Os cancelamentos de vôos hoje no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, não estão ligados à reabertura da pista principal nem às operações de controle de tráfego aéreo, segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Hoje foram concluídas as obras de colocação do grooving (ranhuras) na pista principal. Apesar da conclusão das obras, até o meio-dia o aeroporto registrava 26 cancelamentos de vôos (ou 32,5%). Para a Infraero, este índice de cancelamento é normal. De acordo com boletim da Infraero, dos 80 vôos previstos nesse período, 26 foram cancelados e apenas um sofreu atraso. Com a entrega da primeira parte da obra, o aeroporto, que estava funcionando das 8 às 22 horas, volta a operar em horário normal (entre 6 e 23 horas) a partir de amanhã. O boletim divulgado pela Infraero ao meio-dia de hoje indica também que, em todo o País, o índice de cancelamento de vôos foi de 17,6%. Do total de 694 vôos previstos, 122 foram cancelados e 25 (ou 3,6%) sofreram atrasos de mais de uma hora. Além de Congonhas, os aeroporto do Rio de Janeiro, Galeão e Santos Dumont também registraram elevados índices de cancelamentos em seus vôos. No Santos Dumont, dos 23 vôos previstos até o meio-dia de hoje, 8 (ou 34,8%) foram cancelados. No Galeão, dos 72 vôos previstos neste mesmo período, 10 (ou 13,9%) foram cancelados e três (4,2%) sofreram atrasos. Autorização As obras do grooving na pista principal do Aeroporto de Congonhas evitam a aquaplanagem em dias de chuva. Mesmo assim, para voltar a operar em dias de chuva, a pista principal precisa ter aprovação de três órgãos: da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A Infraero já encaminhou o pedido, mas ainda não obteve autorização nem tem previsão de quando terá resposta. As obras do grooving das duas cabeceiras ainda não foram concluídas e a Infraero espera entregar essa parte em cerca de dez dias. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, a falta de ranhuras nas cabeceiras não oferece perigo aos vôos porque estes espaços são áreas de escape. Os aviões só as utilizam para fazer manobras.
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