RIO - Um turista lituano de 37 anos foi agredido e morto por criminosos que invadiram a casa onde ele passava férias com a mulher em Paraty, no litoral sul fluminense, na noite de quarta-feira, 5. A mulher, uma paulistana de 35 anos com quem o lituano havia se casado recentemente, foi estuprada pelos criminosos e está internada em observação em um hospital de Paraty. Um suspeito foi detido, mas nega o crime.
Segundo a Polícia Civil, Adam Zindul chegou ao Brasil em 28 de janeiro. Ainda não se sabe se ele foi direto para Paraty ou se esteve antes em outro lugar. Zindul e a mulher alugaram uma casa na praia do Sono, uma área de difícil acesso a cerca de 40 quilômetros do centro de Paraty. O imóvel pertence a uma brasileira que mora no Canadá.
Conforme os investigadores, por volta das 22h30 de quarta-feira, a mulher de Zindul havia acabado de tomar banho e estendia a toalha no quintal da casa quando foi rendida pelos criminosos, que estavam armados com pelo menos uma faca. Eles renderam também o lituano e o mataram. A mulher foi estuprada e em seguida os criminosos fugiram.
A Polícia Militar foi acionada e os policiais precisaram pegar um barco e navegar por cerca de 15 minutos para chegar ao local - a outra forma de acesso é por trilhas em meio à mata. Quando os policiais chegaram, Zindul já estava morto, com a cabeça coberta por um pano e os braços e as pernas amarrados. Ele tinha várias marcas de ferimento pelo corpo, e a polícia suspeita que tenha sido vítima de pauladas. O corpo seria levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Paraty logo após a perícia na cena do crime, que era realizada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, 6.
A mulher foi socorrida e levada para o Hospital Municipal Hugo Miranda, em Paraty. Ela está em observação, vai ser submetida a avaliação ginecológica e deve receber apoio psicológico.
A Polícia Civil afirma que há testemunhas do crime e deteve um rapaz de 35 anos, que já foi preso por tráfico de drogas e é suspeito de ter participado do crime. Ele nega.
"Nós temos um suspeito e estamos trabalhando para para formar a convicção das provas sobre esse elemento que nós estamos investigando. Nós temos testemunhas. Estamos ouvindo. Estamos reunindo também perícia técnica de local, perícia criminal e a perícia legista. A partir de toda a reunião desse quadro probatório, nós poderemos formar uma convicção sobre a autoria e a materialidade do fato. Foi um crime bárbaro e nós, graças a Deus, estamos conseguindo desvendar esse caso e efetuar a prisão do suposto autor desse crime", afirmou à TV Globo o delegado Marcelo Russo, da 167ª DP (Paraty), responsável pela investigação.