Rompimento de mina da Braskem não afetou água de lagoa em Maceió, indica pesquisa


Técnicos da Universidade Federal de Alagoas analisaram material recolhido menos de duas horas após o desmoronamento; pesquisa foi custeada pela petroquímica

Por Fabio Grellet

O rompimento de parte da mina 18 da Braskem em um trecho sob a lagoa Mundaú, em Maceió, não afetou a água da lagoa, ao menos nas primeiras horas, indica pesquisa realizada por técnicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e divulgada nesta segunda-feira, 18. A pesquisa foi custeada pela petroquímica.

O rompimento ocorreu por volta das 13h45 do último dia 10, conforme registrado por câmeras de segurança. Às 15h30, com apoio da Defesa Civil estadual, técnicos da Ufal e do Instituto Estadual do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) sobrevoaram a lagoa e recolheram amostras da água nesse ponto específico onde ocorreu o rompimento. Outros 16 pontos da lagoa já têm a água monitorada pela Ufal há anos.

“Alguns (dados) ainda estão em análise, mas, com base nas informações (já obtidas e analisadas), não há nada que comprove que (o rompimento de) a mina 18 teve impacto (na qualidade da água da lagoa). Pelo menos não neste momento”, disse o pesquisador do Laboratório de Aquacultura e Ecologia Aquática (Laqua) e professor da Ufal Emerson Soares, durante a entrevista concedida nesta segunda-feira.

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“Poderíamos ter encontrado uma elevação dos níveis de cloreto e de sódio, principalmente, e dos níveis de cálcio, magnésio, condutividade elétrica e salinidade, (mas) não observamos (isso)”, continuou Soares.

Parte da mina 18 da Braskem desmoronou no último dia 10, em um trecho sob a lagoa de Mundaú  Foto: Divulgação/Defesa Civil de Alagoas

Ele ressaltou que os resultados representam um retrato daquele momento em que as amostras foram coletadas. “(É) Importante ressaltar que pegamos os dados do momento do rompimento. Em relação ao instante (em que as amostras foram coletadas), não houve mudanças que demonstrem algum produto da mina na laguna, nenhum dado que comprove que a mina 18 impactou a água. Pelo menos neste momento. Isso pode mudar? Pode. Pode acontecer alguma coisa no futuro? Pode. Por isso é importante continuarmos monitorando”, destacou o pesquisador.

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Segundo ele, os técnicos da UFAL monitoram a qualidade das águas da Lagoa Mundaú há mais de dez anos.

A pesquisa foi custeada pela Braskem, em função de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a empresa e o Ministério Público. Mas Soares afirmou que isso não significa nenhuma interferência sobre os resultados da análise. “Nosso trabalho não sofre influência alguma da empresa ou de quem quer que seja. Nossa pesquisa é revista por pares (outros especialistas independentes) e, se virmos alguma deficiência, algum problema, vamos mostrar e atacá-lo”, completou Soares.

Braskem diz adotar medidas

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Segundo a Braskem, desde 2018, quando foram constatadas as primeiras rachaduras em imóveis e ruas provocadas pela extração de sal-gema em Maceió, moradores e comerciantes de cerca de 14,5 mil imóveis foram incluídos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, conforme acordo que a empresa assinou com o Ministério Público Federal (MPF); Ministério Público de Alagoas (MP-AL); Defensoria Pública da União e Defensoria Pública de Alagoas.

Após paralisar definitivamente a extração de sal-gema, em maio de 2019, a companhia assinou, em dezembro de 2020, um segundo acordo com os MP federal e estadual, que estabelece ações integradas de reparação, mitigação e compensação.

Até o momento, ainda segundo a companhia, R$ 14,4 bilhões foram provisionados e R$ 9,2 bilhões já foram desembolsados com as ações adotadas em Alagoas. O valor inclui indenizações e medidas socioambientais e econômicas.

O rompimento de parte da mina 18 da Braskem em um trecho sob a lagoa Mundaú, em Maceió, não afetou a água da lagoa, ao menos nas primeiras horas, indica pesquisa realizada por técnicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e divulgada nesta segunda-feira, 18. A pesquisa foi custeada pela petroquímica.

O rompimento ocorreu por volta das 13h45 do último dia 10, conforme registrado por câmeras de segurança. Às 15h30, com apoio da Defesa Civil estadual, técnicos da Ufal e do Instituto Estadual do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) sobrevoaram a lagoa e recolheram amostras da água nesse ponto específico onde ocorreu o rompimento. Outros 16 pontos da lagoa já têm a água monitorada pela Ufal há anos.

“Alguns (dados) ainda estão em análise, mas, com base nas informações (já obtidas e analisadas), não há nada que comprove que (o rompimento de) a mina 18 teve impacto (na qualidade da água da lagoa). Pelo menos não neste momento”, disse o pesquisador do Laboratório de Aquacultura e Ecologia Aquática (Laqua) e professor da Ufal Emerson Soares, durante a entrevista concedida nesta segunda-feira.

“Poderíamos ter encontrado uma elevação dos níveis de cloreto e de sódio, principalmente, e dos níveis de cálcio, magnésio, condutividade elétrica e salinidade, (mas) não observamos (isso)”, continuou Soares.

Parte da mina 18 da Braskem desmoronou no último dia 10, em um trecho sob a lagoa de Mundaú  Foto: Divulgação/Defesa Civil de Alagoas

Ele ressaltou que os resultados representam um retrato daquele momento em que as amostras foram coletadas. “(É) Importante ressaltar que pegamos os dados do momento do rompimento. Em relação ao instante (em que as amostras foram coletadas), não houve mudanças que demonstrem algum produto da mina na laguna, nenhum dado que comprove que a mina 18 impactou a água. Pelo menos neste momento. Isso pode mudar? Pode. Pode acontecer alguma coisa no futuro? Pode. Por isso é importante continuarmos monitorando”, destacou o pesquisador.

Segundo ele, os técnicos da UFAL monitoram a qualidade das águas da Lagoa Mundaú há mais de dez anos.

A pesquisa foi custeada pela Braskem, em função de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a empresa e o Ministério Público. Mas Soares afirmou que isso não significa nenhuma interferência sobre os resultados da análise. “Nosso trabalho não sofre influência alguma da empresa ou de quem quer que seja. Nossa pesquisa é revista por pares (outros especialistas independentes) e, se virmos alguma deficiência, algum problema, vamos mostrar e atacá-lo”, completou Soares.

Braskem diz adotar medidas

Segundo a Braskem, desde 2018, quando foram constatadas as primeiras rachaduras em imóveis e ruas provocadas pela extração de sal-gema em Maceió, moradores e comerciantes de cerca de 14,5 mil imóveis foram incluídos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, conforme acordo que a empresa assinou com o Ministério Público Federal (MPF); Ministério Público de Alagoas (MP-AL); Defensoria Pública da União e Defensoria Pública de Alagoas.

Após paralisar definitivamente a extração de sal-gema, em maio de 2019, a companhia assinou, em dezembro de 2020, um segundo acordo com os MP federal e estadual, que estabelece ações integradas de reparação, mitigação e compensação.

Até o momento, ainda segundo a companhia, R$ 14,4 bilhões foram provisionados e R$ 9,2 bilhões já foram desembolsados com as ações adotadas em Alagoas. O valor inclui indenizações e medidas socioambientais e econômicas.

O rompimento de parte da mina 18 da Braskem em um trecho sob a lagoa Mundaú, em Maceió, não afetou a água da lagoa, ao menos nas primeiras horas, indica pesquisa realizada por técnicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e divulgada nesta segunda-feira, 18. A pesquisa foi custeada pela petroquímica.

O rompimento ocorreu por volta das 13h45 do último dia 10, conforme registrado por câmeras de segurança. Às 15h30, com apoio da Defesa Civil estadual, técnicos da Ufal e do Instituto Estadual do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) sobrevoaram a lagoa e recolheram amostras da água nesse ponto específico onde ocorreu o rompimento. Outros 16 pontos da lagoa já têm a água monitorada pela Ufal há anos.

“Alguns (dados) ainda estão em análise, mas, com base nas informações (já obtidas e analisadas), não há nada que comprove que (o rompimento de) a mina 18 teve impacto (na qualidade da água da lagoa). Pelo menos não neste momento”, disse o pesquisador do Laboratório de Aquacultura e Ecologia Aquática (Laqua) e professor da Ufal Emerson Soares, durante a entrevista concedida nesta segunda-feira.

“Poderíamos ter encontrado uma elevação dos níveis de cloreto e de sódio, principalmente, e dos níveis de cálcio, magnésio, condutividade elétrica e salinidade, (mas) não observamos (isso)”, continuou Soares.

Parte da mina 18 da Braskem desmoronou no último dia 10, em um trecho sob a lagoa de Mundaú  Foto: Divulgação/Defesa Civil de Alagoas

Ele ressaltou que os resultados representam um retrato daquele momento em que as amostras foram coletadas. “(É) Importante ressaltar que pegamos os dados do momento do rompimento. Em relação ao instante (em que as amostras foram coletadas), não houve mudanças que demonstrem algum produto da mina na laguna, nenhum dado que comprove que a mina 18 impactou a água. Pelo menos neste momento. Isso pode mudar? Pode. Pode acontecer alguma coisa no futuro? Pode. Por isso é importante continuarmos monitorando”, destacou o pesquisador.

Segundo ele, os técnicos da UFAL monitoram a qualidade das águas da Lagoa Mundaú há mais de dez anos.

A pesquisa foi custeada pela Braskem, em função de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a empresa e o Ministério Público. Mas Soares afirmou que isso não significa nenhuma interferência sobre os resultados da análise. “Nosso trabalho não sofre influência alguma da empresa ou de quem quer que seja. Nossa pesquisa é revista por pares (outros especialistas independentes) e, se virmos alguma deficiência, algum problema, vamos mostrar e atacá-lo”, completou Soares.

Braskem diz adotar medidas

Segundo a Braskem, desde 2018, quando foram constatadas as primeiras rachaduras em imóveis e ruas provocadas pela extração de sal-gema em Maceió, moradores e comerciantes de cerca de 14,5 mil imóveis foram incluídos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, conforme acordo que a empresa assinou com o Ministério Público Federal (MPF); Ministério Público de Alagoas (MP-AL); Defensoria Pública da União e Defensoria Pública de Alagoas.

Após paralisar definitivamente a extração de sal-gema, em maio de 2019, a companhia assinou, em dezembro de 2020, um segundo acordo com os MP federal e estadual, que estabelece ações integradas de reparação, mitigação e compensação.

Até o momento, ainda segundo a companhia, R$ 14,4 bilhões foram provisionados e R$ 9,2 bilhões já foram desembolsados com as ações adotadas em Alagoas. O valor inclui indenizações e medidas socioambientais e econômicas.

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