Batman é expulso de ato contra aumento da tarifa no Rio


Eron Melo, que costuma participar de protestos posou recentemente para fotos ao lado de Bolsonaro durante ato contra Dilma

Por Felipe Werneck

RIO - O protético Eron Melo, que costuma participar de manifestações no Rio fantasiado de Batman e recentemente posou para fotografias ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi rechaçado e agredido por ativistas nesta sexta-feira, 9, durante ato convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento de 13,3% na tarifa dos ônibus municipais, no centro do Rio.

Ele chegou por volta das 19 horas, quando os manifestantes já caminhavam em direção à Central do Brasil pela Rua Primeiro de Março, e foi recebido aos gritos de “fascista”. Melo segurava um cartaz com a inscrição “#luto Je Suis Charlie”, em referência aos atentados em Paris, que foi arrancado de sua mão. Em seguida, envolveu-se em uma briga com um pequeno grupo. Policiais que estavam ao lado não interferiram. “Deixa eles se matarem”, comentou um dos PMs.

Cerca de 2 mil pessoas participam de ato contra o aumento da tarifa no Rio. Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO
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“Ele foi rechaçado por apoiar o Bolsonaro, que é a favor de bater em mulher, e também porque apoiou ato em apoio aos militares no ano passado”, disse o estudante de Geografia Mateus Rodrigues Queiroz, de 20 anos. Melo foi fotografado ao lado de Bolsonaro durante manifestação contra a presidente Dilma Rousseff (PT) realizada na orla de Copacabana, em 15 de novembro.

Ele ficou menos de cinco minutos no ato do MPL. Deixou o local pela lateral do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em fuga, amparado por dois ativistas, enquanto outros gritavam: “fascista”, “oportunista”. Em depoimento ao coletivo Linhas de Fuga, Melo declarou: “Se eles dizem que é um ato popular, como querem definir quem pode e quem não pode? Eu tenho a minha filosofia pessoal, não sou de direita e nem de esquerda. Que a população se organize de forma partidária, sem esses pseudoanarquistas. Era um ato contra a Dilma, e daí que tirei foto com o Bolsonaro?”

O protesto reuniu mil pessoas, segundo estimativa de um oficial da Polícia Militar, e 5 mil, de acordo com o MPL do Rio. PMs dos Batalhões de Choque e de Grandes Eventos acompanharam a passeata, fazendo um cerco aos ativistas. Dentro da estação ferroviária Central do Brasil, onde foi realizado um protesto, policiais formaram um cordão atrás das catracas. Após a dispersão, quando um grupo de menos de 50 pessoas retornava para a Cinelândia, por volta das 21 horas, policiais lançaram duas bombas de efeito moral e usaram balas de borracha contra ativistas acusados de incendiar sacos com lixo nas calçadas. Pelo menos dois ficaram feridos. Uma estudante negra foi arrastada e espancada por um PM, que a imobilizou no chão, pressionando seu rosto contra um degrau. Algemada, ela foi levada para o quartel central da PM, antes de seguir para uma delegacia.

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Policiais também perseguiram manifestantes no entorno da Câmara Municipal e pelo menos dois foram detidos. Eles foram liberados em seguida, após revista, sob protesto de ativistas, que gritavam: “Manifestante não é bandido, foi a PM que matou o Amarildo”, em referência ao pedreiro Amarildo de Souza, assassinado por policias da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, em julho de 2013, segundo denúncia do Ministério Público. O MPL do Rio convocou nova manifestação para o dia 16, às 17 horas, na praça da Candelária.

No Rio, a passagem dos ônibus municipais subiu de R$ 3,00 para R$ 3,40 no último sábado. O reajuste de 13,3% é questionado na Justiça pelo promotor Rodrigo Terra. Pela primeira vez, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) incluiu na tarifa custos com gratuidades e com a compra de novos ônibus equipados com ar-condicionado, que representam R$ 0,20 por passagem. Esse adicional não estava previsto no contrato com as concessionárias. Também foram anunciados aumentos de 12,45% na tarifa dos ônibus e vans intermunicipais, a partir de amanhã, do Bilhete Único (12,46%), a partir de 1º de fevereiro, das barcas (5,75%) e dos trens (3,66%), ambos a partir de 12 de fevereiro.

RIO - O protético Eron Melo, que costuma participar de manifestações no Rio fantasiado de Batman e recentemente posou para fotografias ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi rechaçado e agredido por ativistas nesta sexta-feira, 9, durante ato convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento de 13,3% na tarifa dos ônibus municipais, no centro do Rio.

Ele chegou por volta das 19 horas, quando os manifestantes já caminhavam em direção à Central do Brasil pela Rua Primeiro de Março, e foi recebido aos gritos de “fascista”. Melo segurava um cartaz com a inscrição “#luto Je Suis Charlie”, em referência aos atentados em Paris, que foi arrancado de sua mão. Em seguida, envolveu-se em uma briga com um pequeno grupo. Policiais que estavam ao lado não interferiram. “Deixa eles se matarem”, comentou um dos PMs.

Cerca de 2 mil pessoas participam de ato contra o aumento da tarifa no Rio. Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

“Ele foi rechaçado por apoiar o Bolsonaro, que é a favor de bater em mulher, e também porque apoiou ato em apoio aos militares no ano passado”, disse o estudante de Geografia Mateus Rodrigues Queiroz, de 20 anos. Melo foi fotografado ao lado de Bolsonaro durante manifestação contra a presidente Dilma Rousseff (PT) realizada na orla de Copacabana, em 15 de novembro.

Ele ficou menos de cinco minutos no ato do MPL. Deixou o local pela lateral do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em fuga, amparado por dois ativistas, enquanto outros gritavam: “fascista”, “oportunista”. Em depoimento ao coletivo Linhas de Fuga, Melo declarou: “Se eles dizem que é um ato popular, como querem definir quem pode e quem não pode? Eu tenho a minha filosofia pessoal, não sou de direita e nem de esquerda. Que a população se organize de forma partidária, sem esses pseudoanarquistas. Era um ato contra a Dilma, e daí que tirei foto com o Bolsonaro?”

O protesto reuniu mil pessoas, segundo estimativa de um oficial da Polícia Militar, e 5 mil, de acordo com o MPL do Rio. PMs dos Batalhões de Choque e de Grandes Eventos acompanharam a passeata, fazendo um cerco aos ativistas. Dentro da estação ferroviária Central do Brasil, onde foi realizado um protesto, policiais formaram um cordão atrás das catracas. Após a dispersão, quando um grupo de menos de 50 pessoas retornava para a Cinelândia, por volta das 21 horas, policiais lançaram duas bombas de efeito moral e usaram balas de borracha contra ativistas acusados de incendiar sacos com lixo nas calçadas. Pelo menos dois ficaram feridos. Uma estudante negra foi arrastada e espancada por um PM, que a imobilizou no chão, pressionando seu rosto contra um degrau. Algemada, ela foi levada para o quartel central da PM, antes de seguir para uma delegacia.

Policiais também perseguiram manifestantes no entorno da Câmara Municipal e pelo menos dois foram detidos. Eles foram liberados em seguida, após revista, sob protesto de ativistas, que gritavam: “Manifestante não é bandido, foi a PM que matou o Amarildo”, em referência ao pedreiro Amarildo de Souza, assassinado por policias da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, em julho de 2013, segundo denúncia do Ministério Público. O MPL do Rio convocou nova manifestação para o dia 16, às 17 horas, na praça da Candelária.

No Rio, a passagem dos ônibus municipais subiu de R$ 3,00 para R$ 3,40 no último sábado. O reajuste de 13,3% é questionado na Justiça pelo promotor Rodrigo Terra. Pela primeira vez, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) incluiu na tarifa custos com gratuidades e com a compra de novos ônibus equipados com ar-condicionado, que representam R$ 0,20 por passagem. Esse adicional não estava previsto no contrato com as concessionárias. Também foram anunciados aumentos de 12,45% na tarifa dos ônibus e vans intermunicipais, a partir de amanhã, do Bilhete Único (12,46%), a partir de 1º de fevereiro, das barcas (5,75%) e dos trens (3,66%), ambos a partir de 12 de fevereiro.

RIO - O protético Eron Melo, que costuma participar de manifestações no Rio fantasiado de Batman e recentemente posou para fotografias ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi rechaçado e agredido por ativistas nesta sexta-feira, 9, durante ato convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento de 13,3% na tarifa dos ônibus municipais, no centro do Rio.

Ele chegou por volta das 19 horas, quando os manifestantes já caminhavam em direção à Central do Brasil pela Rua Primeiro de Março, e foi recebido aos gritos de “fascista”. Melo segurava um cartaz com a inscrição “#luto Je Suis Charlie”, em referência aos atentados em Paris, que foi arrancado de sua mão. Em seguida, envolveu-se em uma briga com um pequeno grupo. Policiais que estavam ao lado não interferiram. “Deixa eles se matarem”, comentou um dos PMs.

Cerca de 2 mil pessoas participam de ato contra o aumento da tarifa no Rio. Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

“Ele foi rechaçado por apoiar o Bolsonaro, que é a favor de bater em mulher, e também porque apoiou ato em apoio aos militares no ano passado”, disse o estudante de Geografia Mateus Rodrigues Queiroz, de 20 anos. Melo foi fotografado ao lado de Bolsonaro durante manifestação contra a presidente Dilma Rousseff (PT) realizada na orla de Copacabana, em 15 de novembro.

Ele ficou menos de cinco minutos no ato do MPL. Deixou o local pela lateral do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em fuga, amparado por dois ativistas, enquanto outros gritavam: “fascista”, “oportunista”. Em depoimento ao coletivo Linhas de Fuga, Melo declarou: “Se eles dizem que é um ato popular, como querem definir quem pode e quem não pode? Eu tenho a minha filosofia pessoal, não sou de direita e nem de esquerda. Que a população se organize de forma partidária, sem esses pseudoanarquistas. Era um ato contra a Dilma, e daí que tirei foto com o Bolsonaro?”

O protesto reuniu mil pessoas, segundo estimativa de um oficial da Polícia Militar, e 5 mil, de acordo com o MPL do Rio. PMs dos Batalhões de Choque e de Grandes Eventos acompanharam a passeata, fazendo um cerco aos ativistas. Dentro da estação ferroviária Central do Brasil, onde foi realizado um protesto, policiais formaram um cordão atrás das catracas. Após a dispersão, quando um grupo de menos de 50 pessoas retornava para a Cinelândia, por volta das 21 horas, policiais lançaram duas bombas de efeito moral e usaram balas de borracha contra ativistas acusados de incendiar sacos com lixo nas calçadas. Pelo menos dois ficaram feridos. Uma estudante negra foi arrastada e espancada por um PM, que a imobilizou no chão, pressionando seu rosto contra um degrau. Algemada, ela foi levada para o quartel central da PM, antes de seguir para uma delegacia.

Policiais também perseguiram manifestantes no entorno da Câmara Municipal e pelo menos dois foram detidos. Eles foram liberados em seguida, após revista, sob protesto de ativistas, que gritavam: “Manifestante não é bandido, foi a PM que matou o Amarildo”, em referência ao pedreiro Amarildo de Souza, assassinado por policias da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, em julho de 2013, segundo denúncia do Ministério Público. O MPL do Rio convocou nova manifestação para o dia 16, às 17 horas, na praça da Candelária.

No Rio, a passagem dos ônibus municipais subiu de R$ 3,00 para R$ 3,40 no último sábado. O reajuste de 13,3% é questionado na Justiça pelo promotor Rodrigo Terra. Pela primeira vez, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) incluiu na tarifa custos com gratuidades e com a compra de novos ônibus equipados com ar-condicionado, que representam R$ 0,20 por passagem. Esse adicional não estava previsto no contrato com as concessionárias. Também foram anunciados aumentos de 12,45% na tarifa dos ônibus e vans intermunicipais, a partir de amanhã, do Bilhete Único (12,46%), a partir de 1º de fevereiro, das barcas (5,75%) e dos trens (3,66%), ambos a partir de 12 de fevereiro.

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