Defensoria do Rio diz ver ‘indícios de situações de graves violações de direitos’ no Alemão


Operação, que contou com a participação de 400 agentes, foi realizada na zona norte da capital fluminense e terminou com ao menos 18 mortos.

Por Fabio Grellet

RIO - A Defensoria Pública do Rio afirmou, em nota divulgada na noite desta quinta-feira, 21, que “há indícios de situações de grave violação de direitos” durante a operação policial realizada horas antes no complexo do Alemão, na zona norte do Rio, “com possibilidade desta ser uma das operações com maior índice de mortos no Rio de Janeiro”.

No início da tarde, em áudio gravado na entrada da favela da Grota, uma das comunidades do Alemão, o ouvidor-geral do órgão, Guilherme Pimentel, afirmou ter confirmado a morte de 14 pessoas – 12 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão e 2 na própria favela. Também disse ter informações sobre outras seis pessoas que teriam morrido no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha (zona norte). Ele informou que essas mortes precisavam ser checadas. Oficialmente, a polícia confirma 18 mortes.

Em nota,a Defensoria Pública do Rio afirmouquea operação no Complexo do Alemão teve"indícios de grave violação de direitos." Foto: Ricardo Moraes/Reuters
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Pimentel também relatou ter recebido várias denúncias contra a polícia. “A gente recebeu a demanda de entrar nos locais onde há denúncias de graves violações de direitos humanos, como pessoas mortas, cenas (de crime) sendo desfeitas, feridos sem prestação de socorro, pessoas ameaçadas de execução sumária, encurraladas dentro de casa, pessoas sendo agredidas, muitas invasões de domicílio, depredação, enfim, todo tipo de violação de direitos humanos”, afirmou Pimentel.

Pimentel estava com representantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos e das Comissões de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), junto a um dos acessos à comunidade,afirmou que não havia segurança para chegar aos locais de confronto, e por isso não foi possível prosseguir até os locais onde as violações teriam acontecido.

 “A gente conversou com moradores que estiveram no morro tentando chegar nessas localidades de onde vêm essas denúncias, e nos relataram terem sido alvo de disparos de armas de fogo para dispersão por parte da Polícia Militar, o que confirma a gravidade e o perigo de entrar (na comunidade) neste momento”, completou.

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Na nota enviada à noite, a Defensoria afirmou ainda que “está acompanhando com preocupação as informações sobre a operação policial no Complexo do Alemão” e que o órgão “está presente no local através de sua Ouvidoria”  e outros órgãos.

Operação contou com a participação de 400 policiais

Segundo a PM, foram mortos 16 suspeitos, uma moradora vítima de bala perdida (Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, atingida quando estava dentro de um carro) e um policial militar (o cabo Bruno de Paula Costa, atingido no pescoço).

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A operação conjunta reuniu cerca de 400 policiais e foi realizada para combater uma quadrilha especializada em roubo de veículos nos bairros do Méier, Irajá e Pavuna, na mesma região. Segundo a PM, a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada na Fazendinha, uma das comunidades do complexo do Alemão, foi atacada por criminosos, que também ergueram barricadas e lançaram óleo nas vias para dificultar o acessos dos policiais. O cabo Costa foi atingido durante ataque à UPP.

Até a noite desta quinta-feira, a polícia confirmou 18 mortes. Foto: Silvia Izquierdo/AP

À noite, em entrevista coletiva, os subsecretários das polícias Civil e Militar, delegado Ronaldo Oliveira e Fabrício Oliveira,  afirmaram que os policiais agiram para evitar que mais de 100 criminosos com réplicas de fardas deixassem o complexo do Alemão, invadissem outras comunidades e cometessem crimes em outras áreas da cidade.  Mas não deram detalhes sobre o uso dessas réplicas de fardas nem sobre os crimes que o grupo pretenderia praticar.

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“Nessa ação não pode haver comemoração. Tivemos a morte de dois inocentes, da senhora Letícia e de um policial militar", afirmou o comandante do Bope, Uirá Nascimento. Familiares de Letícia acusam a polícia de disparar o tiro que a atingiu. "O fato está sendo apurado pela Delegacia de Homicídios. A dinâmica será esclarecida com a investigação. Lamentamos profundamente a morte dela. O fato está em apuração", completou.

RIO - A Defensoria Pública do Rio afirmou, em nota divulgada na noite desta quinta-feira, 21, que “há indícios de situações de grave violação de direitos” durante a operação policial realizada horas antes no complexo do Alemão, na zona norte do Rio, “com possibilidade desta ser uma das operações com maior índice de mortos no Rio de Janeiro”.

No início da tarde, em áudio gravado na entrada da favela da Grota, uma das comunidades do Alemão, o ouvidor-geral do órgão, Guilherme Pimentel, afirmou ter confirmado a morte de 14 pessoas – 12 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão e 2 na própria favela. Também disse ter informações sobre outras seis pessoas que teriam morrido no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha (zona norte). Ele informou que essas mortes precisavam ser checadas. Oficialmente, a polícia confirma 18 mortes.

Em nota,a Defensoria Pública do Rio afirmouquea operação no Complexo do Alemão teve"indícios de grave violação de direitos." Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Pimentel também relatou ter recebido várias denúncias contra a polícia. “A gente recebeu a demanda de entrar nos locais onde há denúncias de graves violações de direitos humanos, como pessoas mortas, cenas (de crime) sendo desfeitas, feridos sem prestação de socorro, pessoas ameaçadas de execução sumária, encurraladas dentro de casa, pessoas sendo agredidas, muitas invasões de domicílio, depredação, enfim, todo tipo de violação de direitos humanos”, afirmou Pimentel.

Pimentel estava com representantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos e das Comissões de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), junto a um dos acessos à comunidade,afirmou que não havia segurança para chegar aos locais de confronto, e por isso não foi possível prosseguir até os locais onde as violações teriam acontecido.

 “A gente conversou com moradores que estiveram no morro tentando chegar nessas localidades de onde vêm essas denúncias, e nos relataram terem sido alvo de disparos de armas de fogo para dispersão por parte da Polícia Militar, o que confirma a gravidade e o perigo de entrar (na comunidade) neste momento”, completou.

Na nota enviada à noite, a Defensoria afirmou ainda que “está acompanhando com preocupação as informações sobre a operação policial no Complexo do Alemão” e que o órgão “está presente no local através de sua Ouvidoria”  e outros órgãos.

Operação contou com a participação de 400 policiais

Segundo a PM, foram mortos 16 suspeitos, uma moradora vítima de bala perdida (Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, atingida quando estava dentro de um carro) e um policial militar (o cabo Bruno de Paula Costa, atingido no pescoço).

A operação conjunta reuniu cerca de 400 policiais e foi realizada para combater uma quadrilha especializada em roubo de veículos nos bairros do Méier, Irajá e Pavuna, na mesma região. Segundo a PM, a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada na Fazendinha, uma das comunidades do complexo do Alemão, foi atacada por criminosos, que também ergueram barricadas e lançaram óleo nas vias para dificultar o acessos dos policiais. O cabo Costa foi atingido durante ataque à UPP.

Até a noite desta quinta-feira, a polícia confirmou 18 mortes. Foto: Silvia Izquierdo/AP

À noite, em entrevista coletiva, os subsecretários das polícias Civil e Militar, delegado Ronaldo Oliveira e Fabrício Oliveira,  afirmaram que os policiais agiram para evitar que mais de 100 criminosos com réplicas de fardas deixassem o complexo do Alemão, invadissem outras comunidades e cometessem crimes em outras áreas da cidade.  Mas não deram detalhes sobre o uso dessas réplicas de fardas nem sobre os crimes que o grupo pretenderia praticar.

“Nessa ação não pode haver comemoração. Tivemos a morte de dois inocentes, da senhora Letícia e de um policial militar", afirmou o comandante do Bope, Uirá Nascimento. Familiares de Letícia acusam a polícia de disparar o tiro que a atingiu. "O fato está sendo apurado pela Delegacia de Homicídios. A dinâmica será esclarecida com a investigação. Lamentamos profundamente a morte dela. O fato está em apuração", completou.

RIO - A Defensoria Pública do Rio afirmou, em nota divulgada na noite desta quinta-feira, 21, que “há indícios de situações de grave violação de direitos” durante a operação policial realizada horas antes no complexo do Alemão, na zona norte do Rio, “com possibilidade desta ser uma das operações com maior índice de mortos no Rio de Janeiro”.

No início da tarde, em áudio gravado na entrada da favela da Grota, uma das comunidades do Alemão, o ouvidor-geral do órgão, Guilherme Pimentel, afirmou ter confirmado a morte de 14 pessoas – 12 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão e 2 na própria favela. Também disse ter informações sobre outras seis pessoas que teriam morrido no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha (zona norte). Ele informou que essas mortes precisavam ser checadas. Oficialmente, a polícia confirma 18 mortes.

Em nota,a Defensoria Pública do Rio afirmouquea operação no Complexo do Alemão teve"indícios de grave violação de direitos." Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Pimentel também relatou ter recebido várias denúncias contra a polícia. “A gente recebeu a demanda de entrar nos locais onde há denúncias de graves violações de direitos humanos, como pessoas mortas, cenas (de crime) sendo desfeitas, feridos sem prestação de socorro, pessoas ameaçadas de execução sumária, encurraladas dentro de casa, pessoas sendo agredidas, muitas invasões de domicílio, depredação, enfim, todo tipo de violação de direitos humanos”, afirmou Pimentel.

Pimentel estava com representantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos e das Comissões de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), junto a um dos acessos à comunidade,afirmou que não havia segurança para chegar aos locais de confronto, e por isso não foi possível prosseguir até os locais onde as violações teriam acontecido.

 “A gente conversou com moradores que estiveram no morro tentando chegar nessas localidades de onde vêm essas denúncias, e nos relataram terem sido alvo de disparos de armas de fogo para dispersão por parte da Polícia Militar, o que confirma a gravidade e o perigo de entrar (na comunidade) neste momento”, completou.

Na nota enviada à noite, a Defensoria afirmou ainda que “está acompanhando com preocupação as informações sobre a operação policial no Complexo do Alemão” e que o órgão “está presente no local através de sua Ouvidoria”  e outros órgãos.

Operação contou com a participação de 400 policiais

Segundo a PM, foram mortos 16 suspeitos, uma moradora vítima de bala perdida (Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, atingida quando estava dentro de um carro) e um policial militar (o cabo Bruno de Paula Costa, atingido no pescoço).

A operação conjunta reuniu cerca de 400 policiais e foi realizada para combater uma quadrilha especializada em roubo de veículos nos bairros do Méier, Irajá e Pavuna, na mesma região. Segundo a PM, a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada na Fazendinha, uma das comunidades do complexo do Alemão, foi atacada por criminosos, que também ergueram barricadas e lançaram óleo nas vias para dificultar o acessos dos policiais. O cabo Costa foi atingido durante ataque à UPP.

Até a noite desta quinta-feira, a polícia confirmou 18 mortes. Foto: Silvia Izquierdo/AP

À noite, em entrevista coletiva, os subsecretários das polícias Civil e Militar, delegado Ronaldo Oliveira e Fabrício Oliveira,  afirmaram que os policiais agiram para evitar que mais de 100 criminosos com réplicas de fardas deixassem o complexo do Alemão, invadissem outras comunidades e cometessem crimes em outras áreas da cidade.  Mas não deram detalhes sobre o uso dessas réplicas de fardas nem sobre os crimes que o grupo pretenderia praticar.

“Nessa ação não pode haver comemoração. Tivemos a morte de dois inocentes, da senhora Letícia e de um policial militar", afirmou o comandante do Bope, Uirá Nascimento. Familiares de Letícia acusam a polícia de disparar o tiro que a atingiu. "O fato está sendo apurado pela Delegacia de Homicídios. A dinâmica será esclarecida com a investigação. Lamentamos profundamente a morte dela. O fato está em apuração", completou.

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