O secretário adjunto da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), Marcos Rodrigues Penido, afirmou que o sistema de bombeamento dos pôlderes funcionou na madrugada de anteontem. "Técnicos do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) acompanharam o temporal durante a madrugada e foi constatado que as bombas funcionaram."Penido não acredita que as obras na Marginal estejam afetando o sistema. Ele afirma que o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) acompanha as obras nas Marginais feitas pelo Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa). "O Daee não permite que as intervenções da Dersa afetem o sistema hidráulico da cidade."Penido atribui o transbordamento nos pontos baixos da Marginal ao excesso de chuva. Ele diz que o Plano de Macrodrenagem, coordenado e projetado pelo engenheiro Aluísio Canholi, tem sido determinante para diminuir as cheias. "Precisamos pensar no que já foi investido para evitar as enchentes e que se não tivesse havido esses investimentos a situação seria muito mais dramática."Citando dados do Novo Sistema de Execução Orçamentária, o secretário afirma que os investimentos em drenagem e manutenção de córregos e bocas de lobo chegaram a R$ 309 milhões no ano passado, valor 141% maior do que em 2006.A Assessoria de Imprensa do Daee respondeu, por meio de nota, que os alagamentos foram em virtude das fortes chuvas que atingiram a metrópole de forma uniforme e intensa durante três horas e meia.O Daee informou que o governo do Estado investe R$ 27,2 milhões no desassoreamento no trecho entre a Barragem da Penha, na zona leste, e a Barragem Edgard de Souza, englobando os municípios de São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Santana de Parnaíba. Segundo a nota, as máquinas estão removendo 400 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do Rio Tietê.