BELO HORIZONTE - A Samarco quer reduzir de 3 mil para 1,8 mil o número de funcionários da empresa nas unidades de Minas Gerais e do Espírito dentro de Programa de Demissões Voluntárias (PDV) anunciado nesta quarta-feira, 15, pela mineradora. O período de lay-off, suspensão temporária de contrato de trabalho, anunciado pela empresa em janeiro, termina no sábado, 25. A Samarco teve as operações embargadas em sua unidade de Mariana em 6 de novembro do ano passado um dia depois do rompimento da barragem de Fundão, que matou 18 pessoas, deixou uma desaparecida e destruiu o distrito de Bento Rodrigues, além de poluir florestas, córregos e o Rio Doce. A lama chegou à foz do curso d'água, no Oceano Atlântico, em Linhares (ES), poluindo parte do litoral norte do estado.
Conforme a empresa, o PDV prevê o pagamento de 50% do salário para cada ano de trabalho, limitado a quatro salários, valor fixo equivalente a três salários, limitado a R$ 7.500 e plano de saúde por seis meses após a data da demissão. A adesão ao plano poderá ocorrer entre 27 de junho e 29 de julho de 2016. Segundo a mineradora "os níveis gerenciais, com exceção de chefe de equipe, não poderão aderir ao PDV. Neste caso, as demissões serão realizadas a critério da empresa. O profissional demitido terá os mesmos benefícios previstos no PDV".
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Não há prazo para o retorno das atividades da mineradora. A empresa entrou com documentação na Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais para voltar a operar em Mariana e aguarda análise. A intenção da Samarco é retomar a mineração em Mariana até o fim do ano. A unidade da empresa no Espírito Santo, responsável pelo processamento do minério de ferro, fica em Anchieta. O PDV será analisado pelos sindicatos da categoria no início da próxima semana.
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A lama com os dejetos do Rio Doce entrou no mar e segue pelo Oceano Atlântico. Por causa do risco de contaminação, várias praias de Linhares, no Espírito Santo, foram interditadas pela prefeitura.