Sesc faz estátua de Borba Gato ''''desaparecer''''


Atores espalham boato de que obra da Avenida Santo Amaro foi roubada para estimular interesse por exposição sobre seu autor, Júlio Guerra

Por Valéria França

Observe bem a foto ao lado. Ponto de referência de São Paulo, a imensa estátua do bandeirante Borba Gato, de Júlio Guerra, com 14 metros de altura, sumiu da vista dos paulistanos que circulam pela Avenida Santo Amaro, na zona sul. O Borba Gato foi coberto por uma espécie de caixa - feita de madeira e forrada de lona -, que serviu de base para a reprodução de um jogo de imagens. As fotos revelam o cenário que a estátua costuma esconder e o paulistano tem a exata noção de como ficaria a região sem o monumento. Quem passa de carro e olha de longe tem mesmo a impressão de que o Borba Gato sumiu. Mas a estátua está ali, para a alegria de uns e tristeza de outros. "Apesar de ele ser feio pra caramba, tenho carinho pelo Borba Gato", diz Fernando Capelato, de 17 anos, que estuda na região. "Pôxa, vejo o Borba Gato desde que nasci. Estão dizendo no bairro que ele não está mais aí. Estou achando que é verdade." Capelato é um dos moradores da região que, sem Saber, caíram na brincadeira organizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) de Santo Amaro. "Há muito preconceito sobre a obra do Júlio Guerra, principalmente por causa do Borba Gato. O Sesc resolveu escondê-la para que o olhar do paulistano se voltasse para outras obras do autor", diz Maurício Del Nero, coordenador de programação do Sesc Santo Amaro, que abriga uma exposição sobre o autor até o fim do mês. Tirar o Borba Gato de cena também teve um segundo objetivo. "Promover um jogo virtual que fizesse o paulistano se interessar pela obra", explica Nero. O Borba Gato transformou-se na peça-chave de um jogo de realidade alternativa, que se desenvolve a partir da interferência no cotidiano dos moradores de Santo Amaro. Para começar, atores contratados espalharam dois tipos de boato pelo bairro. O primeiro, e mais inacreditável, de que a estátua teria sido roubada. Já o segundo especula sobre a possível depredação do monumento. O site de notícias do bairro, www.avozdesantoamaro.com.br, entrou no espírito da brincadeira e colocou entre suas reportagens uma nota falsa do sumiço da estátua. Na segunda-feira, uma equipe de produção espalhou, sorrateiramente, ferramentas no chão, perto da caixa que cobre o Borba Gato. Abriu ainda comunidades no Orkut, site de relacionamento virtual, como Vocês Conseguiram - O Borba Gato Sumiu. "Esse tipo de jogo não tem regra. O mais interessante é que as pessoas nem sempre sabem que estão jogando, porque são envolvidas pelos fatos ao redor", diz Roger Tavares, de 39 anos, da Game Cultura, empresa contratada pelo Sesc. Os colégios da região também estão colaborando. Na classe, professores estimulam o mistério e a visita à exposição. A estátua será descoberta na segunda-feira, dando início a uma nova fase do jogo.

Observe bem a foto ao lado. Ponto de referência de São Paulo, a imensa estátua do bandeirante Borba Gato, de Júlio Guerra, com 14 metros de altura, sumiu da vista dos paulistanos que circulam pela Avenida Santo Amaro, na zona sul. O Borba Gato foi coberto por uma espécie de caixa - feita de madeira e forrada de lona -, que serviu de base para a reprodução de um jogo de imagens. As fotos revelam o cenário que a estátua costuma esconder e o paulistano tem a exata noção de como ficaria a região sem o monumento. Quem passa de carro e olha de longe tem mesmo a impressão de que o Borba Gato sumiu. Mas a estátua está ali, para a alegria de uns e tristeza de outros. "Apesar de ele ser feio pra caramba, tenho carinho pelo Borba Gato", diz Fernando Capelato, de 17 anos, que estuda na região. "Pôxa, vejo o Borba Gato desde que nasci. Estão dizendo no bairro que ele não está mais aí. Estou achando que é verdade." Capelato é um dos moradores da região que, sem Saber, caíram na brincadeira organizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) de Santo Amaro. "Há muito preconceito sobre a obra do Júlio Guerra, principalmente por causa do Borba Gato. O Sesc resolveu escondê-la para que o olhar do paulistano se voltasse para outras obras do autor", diz Maurício Del Nero, coordenador de programação do Sesc Santo Amaro, que abriga uma exposição sobre o autor até o fim do mês. Tirar o Borba Gato de cena também teve um segundo objetivo. "Promover um jogo virtual que fizesse o paulistano se interessar pela obra", explica Nero. O Borba Gato transformou-se na peça-chave de um jogo de realidade alternativa, que se desenvolve a partir da interferência no cotidiano dos moradores de Santo Amaro. Para começar, atores contratados espalharam dois tipos de boato pelo bairro. O primeiro, e mais inacreditável, de que a estátua teria sido roubada. Já o segundo especula sobre a possível depredação do monumento. O site de notícias do bairro, www.avozdesantoamaro.com.br, entrou no espírito da brincadeira e colocou entre suas reportagens uma nota falsa do sumiço da estátua. Na segunda-feira, uma equipe de produção espalhou, sorrateiramente, ferramentas no chão, perto da caixa que cobre o Borba Gato. Abriu ainda comunidades no Orkut, site de relacionamento virtual, como Vocês Conseguiram - O Borba Gato Sumiu. "Esse tipo de jogo não tem regra. O mais interessante é que as pessoas nem sempre sabem que estão jogando, porque são envolvidas pelos fatos ao redor", diz Roger Tavares, de 39 anos, da Game Cultura, empresa contratada pelo Sesc. Os colégios da região também estão colaborando. Na classe, professores estimulam o mistério e a visita à exposição. A estátua será descoberta na segunda-feira, dando início a uma nova fase do jogo.

Observe bem a foto ao lado. Ponto de referência de São Paulo, a imensa estátua do bandeirante Borba Gato, de Júlio Guerra, com 14 metros de altura, sumiu da vista dos paulistanos que circulam pela Avenida Santo Amaro, na zona sul. O Borba Gato foi coberto por uma espécie de caixa - feita de madeira e forrada de lona -, que serviu de base para a reprodução de um jogo de imagens. As fotos revelam o cenário que a estátua costuma esconder e o paulistano tem a exata noção de como ficaria a região sem o monumento. Quem passa de carro e olha de longe tem mesmo a impressão de que o Borba Gato sumiu. Mas a estátua está ali, para a alegria de uns e tristeza de outros. "Apesar de ele ser feio pra caramba, tenho carinho pelo Borba Gato", diz Fernando Capelato, de 17 anos, que estuda na região. "Pôxa, vejo o Borba Gato desde que nasci. Estão dizendo no bairro que ele não está mais aí. Estou achando que é verdade." Capelato é um dos moradores da região que, sem Saber, caíram na brincadeira organizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) de Santo Amaro. "Há muito preconceito sobre a obra do Júlio Guerra, principalmente por causa do Borba Gato. O Sesc resolveu escondê-la para que o olhar do paulistano se voltasse para outras obras do autor", diz Maurício Del Nero, coordenador de programação do Sesc Santo Amaro, que abriga uma exposição sobre o autor até o fim do mês. Tirar o Borba Gato de cena também teve um segundo objetivo. "Promover um jogo virtual que fizesse o paulistano se interessar pela obra", explica Nero. O Borba Gato transformou-se na peça-chave de um jogo de realidade alternativa, que se desenvolve a partir da interferência no cotidiano dos moradores de Santo Amaro. Para começar, atores contratados espalharam dois tipos de boato pelo bairro. O primeiro, e mais inacreditável, de que a estátua teria sido roubada. Já o segundo especula sobre a possível depredação do monumento. O site de notícias do bairro, www.avozdesantoamaro.com.br, entrou no espírito da brincadeira e colocou entre suas reportagens uma nota falsa do sumiço da estátua. Na segunda-feira, uma equipe de produção espalhou, sorrateiramente, ferramentas no chão, perto da caixa que cobre o Borba Gato. Abriu ainda comunidades no Orkut, site de relacionamento virtual, como Vocês Conseguiram - O Borba Gato Sumiu. "Esse tipo de jogo não tem regra. O mais interessante é que as pessoas nem sempre sabem que estão jogando, porque são envolvidas pelos fatos ao redor", diz Roger Tavares, de 39 anos, da Game Cultura, empresa contratada pelo Sesc. Os colégios da região também estão colaborando. Na classe, professores estimulam o mistério e a visita à exposição. A estátua será descoberta na segunda-feira, dando início a uma nova fase do jogo.

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