Swatch vai voltar a investir no País


Empresa suíça fechou sua fábrica brasileira em 2002, alegando que não iria pagar propina para autoridades

Por Jamil Chade

A maior empresa de relógios do mundo, a Swatch, prepara investimentos milionários para o Brasil a partir de 2010. O anúncio é do presidente da empresa com sede na Suíça, Nicolas Hayek. Segundo ele, o Brasil passará a ser o terceiro maior destino de investimentos da marca. Apenas os investimentos na sede suíça e no mercado asiático serão superiores aos que o Brasil receberá. A ideia é a de transformar o País em uma das plataformas de produção da empresa nos próximos anos.O anúncio foi feito com exclusividade ao Estado, em uma entrevista concedida por um dos homens mais influentes do setor de relógios no mundo. Com dois relógios em cada pulso, Hayek evita ainda em falar em valores. "Mas serão milhões", garante o executivo, que deixa claro que apenas um valor de base seria US$ 100 milhões para começar os projetos. "Isso seria apenas uma gota d"água inicial", disse o executivo.A Swatch é a empresa que produz relógios como Omega, Breguet, Blancpain e outras 15 marcas. O grupo já teve uma fábrica no Brasil. Mas decidiu abandonar o País no início da década. Segundo Hayek, a empresa foi "chantageada". "As autoridades queriam propinas e não pagamos. Então, uma situação crítica foi criada. Decidimos sair do Brasil por isso. Somos uma empresa cotada na bolsa. Não podemos fazer isso e pagar propinas", disse. "Agora, será diferente", garante.Em 2006, Hayek havia dado outra entrevista ao Estado em que, de forma furiosa, acusava a corrupção no País de impedir negócios. "Não dá para fazer negócios no Brasil. Tudo que precisamos fazer no País só ocorre com corrupção. Não vamos aceitar pagar corrupção para entrar no Brasil. Se for assim, não vamos", afirmou à época. A Swatch chegou a instalar uma fábrica em Manaus, de uma de suas marcas, a Tissot, mas foi embora em 2002. O grupo suíço abriu vários processos judiciais para não pagar taxas que considerava ilegais. "A Swatch está presente em todo o mundo. Só não está na Lua e no Brasil", disse o presidente do maior grupo relojoeiro do mundo. Com receita bruta de 5,9 bilhões de francos suíços no ano passado (US$ 5,7 bilhões), a Swatch atua hoje no mercado brasileiro apenas como distribuidora. Mudanças na legislação acabaram exigindo que a distribuidora cobrasse 20% de IPI sobre seus produtos, o que acabou encarecendo o valor dos relógios ao consumidor. Hayek quer agora voltar, mas antes espera ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para estabelecer as bases do investimento. "Nossos planos para o Brasil são enormes. Queremos transformar o País no terceiro maior destino de investimentos, depois da Suíça e Ásia", disse. Hayek confirma que a ideia é proliferar o número de lojas pelo País de suas diversas marcas e reabrir uma fábrica. "Estamos dispostos a começar, mas precisamos negociar isso com Lula. Ele (o presidente) precisa entender que queremos colocar muito dinheiro no País." O executivo garante que a crise está dando sinais de estar com seus dias contados para o setor de relógios. "Estamos vendo um crescimento das vendas até mesmo nos EUA. Obviamente, não estão ainda nos mesmos níveis dos últimos anos. Mas está melhorando", afirmou.O interesse pelo Brasil faz parte ainda de uma estratégia da empresa de fortalecer sua presença em mercados emergentes. A China e Rússia também se transformaram em pilares importantes da estratégia de vendas da companhia.

A maior empresa de relógios do mundo, a Swatch, prepara investimentos milionários para o Brasil a partir de 2010. O anúncio é do presidente da empresa com sede na Suíça, Nicolas Hayek. Segundo ele, o Brasil passará a ser o terceiro maior destino de investimentos da marca. Apenas os investimentos na sede suíça e no mercado asiático serão superiores aos que o Brasil receberá. A ideia é a de transformar o País em uma das plataformas de produção da empresa nos próximos anos.O anúncio foi feito com exclusividade ao Estado, em uma entrevista concedida por um dos homens mais influentes do setor de relógios no mundo. Com dois relógios em cada pulso, Hayek evita ainda em falar em valores. "Mas serão milhões", garante o executivo, que deixa claro que apenas um valor de base seria US$ 100 milhões para começar os projetos. "Isso seria apenas uma gota d"água inicial", disse o executivo.A Swatch é a empresa que produz relógios como Omega, Breguet, Blancpain e outras 15 marcas. O grupo já teve uma fábrica no Brasil. Mas decidiu abandonar o País no início da década. Segundo Hayek, a empresa foi "chantageada". "As autoridades queriam propinas e não pagamos. Então, uma situação crítica foi criada. Decidimos sair do Brasil por isso. Somos uma empresa cotada na bolsa. Não podemos fazer isso e pagar propinas", disse. "Agora, será diferente", garante.Em 2006, Hayek havia dado outra entrevista ao Estado em que, de forma furiosa, acusava a corrupção no País de impedir negócios. "Não dá para fazer negócios no Brasil. Tudo que precisamos fazer no País só ocorre com corrupção. Não vamos aceitar pagar corrupção para entrar no Brasil. Se for assim, não vamos", afirmou à época. A Swatch chegou a instalar uma fábrica em Manaus, de uma de suas marcas, a Tissot, mas foi embora em 2002. O grupo suíço abriu vários processos judiciais para não pagar taxas que considerava ilegais. "A Swatch está presente em todo o mundo. Só não está na Lua e no Brasil", disse o presidente do maior grupo relojoeiro do mundo. Com receita bruta de 5,9 bilhões de francos suíços no ano passado (US$ 5,7 bilhões), a Swatch atua hoje no mercado brasileiro apenas como distribuidora. Mudanças na legislação acabaram exigindo que a distribuidora cobrasse 20% de IPI sobre seus produtos, o que acabou encarecendo o valor dos relógios ao consumidor. Hayek quer agora voltar, mas antes espera ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para estabelecer as bases do investimento. "Nossos planos para o Brasil são enormes. Queremos transformar o País no terceiro maior destino de investimentos, depois da Suíça e Ásia", disse. Hayek confirma que a ideia é proliferar o número de lojas pelo País de suas diversas marcas e reabrir uma fábrica. "Estamos dispostos a começar, mas precisamos negociar isso com Lula. Ele (o presidente) precisa entender que queremos colocar muito dinheiro no País." O executivo garante que a crise está dando sinais de estar com seus dias contados para o setor de relógios. "Estamos vendo um crescimento das vendas até mesmo nos EUA. Obviamente, não estão ainda nos mesmos níveis dos últimos anos. Mas está melhorando", afirmou.O interesse pelo Brasil faz parte ainda de uma estratégia da empresa de fortalecer sua presença em mercados emergentes. A China e Rússia também se transformaram em pilares importantes da estratégia de vendas da companhia.

A maior empresa de relógios do mundo, a Swatch, prepara investimentos milionários para o Brasil a partir de 2010. O anúncio é do presidente da empresa com sede na Suíça, Nicolas Hayek. Segundo ele, o Brasil passará a ser o terceiro maior destino de investimentos da marca. Apenas os investimentos na sede suíça e no mercado asiático serão superiores aos que o Brasil receberá. A ideia é a de transformar o País em uma das plataformas de produção da empresa nos próximos anos.O anúncio foi feito com exclusividade ao Estado, em uma entrevista concedida por um dos homens mais influentes do setor de relógios no mundo. Com dois relógios em cada pulso, Hayek evita ainda em falar em valores. "Mas serão milhões", garante o executivo, que deixa claro que apenas um valor de base seria US$ 100 milhões para começar os projetos. "Isso seria apenas uma gota d"água inicial", disse o executivo.A Swatch é a empresa que produz relógios como Omega, Breguet, Blancpain e outras 15 marcas. O grupo já teve uma fábrica no Brasil. Mas decidiu abandonar o País no início da década. Segundo Hayek, a empresa foi "chantageada". "As autoridades queriam propinas e não pagamos. Então, uma situação crítica foi criada. Decidimos sair do Brasil por isso. Somos uma empresa cotada na bolsa. Não podemos fazer isso e pagar propinas", disse. "Agora, será diferente", garante.Em 2006, Hayek havia dado outra entrevista ao Estado em que, de forma furiosa, acusava a corrupção no País de impedir negócios. "Não dá para fazer negócios no Brasil. Tudo que precisamos fazer no País só ocorre com corrupção. Não vamos aceitar pagar corrupção para entrar no Brasil. Se for assim, não vamos", afirmou à época. A Swatch chegou a instalar uma fábrica em Manaus, de uma de suas marcas, a Tissot, mas foi embora em 2002. O grupo suíço abriu vários processos judiciais para não pagar taxas que considerava ilegais. "A Swatch está presente em todo o mundo. Só não está na Lua e no Brasil", disse o presidente do maior grupo relojoeiro do mundo. Com receita bruta de 5,9 bilhões de francos suíços no ano passado (US$ 5,7 bilhões), a Swatch atua hoje no mercado brasileiro apenas como distribuidora. Mudanças na legislação acabaram exigindo que a distribuidora cobrasse 20% de IPI sobre seus produtos, o que acabou encarecendo o valor dos relógios ao consumidor. Hayek quer agora voltar, mas antes espera ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para estabelecer as bases do investimento. "Nossos planos para o Brasil são enormes. Queremos transformar o País no terceiro maior destino de investimentos, depois da Suíça e Ásia", disse. Hayek confirma que a ideia é proliferar o número de lojas pelo País de suas diversas marcas e reabrir uma fábrica. "Estamos dispostos a começar, mas precisamos negociar isso com Lula. Ele (o presidente) precisa entender que queremos colocar muito dinheiro no País." O executivo garante que a crise está dando sinais de estar com seus dias contados para o setor de relógios. "Estamos vendo um crescimento das vendas até mesmo nos EUA. Obviamente, não estão ainda nos mesmos níveis dos últimos anos. Mas está melhorando", afirmou.O interesse pelo Brasil faz parte ainda de uma estratégia da empresa de fortalecer sua presença em mercados emergentes. A China e Rússia também se transformaram em pilares importantes da estratégia de vendas da companhia.

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