4 PMs do Bope são condenados por passar informações a traficantes
Propinas semanais as policiais chegavam a até R$ 10 mil; criminosos eram avisados de operações por mensagens eletrônicas
Compartilhe:
Por Roberta Pennafort
RIO - A Justiça do Rio de Janeiro condenou quatro policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) por vazar diariamente informações sobre operações a traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), em troca de propinas semanais de até R$ 10 mil. Todos já estavam presos desde 2015.
O líder do grupo, segundo denúncia do Ministério Público, Silvestre André da Silva Felizardo, teve pena fixada em 80 anos pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio. Os policiais Maicon Ricardo Alves da Costa, André Silva de Oliveira e Raphael Canthé dos Santos foram condenados a 48 anos de reclusão. Um quinto réu, Rodrigo Mileipe Vermelho Reis, foi absolvido.
“Com essa atitude, os acusados contribuíram para a expansão e o fortalecimento das atividades criminosas desempenhadas pela facção, nas comunidades, pois além de possibilitar que os traficantes fugissem das ações policiais, fazia com que soubessem onde poderiam continuar a praticar seus crimes sem serem incomodados pela polícia”, escreveu a juíza na sentença. “Era nítido que esses vazamentos aconteciam, já que os PMs chegavam nas unidades deflagradas e simplesmente não encontravam nada, não havia movimento algum, o que inclusive começou a despertar a atenção do próprio comando da unidade.”
A magistrada pontuou que, de posse das informações privilegiadas, os criminosos agiam rápido para esconder armas e drogas. Os policiais corruptos recebiam semanalmente entre R$ 2 mil e R$ 10 mil de cada uma das quadrilhas para as quais trabalhavam.
continua após a publicidade
As informações eram passadas por mensagens eletrônicas a traficantes das favelas de Antares e do Rodo, em Santa Cruz, na zona oeste; Faz Quem Quer, Morros da Covanca, Jordão e Barão, em Jacarepaguá, também na zona oeste; Complexo do Lins, no Méier; zona norte, Complexo do Chapadão, em Costa Barros, também na zona norte; e Vila Ideal e Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O Bope foi criado pela PM do Rio para intervir em situações de extremo risco e hoje atua principalmente em favelas dominadas pelo tráfico de drogas. Ficou conhecido em todo o País depois do filme Tropa de Elite, que o mostrou como um grupamento de práticas extremamente violentas contra bandidos, e cujos policiais seriam imunes à corrupção.
Das 50 cidades mais violentas do mundo, 25 estão no Brasil; veja ranking
RIO - A Justiça do Rio de Janeiro condenou quatro policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) por vazar diariamente informações sobre operações a traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), em troca de propinas semanais de até R$ 10 mil. Todos já estavam presos desde 2015.
O líder do grupo, segundo denúncia do Ministério Público, Silvestre André da Silva Felizardo, teve pena fixada em 80 anos pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio. Os policiais Maicon Ricardo Alves da Costa, André Silva de Oliveira e Raphael Canthé dos Santos foram condenados a 48 anos de reclusão. Um quinto réu, Rodrigo Mileipe Vermelho Reis, foi absolvido.
“Com essa atitude, os acusados contribuíram para a expansão e o fortalecimento das atividades criminosas desempenhadas pela facção, nas comunidades, pois além de possibilitar que os traficantes fugissem das ações policiais, fazia com que soubessem onde poderiam continuar a praticar seus crimes sem serem incomodados pela polícia”, escreveu a juíza na sentença. “Era nítido que esses vazamentos aconteciam, já que os PMs chegavam nas unidades deflagradas e simplesmente não encontravam nada, não havia movimento algum, o que inclusive começou a despertar a atenção do próprio comando da unidade.”
A magistrada pontuou que, de posse das informações privilegiadas, os criminosos agiam rápido para esconder armas e drogas. Os policiais corruptos recebiam semanalmente entre R$ 2 mil e R$ 10 mil de cada uma das quadrilhas para as quais trabalhavam.
As informações eram passadas por mensagens eletrônicas a traficantes das favelas de Antares e do Rodo, em Santa Cruz, na zona oeste; Faz Quem Quer, Morros da Covanca, Jordão e Barão, em Jacarepaguá, também na zona oeste; Complexo do Lins, no Méier; zona norte, Complexo do Chapadão, em Costa Barros, também na zona norte; e Vila Ideal e Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O Bope foi criado pela PM do Rio para intervir em situações de extremo risco e hoje atua principalmente em favelas dominadas pelo tráfico de drogas. Ficou conhecido em todo o País depois do filme Tropa de Elite, que o mostrou como um grupamento de práticas extremamente violentas contra bandidos, e cujos policiais seriam imunes à corrupção.
Das 50 cidades mais violentas do mundo, 25 estão no Brasil; veja ranking
RIO - A Justiça do Rio de Janeiro condenou quatro policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) por vazar diariamente informações sobre operações a traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), em troca de propinas semanais de até R$ 10 mil. Todos já estavam presos desde 2015.
O líder do grupo, segundo denúncia do Ministério Público, Silvestre André da Silva Felizardo, teve pena fixada em 80 anos pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio. Os policiais Maicon Ricardo Alves da Costa, André Silva de Oliveira e Raphael Canthé dos Santos foram condenados a 48 anos de reclusão. Um quinto réu, Rodrigo Mileipe Vermelho Reis, foi absolvido.
“Com essa atitude, os acusados contribuíram para a expansão e o fortalecimento das atividades criminosas desempenhadas pela facção, nas comunidades, pois além de possibilitar que os traficantes fugissem das ações policiais, fazia com que soubessem onde poderiam continuar a praticar seus crimes sem serem incomodados pela polícia”, escreveu a juíza na sentença. “Era nítido que esses vazamentos aconteciam, já que os PMs chegavam nas unidades deflagradas e simplesmente não encontravam nada, não havia movimento algum, o que inclusive começou a despertar a atenção do próprio comando da unidade.”
A magistrada pontuou que, de posse das informações privilegiadas, os criminosos agiam rápido para esconder armas e drogas. Os policiais corruptos recebiam semanalmente entre R$ 2 mil e R$ 10 mil de cada uma das quadrilhas para as quais trabalhavam.
As informações eram passadas por mensagens eletrônicas a traficantes das favelas de Antares e do Rodo, em Santa Cruz, na zona oeste; Faz Quem Quer, Morros da Covanca, Jordão e Barão, em Jacarepaguá, também na zona oeste; Complexo do Lins, no Méier; zona norte, Complexo do Chapadão, em Costa Barros, também na zona norte; e Vila Ideal e Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O Bope foi criado pela PM do Rio para intervir em situações de extremo risco e hoje atua principalmente em favelas dominadas pelo tráfico de drogas. Ficou conhecido em todo o País depois do filme Tropa de Elite, que o mostrou como um grupamento de práticas extremamente violentas contra bandidos, e cujos policiais seriam imunes à corrupção.
Das 50 cidades mais violentas do mundo, 25 estão no Brasil; veja ranking