O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, viajou para a Arábia Saudita nesta terça-feira, 17, a fim de discutir com seus aliados sobre possíveis represálias aos ataques contra a infraestrutura petroleira saudita. A viagem acontece logo após Washington anunciar que tem provas de que os ataques foram originados no Irã.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, anunciou que Pompeo estava em viagem ao país árabe para "discutir nossa resposta", registrou a AFP.
"Como disse o presidente, não queremos guerra com ninguém, mas os Estados Unidos está preparado", disse Pence durante um discurso em Washington, reiterando as palavras do presidente Donald Trump.
Pompeo se reunirá nesta quarta-feira, 18, em Yeda com o príncipe herdeiro para discutir "os recentes ataques às instalações petroleiras do reino e coordenar os esforços para contra-atacar à agressão iraniana na região, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus.
Um funcionário norte-americano disse à AFP sob a condição de anonimato que o ataque se lançou desde o território iraniano, com mísseis cruzeiro, e que Washington apresentaria provas à comunidade internacional na Assembleia Geral das Nações Unidas na próxima semana.
O governo Trump avalia várias opções, desde um ataque cibernético até um ataque físico contraa infraestrutura petroleira iraniana ou ao Exército dos Guardiães da Revolução, elite militar do Irã, segundo informou a NBC News, citando funcionários norte-americanos não identificados.
Durante uma reunião do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, foram apresentadas potenciais soluções ao presidente Donald Trump. No entanto, segundo a NBC, o presidente teria solicitado mais opções.
Ataques teriam partido do Irã
Segundo um alto funcionário do Governo dos EUA, a versão do grupo Houthi - rebeldes do Iêmen que assumiu a autoria do ataque - não é compatível com os danos registrados. Enquanto os rebeldes afirmam haver utilizado 10 drones, uma das instalações petroleiras sauditas foi atacada ao menos de 17 vezes, e outras duas vezes por "munição guiada com precisão".
Nem o tipo de drone "nem os mísseis cruzeiro que foram utilizados no ataque podem alcançar as intalações desde o Iêmen. Não é possível", disse o funcionário. / (AFP)