O velório do juiz José Antonio Machado Dias foi marcado por tristeza, consternação e revolta pelo crime. O corpo do juiz foi velado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil de Presidente Prudente. Segundo informação da Polícia Militar, 700 pessoas acompanharam a cerimônia. A cena mais marcante do velório foi a chegada da mulher, a juíza Cristina Esper, que entrou no salão onde o corpo era velado chorando compulsivamente. Debruçada sobre o caixão, ela dizia: ?Eu te amo, eu te amo?. Casada com ele havia dois meses, a juíza beijava o rosto do marido assassinado. Nesta sexta-feira, no local do crime, de acordo com testemunhas, Cristina, ao ver o corpo do marido baleado, passou a sacudi-lo e a pedir desesperadamente que ele acordasse. Casado pela segunda vez, ele dizia aos amigos que ainda estava em lua-de-mel. Dias deixa dois filhos do primeiro casamento. ?Estamos consternados, tristes com essa tragédia. Presidente Prudente ficou desguarnecida, sem segurança e ainda mandaram para cá mais de 10 mil presidiários?, disse o prefeito Agripino Lima. ?O que nós temos visto é bandido executar as autoridades em vez de as autoridades mandarem executar os bandidos.? Em seu discurso, o prefeito creditou o assassinato ao crime organizado e comparou os criminosos aos líderes do Movimento dos Sem-Terra (MST). Para o juiz e amigo de Dias Paulo Gimenez Alonso, que estava em São Paulo quando soube da tragédia, o crime é um atentado. ?Esse assassinato tem de ser considerado um crime contra o Estado e não contra a pessoa.
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