O candidato republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, vai tentar tirar proveito das atenções voltadas à Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira para dizer como pretende promover o desenvolvimento em países que necessitam, enquanto tenta colocar sua campanha de volta nos eixos. Romney vai falar na Clinton Global Initiative, em Nova York, pouco antes de seu adversário na eleição 6 de novembro, o presidente Barack Obama, assumir o palco maior ao discursar para a Assembleia Geral da ONU. O ex-governador de Massachusetts, que está em queda nas pesquisas em Estados onde a eleição será decisiva, está tentando fazer com que sua campanha retorne à terra firme, a seis semanas da votação. Depois de sua visita a Nova York, ele irá fazer uma excursão de ônibus de dois dias por Ohio, Estado amplamente considerado como um que ele precisa vencer para ter chances de bater Obama. Romney será acompanhado por seu candidato à vice, Paul Ryan, em um comício em Dayton com o objetivo de recuperar a energia para a campanha que a dupla conseguiu quando Ryan junta-se à chapa no mês passado. Em Nova York, Romney vai discursar para uma fundação criada pelo popular ex-presidente Bill Clinton, cujo discurso na Convenção Nacional Democrata neste mês ajudou Obama a recuperar alguma dinâmica e lhe deu um salto nas pesquisas. Romney irá propor que os Estados Unidos coloquem maior foco sobre o uso de assistência externa norte-americana para estimular a livre iniciativa de empreendedores como uma forma de criar empregos no mundo em desenvolvimento. De acordo com sua campanha, Romney vai argumentar que muito da ajuda dos EUA para o desenvolvimento teve sucesso limitado em tirar as pessoas da pobreza e que os programas de ajuda externa do país frequentemente tentaram suplantar a iniciativa privada. "Para ser eficaz, nossos programas de ajuda devem impulsionar o investimento privado e do comércio para promover ambientes propícios à criação de emprego", Romney vai argumentar, de acordo com sua campanha. Ele vai propor um programa de "pacto de prosperidade" que usaria a assistência financeira para apoiar o desenvolvimento da livre iniciativa. Os Estados Unidos têm apoiado programas de "micro-crédito" há anos para financiar pequenos empréstimos, a fim de ajudar empresários em países em desenvolvimento a criarem empresas. Bill Clinton foi um defensor primordial dessas políticas.