Servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) iniciaram ontem uma ocupação na sede do órgão em Maceió, capital do Estado. Segundo o sindicato da categoria, 42 servidores permanecem no local, mas segundo a Polícia Militar, são apenas 12 os que ainda estão no local. O protesto tem como reivindicações a saída do diretor do Detran, reajuste salarial e a mudança da sede do órgão, que tem um longo histórico de fraudes e corrupção. Cerca de 50 policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) cercaram a sede do Detran na manhã de hoje. Policiais começaram a usar bombas de efeito moral, foram disparados tiros e há registro de servidores feridos e um cinegrafista de uma equipe de TV. Segundo a polícia, a ordem é não deixar ninguém entrar no prédio: nem servidores efetivos e nem usuários dos serviços. Dentro do Detran, alguns servidores continuam a ocupação, iniciada na manhã de ontem. A Polícia Militar informou que a situação "está sob controle" e que tenta negociar a saída dos servidores. No entanto, os policiais do Bope invadiram o prédio, para tentar expulsar à força os servidores, que estão há 26 dias de greve. Os diretores do sindicato dos servidores responsabilizaram o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) pela suposta "truculência do Bope" na desocupação do prédio do Detran. A assessoria do governo do Estado divulgou nota na imprensa pedindo o retorno dos servidores ao trabalho e dizendo que a greve está prejudicando a população, por isso foi considerada ilegal pela Justiça.