Apesar de a noite de domingo ter tido pelo menos quatro bons desfiles, ficou a sensação de que ainda não pintou a campeã; expectativa, portanto, é grande para hoje
Cantado com todo o contorno dramático que caracteriza o intérprete Wander Pires, o samba da Mocidade tem entre um dos autores Sandra de Sá. Com refrão chiclete, a ode a Elza promete levantar a avenida. “Brasil / Enfrenta o mal que te consome / Que os filhos do planeta fome / Não percam a esperança em seu cantar”, diz o trecho mais marcante.
continua após a publicidade
Apesar de a noite de domingo ter tido pelo menos quatro bons desfiles, ficou a sensação de que ainda não pintou a campeã. A expectativa, portanto, é grande para esta noite.
O segundo dia foi aberto pela São Clemente, que fez ampla crítica social com o enredo “Conto do Vigário”, retratando como o povo brasileiro é historicamente enganado.
continua após a publicidade
Um dos autores do samba é o humorista Marcelo Adnet, que fez al que atraiu para o desfile vários colegas artistas, como Mateus Solano e a mulher dele, Paula Braun. “Brasil / Compartilhou, viralizou, nem viu / E o País inteiro assim sambou / Caiu na fake news”, provoca o samba.
Em seguida, veio a Unidos de Vila Isabel com um enredo sobre “um índio chamado Brasil”. O desafio, ao abordar um tema como este, é fugir do óbvio ao tratar da questão indígena. Na primeira noite, por exemplo, a Portela foi aclamada ao contar a história dos primeiros habitantes do Rio, antes da chegada dos portugueses.
continua após a publicidade
Outra escola tradicional que passou pela avenida foi o Salgueiro, com o enredo “O rei negro do picadeiro”. A escola da Tijuca contará a história de Benjamin Chaves, negro que se tornou artista circense ainda na época da escravidão.
A escola levou fantasias exuberantes com muitas referências ao mundo circense como animais, números de mágica, presença de palhaços e a alegria que contagiou o público.
continua após a publicidade
A Unidos da Tijuca trouxe consigo um desfile sobre a arquitetura e o urbanismo. Quem teve voz no samba-enredo foi a arquitetura do cotidiano, tema que também foi o foco, no ano passado, da Bienal de Arquitetura de São Paulo. A escola discorreu sobre o dia a dia no Morro do Borel, “seu cantinho na cidade”, mas também lembrou a história da arquitetura, fazendo construções famosas como o Coliseu passearem em meio a alas. Tecnologia e inovação também estiveram no desfile, marca do carnavalesco Paulo Barros, que está de volta à escola em 2020, quando também trabalhou com a Gaviões da Fiel em São Paulo.
O segundo dia dos desfiles no Rio terminará com as apresentações da Mocidade e da Beija-Flor.
continua após a publicidade
A Mocidade levou para a Sapucaí o samba-enredo "Elza deusa Soares", fazendo uma homenagem à cantora e compositora Elza Soares, que nasceu no mesmo bairro da agremiação, e contando sua história. A escola abriu o desfile com uma inovação, usando recursos de holografia para mostrar partes da vida de Elza já na comissão de frente.
Também teve espaço para outros momentos da vida da cantora, que chegou a defender sambas durante a história da escola. A Mocidade também mostrou a luta de Elza contra o racismo e seus momentos de glória ao lado de cantores do país e do mundo. Elza veio no último carro alegórico sentada. A alegoria mandava a mensagem "não vamos sucumbir" no fim do desfile.
continua após a publicidade
A agremiação de Nilópolis, sempre uma potencial concorrente, veio com o enredo “Se essa rua fosse minha”, levando o público a uma “jornada épica” por ruas e estradas que representam os caminhos da “natureza nômade” da humanidade.
A escola usou seu tempo na passarela do samba para mostrar os caminhos feito pelo homem ao longo da história, desde as primeiras migrações às conquistas de rotas comerciais e construções de estradas e ruas. A Beija-Flor exaltou a ocupação das ruas por todas as pessoas e lembrou do papel dela na transformação da sociedade. A escola fez dezenas de beija-flores voarem pela Sapucaí.
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 no Rio de Janeiro
Cantado com todo o contorno dramático que caracteriza o intérprete Wander Pires, o samba da Mocidade tem entre um dos autores Sandra de Sá. Com refrão chiclete, a ode a Elza promete levantar a avenida. “Brasil / Enfrenta o mal que te consome / Que os filhos do planeta fome / Não percam a esperança em seu cantar”, diz o trecho mais marcante.
Apesar de a noite de domingo ter tido pelo menos quatro bons desfiles, ficou a sensação de que ainda não pintou a campeã. A expectativa, portanto, é grande para esta noite.
O segundo dia foi aberto pela São Clemente, que fez ampla crítica social com o enredo “Conto do Vigário”, retratando como o povo brasileiro é historicamente enganado.
Um dos autores do samba é o humorista Marcelo Adnet, que fez al que atraiu para o desfile vários colegas artistas, como Mateus Solano e a mulher dele, Paula Braun. “Brasil / Compartilhou, viralizou, nem viu / E o País inteiro assim sambou / Caiu na fake news”, provoca o samba.
Em seguida, veio a Unidos de Vila Isabel com um enredo sobre “um índio chamado Brasil”. O desafio, ao abordar um tema como este, é fugir do óbvio ao tratar da questão indígena. Na primeira noite, por exemplo, a Portela foi aclamada ao contar a história dos primeiros habitantes do Rio, antes da chegada dos portugueses.
Outra escola tradicional que passou pela avenida foi o Salgueiro, com o enredo “O rei negro do picadeiro”. A escola da Tijuca contará a história de Benjamin Chaves, negro que se tornou artista circense ainda na época da escravidão.
A escola levou fantasias exuberantes com muitas referências ao mundo circense como animais, números de mágica, presença de palhaços e a alegria que contagiou o público.
A Unidos da Tijuca trouxe consigo um desfile sobre a arquitetura e o urbanismo. Quem teve voz no samba-enredo foi a arquitetura do cotidiano, tema que também foi o foco, no ano passado, da Bienal de Arquitetura de São Paulo. A escola discorreu sobre o dia a dia no Morro do Borel, “seu cantinho na cidade”, mas também lembrou a história da arquitetura, fazendo construções famosas como o Coliseu passearem em meio a alas. Tecnologia e inovação também estiveram no desfile, marca do carnavalesco Paulo Barros, que está de volta à escola em 2020, quando também trabalhou com a Gaviões da Fiel em São Paulo.
O segundo dia dos desfiles no Rio terminará com as apresentações da Mocidade e da Beija-Flor.
A Mocidade levou para a Sapucaí o samba-enredo "Elza deusa Soares", fazendo uma homenagem à cantora e compositora Elza Soares, que nasceu no mesmo bairro da agremiação, e contando sua história. A escola abriu o desfile com uma inovação, usando recursos de holografia para mostrar partes da vida de Elza já na comissão de frente.
Também teve espaço para outros momentos da vida da cantora, que chegou a defender sambas durante a história da escola. A Mocidade também mostrou a luta de Elza contra o racismo e seus momentos de glória ao lado de cantores do país e do mundo. Elza veio no último carro alegórico sentada. A alegoria mandava a mensagem "não vamos sucumbir" no fim do desfile.
A agremiação de Nilópolis, sempre uma potencial concorrente, veio com o enredo “Se essa rua fosse minha”, levando o público a uma “jornada épica” por ruas e estradas que representam os caminhos da “natureza nômade” da humanidade.
A escola usou seu tempo na passarela do samba para mostrar os caminhos feito pelo homem ao longo da história, desde as primeiras migrações às conquistas de rotas comerciais e construções de estradas e ruas. A Beija-Flor exaltou a ocupação das ruas por todas as pessoas e lembrou do papel dela na transformação da sociedade. A escola fez dezenas de beija-flores voarem pela Sapucaí.
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 no Rio de Janeiro
Cantado com todo o contorno dramático que caracteriza o intérprete Wander Pires, o samba da Mocidade tem entre um dos autores Sandra de Sá. Com refrão chiclete, a ode a Elza promete levantar a avenida. “Brasil / Enfrenta o mal que te consome / Que os filhos do planeta fome / Não percam a esperança em seu cantar”, diz o trecho mais marcante.
Apesar de a noite de domingo ter tido pelo menos quatro bons desfiles, ficou a sensação de que ainda não pintou a campeã. A expectativa, portanto, é grande para esta noite.
O segundo dia foi aberto pela São Clemente, que fez ampla crítica social com o enredo “Conto do Vigário”, retratando como o povo brasileiro é historicamente enganado.
Um dos autores do samba é o humorista Marcelo Adnet, que fez al que atraiu para o desfile vários colegas artistas, como Mateus Solano e a mulher dele, Paula Braun. “Brasil / Compartilhou, viralizou, nem viu / E o País inteiro assim sambou / Caiu na fake news”, provoca o samba.
Em seguida, veio a Unidos de Vila Isabel com um enredo sobre “um índio chamado Brasil”. O desafio, ao abordar um tema como este, é fugir do óbvio ao tratar da questão indígena. Na primeira noite, por exemplo, a Portela foi aclamada ao contar a história dos primeiros habitantes do Rio, antes da chegada dos portugueses.
Outra escola tradicional que passou pela avenida foi o Salgueiro, com o enredo “O rei negro do picadeiro”. A escola da Tijuca contará a história de Benjamin Chaves, negro que se tornou artista circense ainda na época da escravidão.
A escola levou fantasias exuberantes com muitas referências ao mundo circense como animais, números de mágica, presença de palhaços e a alegria que contagiou o público.
A Unidos da Tijuca trouxe consigo um desfile sobre a arquitetura e o urbanismo. Quem teve voz no samba-enredo foi a arquitetura do cotidiano, tema que também foi o foco, no ano passado, da Bienal de Arquitetura de São Paulo. A escola discorreu sobre o dia a dia no Morro do Borel, “seu cantinho na cidade”, mas também lembrou a história da arquitetura, fazendo construções famosas como o Coliseu passearem em meio a alas. Tecnologia e inovação também estiveram no desfile, marca do carnavalesco Paulo Barros, que está de volta à escola em 2020, quando também trabalhou com a Gaviões da Fiel em São Paulo.
O segundo dia dos desfiles no Rio terminará com as apresentações da Mocidade e da Beija-Flor.
A Mocidade levou para a Sapucaí o samba-enredo "Elza deusa Soares", fazendo uma homenagem à cantora e compositora Elza Soares, que nasceu no mesmo bairro da agremiação, e contando sua história. A escola abriu o desfile com uma inovação, usando recursos de holografia para mostrar partes da vida de Elza já na comissão de frente.
Também teve espaço para outros momentos da vida da cantora, que chegou a defender sambas durante a história da escola. A Mocidade também mostrou a luta de Elza contra o racismo e seus momentos de glória ao lado de cantores do país e do mundo. Elza veio no último carro alegórico sentada. A alegoria mandava a mensagem "não vamos sucumbir" no fim do desfile.
A agremiação de Nilópolis, sempre uma potencial concorrente, veio com o enredo “Se essa rua fosse minha”, levando o público a uma “jornada épica” por ruas e estradas que representam os caminhos da “natureza nômade” da humanidade.
A escola usou seu tempo na passarela do samba para mostrar os caminhos feito pelo homem ao longo da história, desde as primeiras migrações às conquistas de rotas comerciais e construções de estradas e ruas. A Beija-Flor exaltou a ocupação das ruas por todas as pessoas e lembrou do papel dela na transformação da sociedade. A escola fez dezenas de beija-flores voarem pela Sapucaí.
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 no Rio de Janeiro