O Egito precisa garantir a segurança dos diplomatas estrangeiros para não perder 1,3 bilhão de dólares em assistência que recebe todos os anos dos Estados Unidos, disse o candidato republicano à Presidência norte-americana, Mitt Romney, na sexta-feira. Depois que manifestantes islâmicos invadiram a embaixada dos EUA no Cairo esta semana, Romney disse em um café da manhã para arrecadação de fundos em Nova York que o país deveria adotar uma posição mais dura com o Egito. "Acho, por exemplo, que no Egito deveríamos deixar muito claro para manter uma relação, uma amizade, uma aliança e o apoio financeiro dos Estados Unidos que o Egito precisa entender que deve honrar seu tratado de paz com Israel", disse ele. "(Os egípcios) também devem proteger os direitos das minorias no país deles. E, finalmente, entre outras coisas precisam também proteger as embaixadas de nossa nação e de outras nações", afirmou ele. Egípcios furiosos com um filme que, segundo eles, é uma blasfêmia contra o Islã, entraram em confronto com a polícia na sexta-feira no Cairo pelo terceiro dia. Os policiais bloquearam a via para a embaixada dos EUA, onde manifestantes escalaram os muros e rasgaram a bandeira norte-americana esta semana. Quatro norte-americanos, incluindo o embaixador dos EUA, foram mortos na Líbia em um incidente violento relacionado ao filme. "O povo norte-americano está perturbado com as notícias ao redor do mundo", disse Romney durante o evento, que arrecadou 4 milhões de dólares para a campanha dele, dentro de um pacote regional de dois dias de 7,5 milhões de dólares. Uma série de pesquisas esta semana mostraram Obama à frente de Romney depois da Convenção Nacional Democrata na semana passada, mas os assessores republicanos insistem que a disputa está apertada e que o ex-governador de Massachusetts permanece em forma a menos de dois meses para a eleição de 6 de novembro. Romney, que defende um relacionamento forte com Israel, criticou Obama por decidir não se encontrar com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, quando os dois líderes estarão em Nova York este mês para a Assembleia Geral anual da ONU.