RIO - A ex-deputada federal e inspetora da Polícia Civil do Rio de Janeiro Marina Maggessi morreu aos 61 anos na madrugada desta sexta-feira, 9, no Hospital São Francisco na Providência de Deus, na Tijuca, zona norte da capital fluminense. Ela foi internada na tarde de quarta-feira, 7, na Unidade de Terapia Intensiva. Segundo amigos da policial, ela tinha pneumonia e insuficiência renal aguda. Morreu de falência múltipla dos órgãos.
Primeira mulher a chefiar o departamento de Inteligência da Polícia Civil, Marina foi responsável pelas prisões de grandes chefes do tráfico de drogas no Estado, como Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê; Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, assassino do jornalista Tim Lopes.
Nas favelas cariocas, era conhecida pelo apelido de Kate Mahoney, em referência à policial protagonista do seriado Dama de Ouro, sucesso nos anos 80. Passou os últimos dos seus 27 anos de Polícia Civil prestando serviços administrativos e se ressentia por ter sido deixada na "geladeira".
Marina ingressou na política em 2006, quando foi eleita deputada federal pelo Partido Popular Socialista (PPS).
Formada em Jornalismo, ela publicou, em 2008, o livro autobiográfico Marina Maggessi - Dura na Queda, onde revelou detalhes da rotina na Polícia Civil.
Em nota, a chefia de Polícia Civil lamentou a morte da policial. "Por ter desempenhado o seu mister com grande profissionalismo, zelo e dedicação, sempre mereceu o reconhecimento e a admiração de seus pares e superiores, de jornalistas e políticos, de membros do Ministério Público e do Poder Judiciário, da classe artística e líderes da sociedade civil organizada", diz o texto.
O corpo de Marina será velado neste sábado, 10, no Cemitério São Francisco Xavier, a partir das 11h. O enterro está marcado para as 14h30.