Sobrado de 50 anos cederá lugar a trens


''Sossego'' acabou, afirma aposentada

Por Diego Zanchetta

A aposentada Aparecida da Fonseca, a dona Cida, de 84 anos, chegou à zona sul quando a Avenida Santo Amaro ainda era de terra. Ao longo das últimas cinco décadas, vieram o asfalto, o comércio, o shopping, os corredores de ônibus, o hipermercado. Mas o sobrado de dona Cida se manteve intacto e se tornou um daqueles exemplos clássicos de arquitetura antiga em meio aos novos prédios envidraçados e neoclássicos do Brooklin. Com portãozinho de madeira de meio metro, a casa resistiu a todos os progressos e mudanças na região, mas terá agora de ceder lugar para o avanço da Linha 5."Já tem tanto ônibus aqui perto e eu pego sempre a linha até o centro; é rapidinha. O metrô vai acabar com o sossego de todo mundo", acredita a aposentada, que mora com o irmão mais novo e um filho, ambos deficientes. Ela já recebeu a carta, informando da desapropriação. "Se for sair, quero dinheiro para comprar outro sobrado, aqui perto e parecido. Não quero morar em apartamento", completa.No bairro ao lado, no Jardim das Acácias, onde também haverá desapropriações, moradores que não foram notificados pelo Metrô querem alugar o imóvel até o fim das obras. "Isso até a estação ficar pronta. Aí volto com o imóvel valorizado. Melhor do que acordar todo dia com uma grua na janela", diz a advogada Virgínia Freitas Leitão, de 52 anos, moradora em um sobrado com 14 cômodos. Ela, o marido e a filha adolescente pretendem mudar para um apartamento em Santo Amaro até o segundo semestre de 2011. "Uma amiga minha que mora no Butantã disse que ficou um ano acordando com barulho de britadeira. Eu não vou passar por isso."

A aposentada Aparecida da Fonseca, a dona Cida, de 84 anos, chegou à zona sul quando a Avenida Santo Amaro ainda era de terra. Ao longo das últimas cinco décadas, vieram o asfalto, o comércio, o shopping, os corredores de ônibus, o hipermercado. Mas o sobrado de dona Cida se manteve intacto e se tornou um daqueles exemplos clássicos de arquitetura antiga em meio aos novos prédios envidraçados e neoclássicos do Brooklin. Com portãozinho de madeira de meio metro, a casa resistiu a todos os progressos e mudanças na região, mas terá agora de ceder lugar para o avanço da Linha 5."Já tem tanto ônibus aqui perto e eu pego sempre a linha até o centro; é rapidinha. O metrô vai acabar com o sossego de todo mundo", acredita a aposentada, que mora com o irmão mais novo e um filho, ambos deficientes. Ela já recebeu a carta, informando da desapropriação. "Se for sair, quero dinheiro para comprar outro sobrado, aqui perto e parecido. Não quero morar em apartamento", completa.No bairro ao lado, no Jardim das Acácias, onde também haverá desapropriações, moradores que não foram notificados pelo Metrô querem alugar o imóvel até o fim das obras. "Isso até a estação ficar pronta. Aí volto com o imóvel valorizado. Melhor do que acordar todo dia com uma grua na janela", diz a advogada Virgínia Freitas Leitão, de 52 anos, moradora em um sobrado com 14 cômodos. Ela, o marido e a filha adolescente pretendem mudar para um apartamento em Santo Amaro até o segundo semestre de 2011. "Uma amiga minha que mora no Butantã disse que ficou um ano acordando com barulho de britadeira. Eu não vou passar por isso."

A aposentada Aparecida da Fonseca, a dona Cida, de 84 anos, chegou à zona sul quando a Avenida Santo Amaro ainda era de terra. Ao longo das últimas cinco décadas, vieram o asfalto, o comércio, o shopping, os corredores de ônibus, o hipermercado. Mas o sobrado de dona Cida se manteve intacto e se tornou um daqueles exemplos clássicos de arquitetura antiga em meio aos novos prédios envidraçados e neoclássicos do Brooklin. Com portãozinho de madeira de meio metro, a casa resistiu a todos os progressos e mudanças na região, mas terá agora de ceder lugar para o avanço da Linha 5."Já tem tanto ônibus aqui perto e eu pego sempre a linha até o centro; é rapidinha. O metrô vai acabar com o sossego de todo mundo", acredita a aposentada, que mora com o irmão mais novo e um filho, ambos deficientes. Ela já recebeu a carta, informando da desapropriação. "Se for sair, quero dinheiro para comprar outro sobrado, aqui perto e parecido. Não quero morar em apartamento", completa.No bairro ao lado, no Jardim das Acácias, onde também haverá desapropriações, moradores que não foram notificados pelo Metrô querem alugar o imóvel até o fim das obras. "Isso até a estação ficar pronta. Aí volto com o imóvel valorizado. Melhor do que acordar todo dia com uma grua na janela", diz a advogada Virgínia Freitas Leitão, de 52 anos, moradora em um sobrado com 14 cômodos. Ela, o marido e a filha adolescente pretendem mudar para um apartamento em Santo Amaro até o segundo semestre de 2011. "Uma amiga minha que mora no Butantã disse que ficou um ano acordando com barulho de britadeira. Eu não vou passar por isso."

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