arca de Noé. A estratégia oficial definida pelo Ibama na sequência foi a de resgatar apenas as espécies nativas, com atenção às ameaçadas de extinção e às endêmicas (aquelas que só existem na bacia do Rio Doce), incluindo alguns tipos de cascudos, bagres e piabinhas.

continua após a publicidade

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

1 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
2 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
3 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
6 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
7 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
8 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
9 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
10 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
11 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
12 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
13 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
14 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação

Linhares. Em Linhares, próximo da foz do rio, o Ibama organizou a coleta das espécies nativas da região. “O objetivo não é quantidade, é qualidade”, afirma Marcelo Polese, do Ifes, que coordenou o trabalho dos pesquisadores. A ideia é manter amostras geneticamente representativas dessas espécies, que possam ser usadas para repovoar o rio, se necessário.

Um grande esforço de voluntários para resgatar peixes do Rio Doce em Colatina, apelidado de operação Arca de Noé, virou motivo de polêmica entre pescadores, pesquisadores e autoridades ambientais. Uma grande quantidade de peixes e crustáceos foi retirada às pressas do rio e transferida para lagos da região. O problema, segundo especialistas, é que muitos desses peixes são de espécies exóticas (não nativas) que, se introduzidos numa lagoa onde ainda não existem, poderão gerar um novo problema ambiental.

O Rio Doce tem mais de 70 espécies nativas, mas as mais abundantes e que dominam o ecossistema são um punhado de exóticas, incluindo dourado, tucunaré, piranhas e carpas. Do ponto de vista da conservação da biodiversidade, o ideal seria manter essas espécies separadas das demais. Mas, na emergência gerada pela chegada da lama da barragem, não houve esse controle.

“O único peixe que tem valor comercial aqui é o exótico. Quem mata a fome do pescador é o exótico”, rebate o pesquisador Abrahão Elesbon, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), que ajudou a organizar a Arca de Noé. A estratégia oficial definida pelo Ibama na sequência foi a de resgatar apenas as espécies nativas, com atenção às ameaçadas de extinção e às endêmicas (aquelas que só existem na bacia do Rio Doce), incluindo alguns tipos de cascudos, bagres e piabinhas.

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

1 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
2 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
3 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
6 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
7 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
8 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
9 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
10 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
11 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
12 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
13 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
14 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação

Linhares. Em Linhares, próximo da foz do rio, o Ibama organizou a coleta das espécies nativas da região. “O objetivo não é quantidade, é qualidade”, afirma Marcelo Polese, do Ifes, que coordenou o trabalho dos pesquisadores. A ideia é manter amostras geneticamente representativas dessas espécies, que possam ser usadas para repovoar o rio, se necessário.

Um grande esforço de voluntários para resgatar peixes do Rio Doce em Colatina, apelidado de operação Arca de Noé, virou motivo de polêmica entre pescadores, pesquisadores e autoridades ambientais. Uma grande quantidade de peixes e crustáceos foi retirada às pressas do rio e transferida para lagos da região. O problema, segundo especialistas, é que muitos desses peixes são de espécies exóticas (não nativas) que, se introduzidos numa lagoa onde ainda não existem, poderão gerar um novo problema ambiental.

O Rio Doce tem mais de 70 espécies nativas, mas as mais abundantes e que dominam o ecossistema são um punhado de exóticas, incluindo dourado, tucunaré, piranhas e carpas. Do ponto de vista da conservação da biodiversidade, o ideal seria manter essas espécies separadas das demais. Mas, na emergência gerada pela chegada da lama da barragem, não houve esse controle.

“O único peixe que tem valor comercial aqui é o exótico. Quem mata a fome do pescador é o exótico”, rebate o pesquisador Abrahão Elesbon, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), que ajudou a organizar a Arca de Noé. A estratégia oficial definida pelo Ibama na sequência foi a de resgatar apenas as espécies nativas, com atenção às ameaçadas de extinção e às endêmicas (aquelas que só existem na bacia do Rio Doce), incluindo alguns tipos de cascudos, bagres e piabinhas.

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

1 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
2 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
3 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
6 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
7 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
8 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
9 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
10 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
11 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
12 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
13 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
14 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação

Linhares. Em Linhares, próximo da foz do rio, o Ibama organizou a coleta das espécies nativas da região. “O objetivo não é quantidade, é qualidade”, afirma Marcelo Polese, do Ifes, que coordenou o trabalho dos pesquisadores. A ideia é manter amostras geneticamente representativas dessas espécies, que possam ser usadas para repovoar o rio, se necessário.

Um grande esforço de voluntários para resgatar peixes do Rio Doce em Colatina, apelidado de operação Arca de Noé, virou motivo de polêmica entre pescadores, pesquisadores e autoridades ambientais. Uma grande quantidade de peixes e crustáceos foi retirada às pressas do rio e transferida para lagos da região. O problema, segundo especialistas, é que muitos desses peixes são de espécies exóticas (não nativas) que, se introduzidos numa lagoa onde ainda não existem, poderão gerar um novo problema ambiental.

O Rio Doce tem mais de 70 espécies nativas, mas as mais abundantes e que dominam o ecossistema são um punhado de exóticas, incluindo dourado, tucunaré, piranhas e carpas. Do ponto de vista da conservação da biodiversidade, o ideal seria manter essas espécies separadas das demais. Mas, na emergência gerada pela chegada da lama da barragem, não houve esse controle.

“O único peixe que tem valor comercial aqui é o exótico. Quem mata a fome do pescador é o exótico”, rebate o pesquisador Abrahão Elesbon, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), que ajudou a organizar a Arca de Noé. A estratégia oficial definida pelo Ibama na sequência foi a de resgatar apenas as espécies nativas, com atenção às ameaçadas de extinção e às endêmicas (aquelas que só existem na bacia do Rio Doce), incluindo alguns tipos de cascudos, bagres e piabinhas.

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

1 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
2 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
3 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
6 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
7 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
8 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
9 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
10 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
11 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
12 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
13 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
14 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação

Linhares. Em Linhares, próximo da foz do rio, o Ibama organizou a coleta das espécies nativas da região. “O objetivo não é quantidade, é qualidade”, afirma Marcelo Polese, do Ifes, que coordenou o trabalho dos pesquisadores. A ideia é manter amostras geneticamente representativas dessas espécies, que possam ser usadas para repovoar o rio, se necessário.

Um grande esforço de voluntários para resgatar peixes do Rio Doce em Colatina, apelidado de operação Arca de Noé, virou motivo de polêmica entre pescadores, pesquisadores e autoridades ambientais. Uma grande quantidade de peixes e crustáceos foi retirada às pressas do rio e transferida para lagos da região. O problema, segundo especialistas, é que muitos desses peixes são de espécies exóticas (não nativas) que, se introduzidos numa lagoa onde ainda não existem, poderão gerar um novo problema ambiental.

O Rio Doce tem mais de 70 espécies nativas, mas as mais abundantes e que dominam o ecossistema são um punhado de exóticas, incluindo dourado, tucunaré, piranhas e carpas. Do ponto de vista da conservação da biodiversidade, o ideal seria manter essas espécies separadas das demais. Mas, na emergência gerada pela chegada da lama da barragem, não houve esse controle.

“O único peixe que tem valor comercial aqui é o exótico. Quem mata a fome do pescador é o exótico”, rebate o pesquisador Abrahão Elesbon, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), que ajudou a organizar a Arca de Noé. A estratégia oficial definida pelo Ibama na sequência foi a de resgatar apenas as espécies nativas, com atenção às ameaçadas de extinção e às endêmicas (aquelas que só existem na bacia do Rio Doce), incluindo alguns tipos de cascudos, bagres e piabinhas.

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

1 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
2 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
3 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 | 14

Lama

Foto: Gabriela Biló/Estadão
6 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
7 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
8 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
9 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
10 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
11 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
12 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
13 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
14 | 14

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce

Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação

Linhares. Em Linhares, próximo da foz do rio, o Ibama organizou a coleta das espécies nativas da região. “O objetivo não é quantidade, é qualidade”, afirma Marcelo Polese, do Ifes, que coordenou o trabalho dos pesquisadores. A ideia é manter amostras geneticamente representativas dessas espécies, que possam ser usadas para repovoar o rio, se necessário.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.