Paraíso de Tuiuti aborda a escravidão em seu enredo e o atual 'cativeiro social'
A escola faz crítica social às disparidades brasileiras e cita até a reforma trabalhista em seu desfile na Sapucaí
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Por Fabio Grellet e Roberta Pennafort
Alçada ao grupo de elite das escolas de samba do Rio em 2017, após vencer a segunda divisão em 2016, o Paraíso do Tuiuti foi a quarta escola a desfilar na primeira noite de apresentações no Rio de Janeiro, já na madrugada desta segunda-feira, 12. A escola discorreu sobre a escravidão no Brasil e defendeu a ideia de que ela ainda não acabou, apenas mudou de forma.
O carnavalesco Jack Vasconcelos partiu dos navios negreiros do século 16 e chegou ao "cativeiro social" dos dias de hoje, marcado por desigualdades sociais e precarização do trabalho. As últimas alas e o último carro alegórico, bastante aplaudidos, faziam críticas à reforma trabalhista e sugeria o presidente Michel Temer (MDB) como vampiro.
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Foi uma apresentação de início e fim fortes, mas que se perdeu no meio. A sequência de alas de escravos nos canaviais, nos cafezais, nas minas e nos quilombos foi cansativa. A escola apresentou figurinos refinados e carros de beleza plástica, mas poucas inovações estéticas. A comissão de frente, com escravos acorrentados açoitados por um feitor, impressionou, assim como a menção às disparidades brasileiras, mostradas no último carro: o andar de cima, com banqueiros e aristocratas, e o de baixo, com o proletariado, domésticas, operários e motoristas.
Carnaval 2018: veja os destaques das escolas do Rio
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A ala "Guerreiros da CLT" trazia carteiras de trabalho chamuscadas, alusão à reforma trabalhista, e a "manifestoches" debochava dos protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) - os manifestantes foram representados como fantoches. Ao final, os integrantes do Paraíso comemoraram o bom desfile - que talvez não possa ser repetido no desfile das Campeãs (reunião das seis melhores escolas das duas noites), mas deixa a escola distante do rebaixamento à segunda divisão.
Alçada ao grupo de elite das escolas de samba do Rio em 2017, após vencer a segunda divisão em 2016, o Paraíso do Tuiuti foi a quarta escola a desfilar na primeira noite de apresentações no Rio de Janeiro, já na madrugada desta segunda-feira, 12. A escola discorreu sobre a escravidão no Brasil e defendeu a ideia de que ela ainda não acabou, apenas mudou de forma.
O carnavalesco Jack Vasconcelos partiu dos navios negreiros do século 16 e chegou ao "cativeiro social" dos dias de hoje, marcado por desigualdades sociais e precarização do trabalho. As últimas alas e o último carro alegórico, bastante aplaudidos, faziam críticas à reforma trabalhista e sugeria o presidente Michel Temer (MDB) como vampiro.
Foi uma apresentação de início e fim fortes, mas que se perdeu no meio. A sequência de alas de escravos nos canaviais, nos cafezais, nas minas e nos quilombos foi cansativa. A escola apresentou figurinos refinados e carros de beleza plástica, mas poucas inovações estéticas. A comissão de frente, com escravos acorrentados açoitados por um feitor, impressionou, assim como a menção às disparidades brasileiras, mostradas no último carro: o andar de cima, com banqueiros e aristocratas, e o de baixo, com o proletariado, domésticas, operários e motoristas.
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Alçada ao grupo de elite das escolas de samba do Rio em 2017, após vencer a segunda divisão em 2016, o Paraíso do Tuiuti foi a quarta escola a desfilar na primeira noite de apresentações no Rio de Janeiro, já na madrugada desta segunda-feira, 12. A escola discorreu sobre a escravidão no Brasil e defendeu a ideia de que ela ainda não acabou, apenas mudou de forma.
O carnavalesco Jack Vasconcelos partiu dos navios negreiros do século 16 e chegou ao "cativeiro social" dos dias de hoje, marcado por desigualdades sociais e precarização do trabalho. As últimas alas e o último carro alegórico, bastante aplaudidos, faziam críticas à reforma trabalhista e sugeria o presidente Michel Temer (MDB) como vampiro.
Foi uma apresentação de início e fim fortes, mas que se perdeu no meio. A sequência de alas de escravos nos canaviais, nos cafezais, nas minas e nos quilombos foi cansativa. A escola apresentou figurinos refinados e carros de beleza plástica, mas poucas inovações estéticas. A comissão de frente, com escravos acorrentados açoitados por um feitor, impressionou, assim como a menção às disparidades brasileiras, mostradas no último carro: o andar de cima, com banqueiros e aristocratas, e o de baixo, com o proletariado, domésticas, operários e motoristas.
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