Serra culpa Lula por campanha violenta e é chamado de 'Rojas' pelo presidente


Lula classificou atitude de tucano como 'farsa' e disse que ele só pôs a mão na cabeça depois de receber o telefonema de 'algum assessor'

Por Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato do PSDB à sua sucessão, José Serra, trocaram acusações ontem em torno de episódio de véspera no Rio, em que o tucano foi atingido por um objeto atirado por militante petista durante caminhada de campanha.Lula acusou Serra de ter praticado uma "farsa" e chegou a usar expressões como "mentira descarada" ao se referir ao caso . O tucano reagiu com indignação: "Fico preocupado com a principal autoridade da República dando cobertura a atos de violência."

 

 

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Segundo o presidente, Serra foi atingido por uma bolinha de papel e seguiu caminhando por 20 minutos, quando recebeu telefonema "de algum assessor da publicidade da campanha que lhe sugeriu para parar de caminhar e pôr a mão na cabeça para criar um factoide". "O dia de ontem (anteontem) deve ser chamado de o dia da farsa, o dia da mentira", criticou Lula, baseado em reportagem do SBT, que registrou apenas o momento anterior à agressão.

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Lula comparou o episódio ao que protagonizou o ex-goleiro Roberto Rojas, que, em 1989, fingiu ter sido atingido por um foguete no Maracanã, suspendendo a partida entre Brasil e Chile pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Após uma câmera de TV ter flagrado que o foguete não acertou o goleiro, o Chile foi desclassificado das eliminatórias.

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Tumulto. Serra reforçou que realmente houve agressão no Rio de Janeiro. E não só aquela registradas pela TV. "Já tenho sofrido muita violência verbal através da mentira e tentativas de violência física como aconteceu no fim de semana no Ceará, como já aconteceu várias vezes nesta campanha e em campanhas anteriores", disse. "O PT não sabe disputar uma luta democrática, que pressupõe considerar o adversário como adversário e não como inimigo a ser destruído."

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Segundo ele, o tumulto foi registrado pela imprensa. "Todo mundo que estava em volta viu, não foi nada leve, coisa que me obrigou a parar a programação", comentou. "O engraçado é que aqueles que pensam que houve simulação, na verdade estão me medindo com a régua deles."

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Serra disse também que seus adversários é que poderiam fazer "simulações e outras coisas desse tipo". "Afinal, é a turma que fez o mensalão, os escândalos da Casa Civil, é a turma de todas essas irregularidades que a gente tem observado."

O senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, afirmou que o seu partido vai interpelar judicialmente Lula. "Como é que vem o presidente falar contra o nosso candidato de forma agressiva, desrespeitosa e injuriosa. Nunca fizemos teatro, nunca inventamos dossiês, nunca andamos com malas dinheiro, nem cuecas contaminadas de dinheiro sujo", declarou Guerra, que chamou Lula de "chefe de facção".

"Este tipo de atitude não está sendo inaugurada agora. Ela é estimulada pelas lideranças do PT. Temos de manter os olhos abertos para os Tarsos Genros (ex-ministro da Justiça) da vida, que têm vocação golpista", disse José Henrique Reis Lobo, um dos coordenadores da campanha tucana.

Barreira. Serra relatou que os petistas fizeram uma barreira na rua em que caminhavam em "marcha pacífica" no Rio. "Gente inclusive com cara de agente provocador, homens fortões, com prática de brigas de rua, com prática de repressão", explicou. "Fui atingido por outras bolinhas de papel, empurrões, raspões de bandeiras, até que veio esse objeto mais pesado, bateu na cabeça, fiquei tonto, fiquei um pouco grogue, mas não cheguei a desmaiar, fui ao médico, que recomendou repouso."

Em entrevista tumultuada, Serra reforçou que quer uma "campanha pacífica". "Truculência é incompatível com a natureza do povo brasileiro", afirmou.

Antes disso, quando passou por Maringá, Serra já havia acusado Lula por incentivar a violência. "Quando o presidente trata adversários políticos como inimigos a serem destruídos, contamina todo o clima da campanha eleitoral", disse. "A atitude do presidente da República, de se jogar de corpo e alma no processo eleitoral em vez de governar o País, e ao mesmo tempo incitar a destruir os adversários, só contribui para esse clima de violência." / COLABORARAM FELIPE WERNECK e ROGÉRIO FISCHER ESPECIAL PARA O ESTADOg

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato do PSDB à sua sucessão, José Serra, trocaram acusações ontem em torno de episódio de véspera no Rio, em que o tucano foi atingido por um objeto atirado por militante petista durante caminhada de campanha.Lula acusou Serra de ter praticado uma "farsa" e chegou a usar expressões como "mentira descarada" ao se referir ao caso . O tucano reagiu com indignação: "Fico preocupado com a principal autoridade da República dando cobertura a atos de violência."

 

 

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Segundo o presidente, Serra foi atingido por uma bolinha de papel e seguiu caminhando por 20 minutos, quando recebeu telefonema "de algum assessor da publicidade da campanha que lhe sugeriu para parar de caminhar e pôr a mão na cabeça para criar um factoide". "O dia de ontem (anteontem) deve ser chamado de o dia da farsa, o dia da mentira", criticou Lula, baseado em reportagem do SBT, que registrou apenas o momento anterior à agressão.

Lula comparou o episódio ao que protagonizou o ex-goleiro Roberto Rojas, que, em 1989, fingiu ter sido atingido por um foguete no Maracanã, suspendendo a partida entre Brasil e Chile pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Após uma câmera de TV ter flagrado que o foguete não acertou o goleiro, o Chile foi desclassificado das eliminatórias.

Tumulto. Serra reforçou que realmente houve agressão no Rio de Janeiro. E não só aquela registradas pela TV. "Já tenho sofrido muita violência verbal através da mentira e tentativas de violência física como aconteceu no fim de semana no Ceará, como já aconteceu várias vezes nesta campanha e em campanhas anteriores", disse. "O PT não sabe disputar uma luta democrática, que pressupõe considerar o adversário como adversário e não como inimigo a ser destruído."

Segundo ele, o tumulto foi registrado pela imprensa. "Todo mundo que estava em volta viu, não foi nada leve, coisa que me obrigou a parar a programação", comentou. "O engraçado é que aqueles que pensam que houve simulação, na verdade estão me medindo com a régua deles."

Serra disse também que seus adversários é que poderiam fazer "simulações e outras coisas desse tipo". "Afinal, é a turma que fez o mensalão, os escândalos da Casa Civil, é a turma de todas essas irregularidades que a gente tem observado."

O senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, afirmou que o seu partido vai interpelar judicialmente Lula. "Como é que vem o presidente falar contra o nosso candidato de forma agressiva, desrespeitosa e injuriosa. Nunca fizemos teatro, nunca inventamos dossiês, nunca andamos com malas dinheiro, nem cuecas contaminadas de dinheiro sujo", declarou Guerra, que chamou Lula de "chefe de facção".

"Este tipo de atitude não está sendo inaugurada agora. Ela é estimulada pelas lideranças do PT. Temos de manter os olhos abertos para os Tarsos Genros (ex-ministro da Justiça) da vida, que têm vocação golpista", disse José Henrique Reis Lobo, um dos coordenadores da campanha tucana.

Barreira. Serra relatou que os petistas fizeram uma barreira na rua em que caminhavam em "marcha pacífica" no Rio. "Gente inclusive com cara de agente provocador, homens fortões, com prática de brigas de rua, com prática de repressão", explicou. "Fui atingido por outras bolinhas de papel, empurrões, raspões de bandeiras, até que veio esse objeto mais pesado, bateu na cabeça, fiquei tonto, fiquei um pouco grogue, mas não cheguei a desmaiar, fui ao médico, que recomendou repouso."

Em entrevista tumultuada, Serra reforçou que quer uma "campanha pacífica". "Truculência é incompatível com a natureza do povo brasileiro", afirmou.

Antes disso, quando passou por Maringá, Serra já havia acusado Lula por incentivar a violência. "Quando o presidente trata adversários políticos como inimigos a serem destruídos, contamina todo o clima da campanha eleitoral", disse. "A atitude do presidente da República, de se jogar de corpo e alma no processo eleitoral em vez de governar o País, e ao mesmo tempo incitar a destruir os adversários, só contribui para esse clima de violência." / COLABORARAM FELIPE WERNECK e ROGÉRIO FISCHER ESPECIAL PARA O ESTADOg

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato do PSDB à sua sucessão, José Serra, trocaram acusações ontem em torno de episódio de véspera no Rio, em que o tucano foi atingido por um objeto atirado por militante petista durante caminhada de campanha.Lula acusou Serra de ter praticado uma "farsa" e chegou a usar expressões como "mentira descarada" ao se referir ao caso . O tucano reagiu com indignação: "Fico preocupado com a principal autoridade da República dando cobertura a atos de violência."

 

 

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Segundo o presidente, Serra foi atingido por uma bolinha de papel e seguiu caminhando por 20 minutos, quando recebeu telefonema "de algum assessor da publicidade da campanha que lhe sugeriu para parar de caminhar e pôr a mão na cabeça para criar um factoide". "O dia de ontem (anteontem) deve ser chamado de o dia da farsa, o dia da mentira", criticou Lula, baseado em reportagem do SBT, que registrou apenas o momento anterior à agressão.

Lula comparou o episódio ao que protagonizou o ex-goleiro Roberto Rojas, que, em 1989, fingiu ter sido atingido por um foguete no Maracanã, suspendendo a partida entre Brasil e Chile pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Após uma câmera de TV ter flagrado que o foguete não acertou o goleiro, o Chile foi desclassificado das eliminatórias.

Tumulto. Serra reforçou que realmente houve agressão no Rio de Janeiro. E não só aquela registradas pela TV. "Já tenho sofrido muita violência verbal através da mentira e tentativas de violência física como aconteceu no fim de semana no Ceará, como já aconteceu várias vezes nesta campanha e em campanhas anteriores", disse. "O PT não sabe disputar uma luta democrática, que pressupõe considerar o adversário como adversário e não como inimigo a ser destruído."

Segundo ele, o tumulto foi registrado pela imprensa. "Todo mundo que estava em volta viu, não foi nada leve, coisa que me obrigou a parar a programação", comentou. "O engraçado é que aqueles que pensam que houve simulação, na verdade estão me medindo com a régua deles."

Serra disse também que seus adversários é que poderiam fazer "simulações e outras coisas desse tipo". "Afinal, é a turma que fez o mensalão, os escândalos da Casa Civil, é a turma de todas essas irregularidades que a gente tem observado."

O senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, afirmou que o seu partido vai interpelar judicialmente Lula. "Como é que vem o presidente falar contra o nosso candidato de forma agressiva, desrespeitosa e injuriosa. Nunca fizemos teatro, nunca inventamos dossiês, nunca andamos com malas dinheiro, nem cuecas contaminadas de dinheiro sujo", declarou Guerra, que chamou Lula de "chefe de facção".

"Este tipo de atitude não está sendo inaugurada agora. Ela é estimulada pelas lideranças do PT. Temos de manter os olhos abertos para os Tarsos Genros (ex-ministro da Justiça) da vida, que têm vocação golpista", disse José Henrique Reis Lobo, um dos coordenadores da campanha tucana.

Barreira. Serra relatou que os petistas fizeram uma barreira na rua em que caminhavam em "marcha pacífica" no Rio. "Gente inclusive com cara de agente provocador, homens fortões, com prática de brigas de rua, com prática de repressão", explicou. "Fui atingido por outras bolinhas de papel, empurrões, raspões de bandeiras, até que veio esse objeto mais pesado, bateu na cabeça, fiquei tonto, fiquei um pouco grogue, mas não cheguei a desmaiar, fui ao médico, que recomendou repouso."

Em entrevista tumultuada, Serra reforçou que quer uma "campanha pacífica". "Truculência é incompatível com a natureza do povo brasileiro", afirmou.

Antes disso, quando passou por Maringá, Serra já havia acusado Lula por incentivar a violência. "Quando o presidente trata adversários políticos como inimigos a serem destruídos, contamina todo o clima da campanha eleitoral", disse. "A atitude do presidente da República, de se jogar de corpo e alma no processo eleitoral em vez de governar o País, e ao mesmo tempo incitar a destruir os adversários, só contribui para esse clima de violência." / COLABORARAM FELIPE WERNECK e ROGÉRIO FISCHER ESPECIAL PARA O ESTADOg

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