A União Europeia retirou as sanções sobre portos, petrolíferas e bancos da Líbia nesta sexta-feira, no momento em que ministros de Relações Exteriores estrangeiros se reúnem para discutir como ajudar a transição do país após quatro décadas de governo de Muammar Gaddafi. O Jornal Oficial da UE listou 28 entidades da Líbia liberadas de restrições, incluindo os portos de Trípoli, Al Khoms, Brega, Ras Lanuf, Zawiyah e Zuara. Também foram listadas a companhia aérea Libyan Arab e empresas de energia como a Ras Lanuf Oil and Gas Processing Co. e petrolíferas de Sirte e Waha. Entre os bancos estão o National Commercial Bank, Gumhouria Bank, Sahara Bank e o First Gulf Libyan Bank. A retirada formal das sanções aconteceu um dia depois que potências mundiais se reuniram em Paris e decidiram liberar bilhões de dólares para ajudar os novos líderes da Líbia a reconstruir a nação após 42 anos de governo de Gaddafi. Os ministros de Relações Exteriores da UE que se reúnem no balneário polonês de Sopot nesta sexta e no sábado devem discutir como ajudar a Líbia a se estabilizar depois do conflito. O ministro polonês, Radoslaw Sikorski, disse que a Organização das Nações Unidas terá papel de liderança na ajuda para desmilitarizar a Líbia e garantir a segurança depois do término do conflito, mas a Europa havia mostrado capacidade nessa área também. "A forma que a UE vai ajudar a Líbia depende primeiramente do que as autoridades líbias querem", disse ele à Reuters. "Temos um crédito de confiança entre as novas autoridades e queremos usá-lo para dar suporte a uma transformação pacífica rumo à democracia na Líbia", continuou ele, acrescentando que o país é um aliado precioso para a Europa. (Reportagem de Gabriela Baczynska e David Brunnstrom)
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