Na sequência da decisão da Câmara dos Deputados, o Senado aprovou nesta quarta-feira restrições no uso de passagens aéreas, que passam a ser utilizadas apenas pelos parlamentares. Denúncias de uso abusivo atingiram as duas Casas. O uso por assessores, desde que em serviço, passará pela aprovação da Mesa Diretora. Cada parlamentar terá direito a cinco trechos de ida e volta ao Estado de origem por mês e todos os gastos serão tornados públicos na Internet em um prazo de 90 dias. Foi extinta a possibilidade de o parlamentar acumular cota de um ano para o outro. Também fica extinta a cota suplementar para membros da Mesa Diretora e lideranças partidárias. O projeto de resolução com as novas regras foi aprovado pelo plenário do Senado. "Daqui a pouco estamos recebendo vale transporte", ironizou o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que não foi informado sobre o uso das passagens por familiares. "Nesses 26 anos de mandato, fiz uma viagem à Europa com a minha mulher. Usei as passagens que eu tinha, sem extras, sem diária sem nada. Se está errado eu até reponho, mas nunca ninguém me disse isso", afirmou. A Câmara dos Deputados também restringiu nesta quarta-feira o uso das passagens aéreas aos deputados e aos assessores, neste caso mediante autorização.