Rio Grande do Norte: Ataques já impactam turismo; ‘Lembra a pandemia’, diz dono de pousada


Proprietários de hotéis e associação de bares e restaurantes enfrentam movimento menor e cancelamentos de viagens em meio à onda de violência

Por Katharina Cruz
Atualização:

O setor de turismo do Rio Grande do Norte começa a sentir o impacto da onda de violência coordenada por facção criminosa contra prédios públicos e veículos que teve início no começo da semana na capital Natal e em mais de 30 municípios. O segmento de hotelaria do Estado, um dos mais procurados do Brasil durante o verão, vem registrando desistências e queda em novas reservas. Bares e restaurantes também veem o movimento despencar.

“O movimento caiu, as ruas estão desertas, comércio e escolas fechados, lembra a pandemia”, diz Anderson Serra, dono de uma pousada no bairro costeiro de Ponta Negra. “Ontem foram três cancelamentos, hoje mais quatro pessoas cancelaram”, afirmou.

A pernambucana Tainá Aguiar, de 28 anos, é uma das pessoas que desistiram de viajar em razão do cenário de violência. “Eu tinha marcado com algumas amigas para passarmos o próximo final de semana em Natal, porque a banda do meu namorado iria tocar em um evento”, disse. Com o agravamento da situação, a festa foi cancelada. Tainá, que já estava com tudo planejado, teve que fazer o cancelamento da hospedagem realizada pela internet. Como mora em um Estado próximo, viajaria de carro e não chegou a comprar passagens.

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Desde a última terça-feira, 14, conta Bruno Meireles, dono de um hotel também em Ponta Negra, o fluxo de procura por reservas diminuiu. “Costumávamos receber reservas todos os dias. Os hóspedes estão entrando em contato para perguntar como está a situação e se é seguro viajar”, diz.

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos assustam moradores e turistas no Rio Grande do Norte. Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte

Com o clima de insegurança na região, o proprietário relata que um hóspede chegou a ir embora mais cedo, na terça-feira. “Ele tinha mais três dias de hospedagem e antecipou.” Com as orientações para a população não sair de casa, Meireles, que também é dono de um restaurante, sofre com a pouca movimentação. “Está bastante fraco porque está todo mundo em casa ou nos hotéis.”

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As agências de viagens já recebem pedidos de desistência. “Tivemos um caso de uma cliente que estava com viagem marcada para o dia 17 que resolveu adiar”, disse Franklin Bezerra, diretor de uma agência em Natal. Segundo ele, no entanto, todas as atividades que estavam agendadas com os turistas já presentes na cidade seguiram normalmente, sem qualquer alteração até o momento.

Imagem

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomércio) disse, em nota, que a onda coordenada de violência compromete a imagem do destino, tanto para aquelas pessoas que atualmente estão planejamento viagens quanto para os turistas que já estão no Estado e vêm circulando menos, diante do clima de insegurança.

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Agentes da Força Nacional fazem revistas nas ruas de Natal após onda de violência. Foto: Ney Douglas/EFE

Após a resolução da crise atual, destaca a federação, será preciso reforçar as ações de promoção e divulgação do Rio Grande do Norte, trazendo novamente a sensação de segurança para os turistas que optam por visitar o Estado.

Transporte

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Antes dos ataques, compara Anderson Serra, aos fins de semanas sua pousada em Ponta Negra alcançava 90% de ocupação, mas com as recentes desistências chegará apenas a 30%. Além da baixa procura por reservas, o proprietário está sem funcionários. “O pessoal não vem porque não tem como voltar.”

Desde o início da tarde da última terça-feira, diversas frotas de ônibus têm sido recolhidas em Natal devido à falta de segurança. Para que a população possa se deslocar na região, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) está autorizando que os táxis, os veículos do transporte escolar e os veículos de fretamento turístico realizem lotação até que a operação dos ônibus volte à normalidade.

Max Fonseca, membro do conselho de administração nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Rio Grande do Norte (Abrasel), afirmou que o setor de serviços de alimentação foi duramente afetado. Ela destaca que a ausência de pessoas nas ruas reflete diretamente no movimento de bares e restaurantes, além da questão do transporte público, que atinge a maioria dos funcionários. “Ainda mais grave é que os ataques aconteceram num momento já difícil do setor de alimentação fora do lar, que ainda está lutando para superar o período da pandemia.”

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Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos aterrorizam e colocam em risco a segurança da população local e de turistas que estão na região.

Na madrugada da quarta-feira, 15, a equipe da Força Nacional de Segurança Pública desembarcou no Estado para reforçar a segurança após os ataques. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), 220 policiais serão enviados até esta quinta-feira. De acordo com o último balanço parcial das ações policiais, 43 suspeitos de participação em atentados já foram presos.

O setor de turismo do Rio Grande do Norte começa a sentir o impacto da onda de violência coordenada por facção criminosa contra prédios públicos e veículos que teve início no começo da semana na capital Natal e em mais de 30 municípios. O segmento de hotelaria do Estado, um dos mais procurados do Brasil durante o verão, vem registrando desistências e queda em novas reservas. Bares e restaurantes também veem o movimento despencar.

“O movimento caiu, as ruas estão desertas, comércio e escolas fechados, lembra a pandemia”, diz Anderson Serra, dono de uma pousada no bairro costeiro de Ponta Negra. “Ontem foram três cancelamentos, hoje mais quatro pessoas cancelaram”, afirmou.

A pernambucana Tainá Aguiar, de 28 anos, é uma das pessoas que desistiram de viajar em razão do cenário de violência. “Eu tinha marcado com algumas amigas para passarmos o próximo final de semana em Natal, porque a banda do meu namorado iria tocar em um evento”, disse. Com o agravamento da situação, a festa foi cancelada. Tainá, que já estava com tudo planejado, teve que fazer o cancelamento da hospedagem realizada pela internet. Como mora em um Estado próximo, viajaria de carro e não chegou a comprar passagens.

Desde a última terça-feira, 14, conta Bruno Meireles, dono de um hotel também em Ponta Negra, o fluxo de procura por reservas diminuiu. “Costumávamos receber reservas todos os dias. Os hóspedes estão entrando em contato para perguntar como está a situação e se é seguro viajar”, diz.

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos assustam moradores e turistas no Rio Grande do Norte. Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte

Com o clima de insegurança na região, o proprietário relata que um hóspede chegou a ir embora mais cedo, na terça-feira. “Ele tinha mais três dias de hospedagem e antecipou.” Com as orientações para a população não sair de casa, Meireles, que também é dono de um restaurante, sofre com a pouca movimentação. “Está bastante fraco porque está todo mundo em casa ou nos hotéis.”

As agências de viagens já recebem pedidos de desistência. “Tivemos um caso de uma cliente que estava com viagem marcada para o dia 17 que resolveu adiar”, disse Franklin Bezerra, diretor de uma agência em Natal. Segundo ele, no entanto, todas as atividades que estavam agendadas com os turistas já presentes na cidade seguiram normalmente, sem qualquer alteração até o momento.

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomércio) disse, em nota, que a onda coordenada de violência compromete a imagem do destino, tanto para aquelas pessoas que atualmente estão planejamento viagens quanto para os turistas que já estão no Estado e vêm circulando menos, diante do clima de insegurança.

Agentes da Força Nacional fazem revistas nas ruas de Natal após onda de violência. Foto: Ney Douglas/EFE

Após a resolução da crise atual, destaca a federação, será preciso reforçar as ações de promoção e divulgação do Rio Grande do Norte, trazendo novamente a sensação de segurança para os turistas que optam por visitar o Estado.

Transporte

Antes dos ataques, compara Anderson Serra, aos fins de semanas sua pousada em Ponta Negra alcançava 90% de ocupação, mas com as recentes desistências chegará apenas a 30%. Além da baixa procura por reservas, o proprietário está sem funcionários. “O pessoal não vem porque não tem como voltar.”

Desde o início da tarde da última terça-feira, diversas frotas de ônibus têm sido recolhidas em Natal devido à falta de segurança. Para que a população possa se deslocar na região, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) está autorizando que os táxis, os veículos do transporte escolar e os veículos de fretamento turístico realizem lotação até que a operação dos ônibus volte à normalidade.

Max Fonseca, membro do conselho de administração nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Rio Grande do Norte (Abrasel), afirmou que o setor de serviços de alimentação foi duramente afetado. Ela destaca que a ausência de pessoas nas ruas reflete diretamente no movimento de bares e restaurantes, além da questão do transporte público, que atinge a maioria dos funcionários. “Ainda mais grave é que os ataques aconteceram num momento já difícil do setor de alimentação fora do lar, que ainda está lutando para superar o período da pandemia.”

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos aterrorizam e colocam em risco a segurança da população local e de turistas que estão na região.

Na madrugada da quarta-feira, 15, a equipe da Força Nacional de Segurança Pública desembarcou no Estado para reforçar a segurança após os ataques. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), 220 policiais serão enviados até esta quinta-feira. De acordo com o último balanço parcial das ações policiais, 43 suspeitos de participação em atentados já foram presos.

O setor de turismo do Rio Grande do Norte começa a sentir o impacto da onda de violência coordenada por facção criminosa contra prédios públicos e veículos que teve início no começo da semana na capital Natal e em mais de 30 municípios. O segmento de hotelaria do Estado, um dos mais procurados do Brasil durante o verão, vem registrando desistências e queda em novas reservas. Bares e restaurantes também veem o movimento despencar.

“O movimento caiu, as ruas estão desertas, comércio e escolas fechados, lembra a pandemia”, diz Anderson Serra, dono de uma pousada no bairro costeiro de Ponta Negra. “Ontem foram três cancelamentos, hoje mais quatro pessoas cancelaram”, afirmou.

A pernambucana Tainá Aguiar, de 28 anos, é uma das pessoas que desistiram de viajar em razão do cenário de violência. “Eu tinha marcado com algumas amigas para passarmos o próximo final de semana em Natal, porque a banda do meu namorado iria tocar em um evento”, disse. Com o agravamento da situação, a festa foi cancelada. Tainá, que já estava com tudo planejado, teve que fazer o cancelamento da hospedagem realizada pela internet. Como mora em um Estado próximo, viajaria de carro e não chegou a comprar passagens.

Desde a última terça-feira, 14, conta Bruno Meireles, dono de um hotel também em Ponta Negra, o fluxo de procura por reservas diminuiu. “Costumávamos receber reservas todos os dias. Os hóspedes estão entrando em contato para perguntar como está a situação e se é seguro viajar”, diz.

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos assustam moradores e turistas no Rio Grande do Norte. Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte

Com o clima de insegurança na região, o proprietário relata que um hóspede chegou a ir embora mais cedo, na terça-feira. “Ele tinha mais três dias de hospedagem e antecipou.” Com as orientações para a população não sair de casa, Meireles, que também é dono de um restaurante, sofre com a pouca movimentação. “Está bastante fraco porque está todo mundo em casa ou nos hotéis.”

As agências de viagens já recebem pedidos de desistência. “Tivemos um caso de uma cliente que estava com viagem marcada para o dia 17 que resolveu adiar”, disse Franklin Bezerra, diretor de uma agência em Natal. Segundo ele, no entanto, todas as atividades que estavam agendadas com os turistas já presentes na cidade seguiram normalmente, sem qualquer alteração até o momento.

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomércio) disse, em nota, que a onda coordenada de violência compromete a imagem do destino, tanto para aquelas pessoas que atualmente estão planejamento viagens quanto para os turistas que já estão no Estado e vêm circulando menos, diante do clima de insegurança.

Agentes da Força Nacional fazem revistas nas ruas de Natal após onda de violência. Foto: Ney Douglas/EFE

Após a resolução da crise atual, destaca a federação, será preciso reforçar as ações de promoção e divulgação do Rio Grande do Norte, trazendo novamente a sensação de segurança para os turistas que optam por visitar o Estado.

Transporte

Antes dos ataques, compara Anderson Serra, aos fins de semanas sua pousada em Ponta Negra alcançava 90% de ocupação, mas com as recentes desistências chegará apenas a 30%. Além da baixa procura por reservas, o proprietário está sem funcionários. “O pessoal não vem porque não tem como voltar.”

Desde o início da tarde da última terça-feira, diversas frotas de ônibus têm sido recolhidas em Natal devido à falta de segurança. Para que a população possa se deslocar na região, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) está autorizando que os táxis, os veículos do transporte escolar e os veículos de fretamento turístico realizem lotação até que a operação dos ônibus volte à normalidade.

Max Fonseca, membro do conselho de administração nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Rio Grande do Norte (Abrasel), afirmou que o setor de serviços de alimentação foi duramente afetado. Ela destaca que a ausência de pessoas nas ruas reflete diretamente no movimento de bares e restaurantes, além da questão do transporte público, que atinge a maioria dos funcionários. “Ainda mais grave é que os ataques aconteceram num momento já difícil do setor de alimentação fora do lar, que ainda está lutando para superar o período da pandemia.”

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos aterrorizam e colocam em risco a segurança da população local e de turistas que estão na região.

Na madrugada da quarta-feira, 15, a equipe da Força Nacional de Segurança Pública desembarcou no Estado para reforçar a segurança após os ataques. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), 220 policiais serão enviados até esta quinta-feira. De acordo com o último balanço parcial das ações policiais, 43 suspeitos de participação em atentados já foram presos.

O setor de turismo do Rio Grande do Norte começa a sentir o impacto da onda de violência coordenada por facção criminosa contra prédios públicos e veículos que teve início no começo da semana na capital Natal e em mais de 30 municípios. O segmento de hotelaria do Estado, um dos mais procurados do Brasil durante o verão, vem registrando desistências e queda em novas reservas. Bares e restaurantes também veem o movimento despencar.

“O movimento caiu, as ruas estão desertas, comércio e escolas fechados, lembra a pandemia”, diz Anderson Serra, dono de uma pousada no bairro costeiro de Ponta Negra. “Ontem foram três cancelamentos, hoje mais quatro pessoas cancelaram”, afirmou.

A pernambucana Tainá Aguiar, de 28 anos, é uma das pessoas que desistiram de viajar em razão do cenário de violência. “Eu tinha marcado com algumas amigas para passarmos o próximo final de semana em Natal, porque a banda do meu namorado iria tocar em um evento”, disse. Com o agravamento da situação, a festa foi cancelada. Tainá, que já estava com tudo planejado, teve que fazer o cancelamento da hospedagem realizada pela internet. Como mora em um Estado próximo, viajaria de carro e não chegou a comprar passagens.

Desde a última terça-feira, 14, conta Bruno Meireles, dono de um hotel também em Ponta Negra, o fluxo de procura por reservas diminuiu. “Costumávamos receber reservas todos os dias. Os hóspedes estão entrando em contato para perguntar como está a situação e se é seguro viajar”, diz.

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos assustam moradores e turistas no Rio Grande do Norte. Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte

Com o clima de insegurança na região, o proprietário relata que um hóspede chegou a ir embora mais cedo, na terça-feira. “Ele tinha mais três dias de hospedagem e antecipou.” Com as orientações para a população não sair de casa, Meireles, que também é dono de um restaurante, sofre com a pouca movimentação. “Está bastante fraco porque está todo mundo em casa ou nos hotéis.”

As agências de viagens já recebem pedidos de desistência. “Tivemos um caso de uma cliente que estava com viagem marcada para o dia 17 que resolveu adiar”, disse Franklin Bezerra, diretor de uma agência em Natal. Segundo ele, no entanto, todas as atividades que estavam agendadas com os turistas já presentes na cidade seguiram normalmente, sem qualquer alteração até o momento.

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomércio) disse, em nota, que a onda coordenada de violência compromete a imagem do destino, tanto para aquelas pessoas que atualmente estão planejamento viagens quanto para os turistas que já estão no Estado e vêm circulando menos, diante do clima de insegurança.

Agentes da Força Nacional fazem revistas nas ruas de Natal após onda de violência. Foto: Ney Douglas/EFE

Após a resolução da crise atual, destaca a federação, será preciso reforçar as ações de promoção e divulgação do Rio Grande do Norte, trazendo novamente a sensação de segurança para os turistas que optam por visitar o Estado.

Transporte

Antes dos ataques, compara Anderson Serra, aos fins de semanas sua pousada em Ponta Negra alcançava 90% de ocupação, mas com as recentes desistências chegará apenas a 30%. Além da baixa procura por reservas, o proprietário está sem funcionários. “O pessoal não vem porque não tem como voltar.”

Desde o início da tarde da última terça-feira, diversas frotas de ônibus têm sido recolhidas em Natal devido à falta de segurança. Para que a população possa se deslocar na região, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) está autorizando que os táxis, os veículos do transporte escolar e os veículos de fretamento turístico realizem lotação até que a operação dos ônibus volte à normalidade.

Max Fonseca, membro do conselho de administração nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Rio Grande do Norte (Abrasel), afirmou que o setor de serviços de alimentação foi duramente afetado. Ela destaca que a ausência de pessoas nas ruas reflete diretamente no movimento de bares e restaurantes, além da questão do transporte público, que atinge a maioria dos funcionários. “Ainda mais grave é que os ataques aconteceram num momento já difícil do setor de alimentação fora do lar, que ainda está lutando para superar o período da pandemia.”

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos aterrorizam e colocam em risco a segurança da população local e de turistas que estão na região.

Na madrugada da quarta-feira, 15, a equipe da Força Nacional de Segurança Pública desembarcou no Estado para reforçar a segurança após os ataques. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), 220 policiais serão enviados até esta quinta-feira. De acordo com o último balanço parcial das ações policiais, 43 suspeitos de participação em atentados já foram presos.

O setor de turismo do Rio Grande do Norte começa a sentir o impacto da onda de violência coordenada por facção criminosa contra prédios públicos e veículos que teve início no começo da semana na capital Natal e em mais de 30 municípios. O segmento de hotelaria do Estado, um dos mais procurados do Brasil durante o verão, vem registrando desistências e queda em novas reservas. Bares e restaurantes também veem o movimento despencar.

“O movimento caiu, as ruas estão desertas, comércio e escolas fechados, lembra a pandemia”, diz Anderson Serra, dono de uma pousada no bairro costeiro de Ponta Negra. “Ontem foram três cancelamentos, hoje mais quatro pessoas cancelaram”, afirmou.

A pernambucana Tainá Aguiar, de 28 anos, é uma das pessoas que desistiram de viajar em razão do cenário de violência. “Eu tinha marcado com algumas amigas para passarmos o próximo final de semana em Natal, porque a banda do meu namorado iria tocar em um evento”, disse. Com o agravamento da situação, a festa foi cancelada. Tainá, que já estava com tudo planejado, teve que fazer o cancelamento da hospedagem realizada pela internet. Como mora em um Estado próximo, viajaria de carro e não chegou a comprar passagens.

Desde a última terça-feira, 14, conta Bruno Meireles, dono de um hotel também em Ponta Negra, o fluxo de procura por reservas diminuiu. “Costumávamos receber reservas todos os dias. Os hóspedes estão entrando em contato para perguntar como está a situação e se é seguro viajar”, diz.

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos assustam moradores e turistas no Rio Grande do Norte. Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte

Com o clima de insegurança na região, o proprietário relata que um hóspede chegou a ir embora mais cedo, na terça-feira. “Ele tinha mais três dias de hospedagem e antecipou.” Com as orientações para a população não sair de casa, Meireles, que também é dono de um restaurante, sofre com a pouca movimentação. “Está bastante fraco porque está todo mundo em casa ou nos hotéis.”

As agências de viagens já recebem pedidos de desistência. “Tivemos um caso de uma cliente que estava com viagem marcada para o dia 17 que resolveu adiar”, disse Franklin Bezerra, diretor de uma agência em Natal. Segundo ele, no entanto, todas as atividades que estavam agendadas com os turistas já presentes na cidade seguiram normalmente, sem qualquer alteração até o momento.

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomércio) disse, em nota, que a onda coordenada de violência compromete a imagem do destino, tanto para aquelas pessoas que atualmente estão planejamento viagens quanto para os turistas que já estão no Estado e vêm circulando menos, diante do clima de insegurança.

Agentes da Força Nacional fazem revistas nas ruas de Natal após onda de violência. Foto: Ney Douglas/EFE

Após a resolução da crise atual, destaca a federação, será preciso reforçar as ações de promoção e divulgação do Rio Grande do Norte, trazendo novamente a sensação de segurança para os turistas que optam por visitar o Estado.

Transporte

Antes dos ataques, compara Anderson Serra, aos fins de semanas sua pousada em Ponta Negra alcançava 90% de ocupação, mas com as recentes desistências chegará apenas a 30%. Além da baixa procura por reservas, o proprietário está sem funcionários. “O pessoal não vem porque não tem como voltar.”

Desde o início da tarde da última terça-feira, diversas frotas de ônibus têm sido recolhidas em Natal devido à falta de segurança. Para que a população possa se deslocar na região, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) está autorizando que os táxis, os veículos do transporte escolar e os veículos de fretamento turístico realizem lotação até que a operação dos ônibus volte à normalidade.

Max Fonseca, membro do conselho de administração nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Rio Grande do Norte (Abrasel), afirmou que o setor de serviços de alimentação foi duramente afetado. Ela destaca que a ausência de pessoas nas ruas reflete diretamente no movimento de bares e restaurantes, além da questão do transporte público, que atinge a maioria dos funcionários. “Ainda mais grave é que os ataques aconteceram num momento já difícil do setor de alimentação fora do lar, que ainda está lutando para superar o período da pandemia.”

Nos últimos dias, incêndios em veículos, comércios e prédios públicos aterrorizam e colocam em risco a segurança da população local e de turistas que estão na região.

Na madrugada da quarta-feira, 15, a equipe da Força Nacional de Segurança Pública desembarcou no Estado para reforçar a segurança após os ataques. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), 220 policiais serão enviados até esta quinta-feira. De acordo com o último balanço parcial das ações policiais, 43 suspeitos de participação em atentados já foram presos.

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