Violência no Rio assusta secretário de Defesa dos EUA


O secretário e sua comitiva, hospedados em um hotel de luxo no Leme, na zona sul, foram acordados às 4h desta terça-feira por intenso tiroteio na comunidade do Chapéu-Mangueira

Por Roberta Jansen

RIO - A violência no Rio assustou o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, em visita oficial ao Brasil. O secretário e sua comitiva, hospedados em um hotel de luxo no Leme, na zona sul, foram acordados às 4h desta terça-feira, 14, por intenso tiroteio na comunidade do Chapéu-Mangueira, conforme relato do jornal O Globo, confirmado pelo consulado americano.

Após os compromissos oficiais na cidade, no avião a caminho de Buenos Aires, o secretário falou com jornalistas que o acompanham na viagem sobre o incidente da madrugada.

"Lembre-se que toda vez que você ouvir um disparo, a vida de alguém pode estar mudando para sempre. Fiquei francamente triste em ouvi-los", disse ele.

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O secretário observou que os Estados Unidos também têm um sério problema com os tiroteios em algumas de suas cidades e destacou o trabalho que está sendo feito pelas autoridades brasileiras para encontrar uma solução para a onda de violência que assola o País.

James Mattiselogiou na manhã desta terça-feira, 14, a postura do governo brasileiro frente à crise na Venezuela
James Mattiselogiou na manhã desta terça-feira, 14, a postura do governo brasileiro frente à crise na Venezuela Foto: Jim Watson/Pool Photo via AP

Foi a primeira visita de Mattis à América do Sul desde o início da gestão do republicano Donald Trump, em janeiro de 2017.  Depois do susto, ainda pela manhã, em discurso a cerca de 200 militares brasileiros na Escola Superior de Guerra, Mattis elogiou a postura do governo brasileiro frente à crise na Venezuela.

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Na segunda-feira, 13, Mattis se reuniu com o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, com quem tratou do acordo bilateral que poderá viabilizar que satélites sejam enviados a partir da base brasileira. Daqui ele seguiu para a Argentina e depois visitará Chile e Colômbia. O objetivo é reforçar laços com os países sul-americanos.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o tiroteio no Chapéu-Mangueira foi resultado de um enfrentamento entre facções rivais do tráfico que seguem disputando território naquela região. A troca de tiros na comunidade da zona sul que surpreendeu a comitiva americana não foi a única registrada nesta terça-feira na cidade. Ao todo foram contabilizados 11 tiroteios.

O confronto mais violento aconteceu no início da manhã no Vidigal, comunidade vizinha à Rocinha e, normalmente, considerada pacífica. Foram horas de intenso tiroteio em que um policial ficou ferido e a Avenida Niemeyer ficou fechada por duas horas. Vários moradores não puderam sair de casa para ir ao trabalho.

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A PM informou que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Vidigal foi invadida por traficantes. Vídeos postados nas redes sociais por moradores mostram o desespero das pessoas correndo na principal entrada da comunidade em meio ao tiroteio.

Também foram relatados nas redes sociais, pela manhã, troca de tiros nos morros da Coroa, Fogueteiro, Fallet e Prazeres, na zona norte.

E depois de um fim de semana de intensos tiroteios, as comunidades do Rola e de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste, amanheceram cercadas por cerca de 2 mil agentes das forças de segurança que cumpriam mandados judiciais. Eles também desmontaram barricadas e revistaram moradores e veículos.

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Os eventos não são fatos isolados. De acordo com levantamento divulgado nesta terça, 14, pelo aplicativo Onde Tem Tiroteio, foram registrados 27 tiroteios na cidade em menos de dois dias.

/COM AFP

RIO - A violência no Rio assustou o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, em visita oficial ao Brasil. O secretário e sua comitiva, hospedados em um hotel de luxo no Leme, na zona sul, foram acordados às 4h desta terça-feira, 14, por intenso tiroteio na comunidade do Chapéu-Mangueira, conforme relato do jornal O Globo, confirmado pelo consulado americano.

Após os compromissos oficiais na cidade, no avião a caminho de Buenos Aires, o secretário falou com jornalistas que o acompanham na viagem sobre o incidente da madrugada.

"Lembre-se que toda vez que você ouvir um disparo, a vida de alguém pode estar mudando para sempre. Fiquei francamente triste em ouvi-los", disse ele.

O secretário observou que os Estados Unidos também têm um sério problema com os tiroteios em algumas de suas cidades e destacou o trabalho que está sendo feito pelas autoridades brasileiras para encontrar uma solução para a onda de violência que assola o País.

James Mattiselogiou na manhã desta terça-feira, 14, a postura do governo brasileiro frente à crise na Venezuela Foto: Jim Watson/Pool Photo via AP

Foi a primeira visita de Mattis à América do Sul desde o início da gestão do republicano Donald Trump, em janeiro de 2017.  Depois do susto, ainda pela manhã, em discurso a cerca de 200 militares brasileiros na Escola Superior de Guerra, Mattis elogiou a postura do governo brasileiro frente à crise na Venezuela.

Na segunda-feira, 13, Mattis se reuniu com o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, com quem tratou do acordo bilateral que poderá viabilizar que satélites sejam enviados a partir da base brasileira. Daqui ele seguiu para a Argentina e depois visitará Chile e Colômbia. O objetivo é reforçar laços com os países sul-americanos.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o tiroteio no Chapéu-Mangueira foi resultado de um enfrentamento entre facções rivais do tráfico que seguem disputando território naquela região. A troca de tiros na comunidade da zona sul que surpreendeu a comitiva americana não foi a única registrada nesta terça-feira na cidade. Ao todo foram contabilizados 11 tiroteios.

O confronto mais violento aconteceu no início da manhã no Vidigal, comunidade vizinha à Rocinha e, normalmente, considerada pacífica. Foram horas de intenso tiroteio em que um policial ficou ferido e a Avenida Niemeyer ficou fechada por duas horas. Vários moradores não puderam sair de casa para ir ao trabalho.

A PM informou que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Vidigal foi invadida por traficantes. Vídeos postados nas redes sociais por moradores mostram o desespero das pessoas correndo na principal entrada da comunidade em meio ao tiroteio.

Também foram relatados nas redes sociais, pela manhã, troca de tiros nos morros da Coroa, Fogueteiro, Fallet e Prazeres, na zona norte.

E depois de um fim de semana de intensos tiroteios, as comunidades do Rola e de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste, amanheceram cercadas por cerca de 2 mil agentes das forças de segurança que cumpriam mandados judiciais. Eles também desmontaram barricadas e revistaram moradores e veículos.

Os eventos não são fatos isolados. De acordo com levantamento divulgado nesta terça, 14, pelo aplicativo Onde Tem Tiroteio, foram registrados 27 tiroteios na cidade em menos de dois dias.

/COM AFP

RIO - A violência no Rio assustou o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, em visita oficial ao Brasil. O secretário e sua comitiva, hospedados em um hotel de luxo no Leme, na zona sul, foram acordados às 4h desta terça-feira, 14, por intenso tiroteio na comunidade do Chapéu-Mangueira, conforme relato do jornal O Globo, confirmado pelo consulado americano.

Após os compromissos oficiais na cidade, no avião a caminho de Buenos Aires, o secretário falou com jornalistas que o acompanham na viagem sobre o incidente da madrugada.

"Lembre-se que toda vez que você ouvir um disparo, a vida de alguém pode estar mudando para sempre. Fiquei francamente triste em ouvi-los", disse ele.

O secretário observou que os Estados Unidos também têm um sério problema com os tiroteios em algumas de suas cidades e destacou o trabalho que está sendo feito pelas autoridades brasileiras para encontrar uma solução para a onda de violência que assola o País.

James Mattiselogiou na manhã desta terça-feira, 14, a postura do governo brasileiro frente à crise na Venezuela Foto: Jim Watson/Pool Photo via AP

Foi a primeira visita de Mattis à América do Sul desde o início da gestão do republicano Donald Trump, em janeiro de 2017.  Depois do susto, ainda pela manhã, em discurso a cerca de 200 militares brasileiros na Escola Superior de Guerra, Mattis elogiou a postura do governo brasileiro frente à crise na Venezuela.

Na segunda-feira, 13, Mattis se reuniu com o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, com quem tratou do acordo bilateral que poderá viabilizar que satélites sejam enviados a partir da base brasileira. Daqui ele seguiu para a Argentina e depois visitará Chile e Colômbia. O objetivo é reforçar laços com os países sul-americanos.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o tiroteio no Chapéu-Mangueira foi resultado de um enfrentamento entre facções rivais do tráfico que seguem disputando território naquela região. A troca de tiros na comunidade da zona sul que surpreendeu a comitiva americana não foi a única registrada nesta terça-feira na cidade. Ao todo foram contabilizados 11 tiroteios.

O confronto mais violento aconteceu no início da manhã no Vidigal, comunidade vizinha à Rocinha e, normalmente, considerada pacífica. Foram horas de intenso tiroteio em que um policial ficou ferido e a Avenida Niemeyer ficou fechada por duas horas. Vários moradores não puderam sair de casa para ir ao trabalho.

A PM informou que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Vidigal foi invadida por traficantes. Vídeos postados nas redes sociais por moradores mostram o desespero das pessoas correndo na principal entrada da comunidade em meio ao tiroteio.

Também foram relatados nas redes sociais, pela manhã, troca de tiros nos morros da Coroa, Fogueteiro, Fallet e Prazeres, na zona norte.

E depois de um fim de semana de intensos tiroteios, as comunidades do Rola e de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste, amanheceram cercadas por cerca de 2 mil agentes das forças de segurança que cumpriam mandados judiciais. Eles também desmontaram barricadas e revistaram moradores e veículos.

Os eventos não são fatos isolados. De acordo com levantamento divulgado nesta terça, 14, pelo aplicativo Onde Tem Tiroteio, foram registrados 27 tiroteios na cidade em menos de dois dias.

/COM AFP