Dois traficantes foram mortos durante operação policial na Vila do João, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, hoje de madrugada. Os PMs estão na favela desde a segunda-feira de manhã, à caça dos bandidos que executaram dois PMs e dois vigias da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) há três dias, na Avenida Brasil. À tarde, um corpo foi encontrado próximo ao campus onde fica a sede da fundação. O comandante do batalhão da Maré, coronel Álvaro Rodrigues, disse que os criminosos, conhecidos pelos apelidos de Radical e Lecu (as identidades não foram divulgadas), morreram durante tiroteio com os PMs. Ambos seriam ?gerentes? de Edmilson Ferreira dos Santos, o Sassá, que chefia o tráfico na Vila do João e também na Vila dos Pinheiros, duas das favelas ocupadas. Com eles, foram apreendidos um fuzil e quatro granadas. Além de encontrar os assassinos dos PMs e dos vigias, a operação também tem como objetivo levantar informações sobre a invasão do Depósito da Aeronáutica do Rio (DARJ), ocorrida na madrugada de segunda-feira. Segundo o coronel Rodrigues, a polícia já tem certeza de que o grupo responsável pela emboscada em frente a um dos campus da Fiocruz veio do Complexo da Maré. Já os invasores do depósito podem ser de lá ou de outras favelas. Hoje, por volta das 14h30, o corpo de um homem foi encontrado às margens do rio Faria Timbó, que passa do lado do terreno onde fica a sede da Fiocruz (o ataque do fim-de-semana foi na expansão da fundação, do outro lado da Avenida Brasil). O cadáver foi deixado no rio e levado pela água até uma área próxima à instituição e à favela do Mandela.