Romney tenta rearrumar campanha após vídeo constrangedor


Por JOHN WHITESIDES

O republicano Mitt Romney tenta na terça-feira rearrumar sua campanha eleitoral, depois da divulgação de um vídeo gravado secretamente no qual ele descreve os partidários do presidente dos EUA, Barack Obama, como vítimas excessivamente dependentes do governo. A gravação foi feita em maio, na Flórida, durante um evento de arrecadação a portas fechadas. Ela se soma a uma série de outras gafes do candidato presidencial nos últimos meses, e gera dúvidas sobre sua capacidade de reverter a vantagem do democrata Obama nas pesquisas. A primeira parte do vídeo foi divulgada na segunda-feira pela revista de esquerda Mother Jones. Nele, Romney diz aos doadores que 47 por cento dos norte-americanos vão votar em Obama de qualquer jeito. "Meu trabalho não é me preocupar com essa gente", afirma ele. Segundo Romney, esse eleitorado obamista cativo é formado por pessoas que não pagam imposto de renda e que "são dependentes do governo, acreditam que são vítimas, acreditam que o governo tem a responsabilidade de cuidar delas". O trecho foi gravado na luxuosa residência do executivo financeiro Marc Leder em Boca Raton, na Flórida. A câmera parece estar escondida atrás de uma mesinha com tampo de mármore, e mostra Romney se dirigindo a pelo menos meia dúzia de pessoas que são vistas sentadas, comendo. Garçons, alguns de luvas brancas, servem os convidados. Romney também disse aos doadores que os palestinos não estão interessados num acordo de paz com Israel, e que seria impossível chegar à criação de um Estado palestino independente. "Vejo os palestinos não querendo ver a paz de maneira alguma, para fins políticos, comprometidos com a destruição e eliminação de Israel, e essas questões espinhosas, e eu digo que não tem jeito", afirma ele na gravação. O vídeo motivou novas críticas de alguns republicanos que já estavam frustrados com a incapacidade de Romney de aproveitar a má situação econômica dos EUA para disparar nas pesquisas. William Kristol, editor da publicação conservadora Weekly Standard, disse que os comentários do candidato foram "estúpidos e arrogantes". David Brooks, colunista conservador do jornal The New York Times, disse que Romney parece não entender a cultura norte-americana. "É isso que milionários satisfeitos consigo mesmos dizem uns aos outros. Isso reforça cada opinião negativa que as pessoas têm de Romney", escreveu ele. "Ele está realizando uma campanha presidencial deprimentemente inapta." Nas últimas duas semanas, Romney já havia ficado para trás de Obama nas pesquisas, foi criticado pelo afobado ataque ao presidente em meio aos ataques contra instalações diplomáticas dos EUA no Egito e na Líbia, e enfrentou notícias negativas sobre disputas internas na sua campanha. O novo vídeo também reforça a tese dos democratas de que Romney, ex-executivo do setor financeiro, é um milionário alheio aos dramas dos norte-americanos comuns. Em entrevista coletiva na noite de segunda-feira, Romney não recuou dos comentários, embora tenha admitido que eles não foram "declarados de forma elegante". Na terça-feira, em entrevista à Fox News, ele manteve o mesmo tom, dizendo que Obama acredita na redistribuição de renda, ao passo que ele vê qualquer aumento no papel do governo como "o caminho errado para a América". (Reportagem adicional de Matt Spetalnick em Washington, Steve Holland em Utah e Jihan Abdalla em Ramallah)

O republicano Mitt Romney tenta na terça-feira rearrumar sua campanha eleitoral, depois da divulgação de um vídeo gravado secretamente no qual ele descreve os partidários do presidente dos EUA, Barack Obama, como vítimas excessivamente dependentes do governo. A gravação foi feita em maio, na Flórida, durante um evento de arrecadação a portas fechadas. Ela se soma a uma série de outras gafes do candidato presidencial nos últimos meses, e gera dúvidas sobre sua capacidade de reverter a vantagem do democrata Obama nas pesquisas. A primeira parte do vídeo foi divulgada na segunda-feira pela revista de esquerda Mother Jones. Nele, Romney diz aos doadores que 47 por cento dos norte-americanos vão votar em Obama de qualquer jeito. "Meu trabalho não é me preocupar com essa gente", afirma ele. Segundo Romney, esse eleitorado obamista cativo é formado por pessoas que não pagam imposto de renda e que "são dependentes do governo, acreditam que são vítimas, acreditam que o governo tem a responsabilidade de cuidar delas". O trecho foi gravado na luxuosa residência do executivo financeiro Marc Leder em Boca Raton, na Flórida. A câmera parece estar escondida atrás de uma mesinha com tampo de mármore, e mostra Romney se dirigindo a pelo menos meia dúzia de pessoas que são vistas sentadas, comendo. Garçons, alguns de luvas brancas, servem os convidados. Romney também disse aos doadores que os palestinos não estão interessados num acordo de paz com Israel, e que seria impossível chegar à criação de um Estado palestino independente. "Vejo os palestinos não querendo ver a paz de maneira alguma, para fins políticos, comprometidos com a destruição e eliminação de Israel, e essas questões espinhosas, e eu digo que não tem jeito", afirma ele na gravação. O vídeo motivou novas críticas de alguns republicanos que já estavam frustrados com a incapacidade de Romney de aproveitar a má situação econômica dos EUA para disparar nas pesquisas. William Kristol, editor da publicação conservadora Weekly Standard, disse que os comentários do candidato foram "estúpidos e arrogantes". David Brooks, colunista conservador do jornal The New York Times, disse que Romney parece não entender a cultura norte-americana. "É isso que milionários satisfeitos consigo mesmos dizem uns aos outros. Isso reforça cada opinião negativa que as pessoas têm de Romney", escreveu ele. "Ele está realizando uma campanha presidencial deprimentemente inapta." Nas últimas duas semanas, Romney já havia ficado para trás de Obama nas pesquisas, foi criticado pelo afobado ataque ao presidente em meio aos ataques contra instalações diplomáticas dos EUA no Egito e na Líbia, e enfrentou notícias negativas sobre disputas internas na sua campanha. O novo vídeo também reforça a tese dos democratas de que Romney, ex-executivo do setor financeiro, é um milionário alheio aos dramas dos norte-americanos comuns. Em entrevista coletiva na noite de segunda-feira, Romney não recuou dos comentários, embora tenha admitido que eles não foram "declarados de forma elegante". Na terça-feira, em entrevista à Fox News, ele manteve o mesmo tom, dizendo que Obama acredita na redistribuição de renda, ao passo que ele vê qualquer aumento no papel do governo como "o caminho errado para a América". (Reportagem adicional de Matt Spetalnick em Washington, Steve Holland em Utah e Jihan Abdalla em Ramallah)

O republicano Mitt Romney tenta na terça-feira rearrumar sua campanha eleitoral, depois da divulgação de um vídeo gravado secretamente no qual ele descreve os partidários do presidente dos EUA, Barack Obama, como vítimas excessivamente dependentes do governo. A gravação foi feita em maio, na Flórida, durante um evento de arrecadação a portas fechadas. Ela se soma a uma série de outras gafes do candidato presidencial nos últimos meses, e gera dúvidas sobre sua capacidade de reverter a vantagem do democrata Obama nas pesquisas. A primeira parte do vídeo foi divulgada na segunda-feira pela revista de esquerda Mother Jones. Nele, Romney diz aos doadores que 47 por cento dos norte-americanos vão votar em Obama de qualquer jeito. "Meu trabalho não é me preocupar com essa gente", afirma ele. Segundo Romney, esse eleitorado obamista cativo é formado por pessoas que não pagam imposto de renda e que "são dependentes do governo, acreditam que são vítimas, acreditam que o governo tem a responsabilidade de cuidar delas". O trecho foi gravado na luxuosa residência do executivo financeiro Marc Leder em Boca Raton, na Flórida. A câmera parece estar escondida atrás de uma mesinha com tampo de mármore, e mostra Romney se dirigindo a pelo menos meia dúzia de pessoas que são vistas sentadas, comendo. Garçons, alguns de luvas brancas, servem os convidados. Romney também disse aos doadores que os palestinos não estão interessados num acordo de paz com Israel, e que seria impossível chegar à criação de um Estado palestino independente. "Vejo os palestinos não querendo ver a paz de maneira alguma, para fins políticos, comprometidos com a destruição e eliminação de Israel, e essas questões espinhosas, e eu digo que não tem jeito", afirma ele na gravação. O vídeo motivou novas críticas de alguns republicanos que já estavam frustrados com a incapacidade de Romney de aproveitar a má situação econômica dos EUA para disparar nas pesquisas. William Kristol, editor da publicação conservadora Weekly Standard, disse que os comentários do candidato foram "estúpidos e arrogantes". David Brooks, colunista conservador do jornal The New York Times, disse que Romney parece não entender a cultura norte-americana. "É isso que milionários satisfeitos consigo mesmos dizem uns aos outros. Isso reforça cada opinião negativa que as pessoas têm de Romney", escreveu ele. "Ele está realizando uma campanha presidencial deprimentemente inapta." Nas últimas duas semanas, Romney já havia ficado para trás de Obama nas pesquisas, foi criticado pelo afobado ataque ao presidente em meio aos ataques contra instalações diplomáticas dos EUA no Egito e na Líbia, e enfrentou notícias negativas sobre disputas internas na sua campanha. O novo vídeo também reforça a tese dos democratas de que Romney, ex-executivo do setor financeiro, é um milionário alheio aos dramas dos norte-americanos comuns. Em entrevista coletiva na noite de segunda-feira, Romney não recuou dos comentários, embora tenha admitido que eles não foram "declarados de forma elegante". Na terça-feira, em entrevista à Fox News, ele manteve o mesmo tom, dizendo que Obama acredita na redistribuição de renda, ao passo que ele vê qualquer aumento no papel do governo como "o caminho errado para a América". (Reportagem adicional de Matt Spetalnick em Washington, Steve Holland em Utah e Jihan Abdalla em Ramallah)

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