RIO - Três caminhões-pipa que vendiam água suja como se fosse limpa foram apreendidos pela Polícia Civil do Rio nesta sexta-feira, 30, em Vargem Grande, na zona oeste.
Um dos caminhões havia abastecido numa piscina de um parque aquático da zona oeste, desativado desde 2003. Um morador da região havia fotografado o veículo abastecendo com a água imprópria para consumo e divulgou as imagens pela internet.
Além do parque aquático, os caminhões usavam outras fontes irregulares de abastecimento, como poços artesianos não regularizados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).
Os três motoristas dos caminhões foram indiciados por crime contra as relações de consumo, o que pode resultar em penas de prisão de dois a cinco anos ou multa. Os responsáveis pelos lugares de onde a água foi extraída também podem ser punidos, se ficar comprovado que sabiam do abastecimento clandestino.
As apreensões ocorreram durante uma operação realizada pela Delegacia do Consumidor ,da Polícia Civil, sob a responsabilidade do delegado Gilson Perdigão, para coibir o comércio de água não potável por caminhões-pipa.
Segundo a polícia, o consumidor que comprar água de um carro-pipa deve verificar um aspecto e dois documentos: se a água tem cheiro, cor ou sabor, se o motorista do caminhão tem a nota fiscal referente ao abastecimento e se a empresa onde o caminhão abasteceu tem cadastro na Cedae.