Unicamp pede reintegração de posse do prédio da reitoria


Por Ricardo Brandt

Cerca de 400 estudantes permanecem acampados dentro da reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na manhã desta sexta-feira, 04. Eles protestam contra a permissão da entrada da Polícia Militar nos campi de Campinas, Limeira e Piracicaba, concedida após a morte de um aluno durante uma festa clandestina na universidade. A Unicamp informou que entrou com um pedido de reintegração de posse na Justiça.O prédio da reitoria foi invadido na noite de quinta-feira, 03, após uma assembleia promovida pelo Diretório Central Estudantil (DCE) para discutir o assunto. Vidros foram quebrados, paredes e computadores pichados e armários tombados. Durante a madrugada, alunos encapuzados subiram no telhado do prédio.Os funcionários da Unicamp que chegaram para trabalhar na manhã desta sexta-feira, 04, foram dispensados porque os estudantes impedem a entrada de pessoas no local. Um funcionário que trabalha no prédio foi liberado para buscar um remédio em sua mesa e relatou que o local está destruído."Tudo foi revirado. É triste", afirmou o auxiliar administrativo João Marques. Um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Antônio Alves Neto, no entanto, minimizou os estragos. "Algo normal para uma ocupação", disse ele. O sindicato também é contra a entrada da PM no câmpus.O policiamento foi aceito pela reitoria da Unicamp no dia 26 de setembro, após o assassinato do estudante Dênis Papa Casagrande, de 21 anos, aluno do segundo ano de Mecatrônica. Um dia antes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), colocou a PM à disposição para fazer a segurança interna.O estudante levou uma facada no peito e depois foi espancado por um grupo de aproximadamente 15 punks, durante uma festa clandestina que acontecia dentro do câmpus, na madrugada do dia 21.Reivindicações Com cartazes e pichações "Fora PM" e "contra a militarização do campus", os estudantes afirmam que só deixarão o prédio quando a reitoria cancelar a permissão para policiamento no local."A reitoria está usando o crime para fazer algo que quer há muito tempo, que é militarizar o espaço", criticou Diana Nascimento, de 23 anos, uma das coordenadoras do DCE. Em nota, o grupo que se intitula "Ocupação Unicamp 2013" afirma que "desde agosto, a reitoria vem negociando com o governo Geraldo Alckmin para intensificar a repressão à comunidade acadêmica se utilizando da força policial"."Não nos faltam exemplos de truculência e autoritarismo por parte da Polícia Militar em todo País", afirma a nota, ao citar a repressão contra a greve de professores no Rio de Janeiro e também o caso do pedreiro Amarildo, que desapareceu em julho na Favela da Rocinha.Pela internet, o grupo de estudantes pede a doação de colchões e mantimentos para permanecer no prédio, por tempo indeterminado, e convocou mais estudantes para tomarem o local.Reintegração A Unicamp informou que entrou com um pedido de reintegração de posse na Justiça. A PM acompanha a ocupação à distância. O delegado da Polícia Civil, Osvaldo Diez, esteve na reitoria para verificar o dano ao patrimônio e foi registrado um boletim de ocorrência.A Unicamp divulgou nota em que considera "lamentável" a ocupação e a depredação do prédio da reitoria. "Esta invasão, sem prévia apresentação de uma pauta de demandas por parte dos invasores, é injustificável sob qualquer ponto de vista", informou a reitoria.Na nota, a universidade defendeu que a presença da PM no câmpus "diz respeito a um problema de segurança pública e não a uma tentativa de intimidação ou cerceamento das atividades relacionadas ao contexto acadêmico".

Cerca de 400 estudantes permanecem acampados dentro da reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na manhã desta sexta-feira, 04. Eles protestam contra a permissão da entrada da Polícia Militar nos campi de Campinas, Limeira e Piracicaba, concedida após a morte de um aluno durante uma festa clandestina na universidade. A Unicamp informou que entrou com um pedido de reintegração de posse na Justiça.O prédio da reitoria foi invadido na noite de quinta-feira, 03, após uma assembleia promovida pelo Diretório Central Estudantil (DCE) para discutir o assunto. Vidros foram quebrados, paredes e computadores pichados e armários tombados. Durante a madrugada, alunos encapuzados subiram no telhado do prédio.Os funcionários da Unicamp que chegaram para trabalhar na manhã desta sexta-feira, 04, foram dispensados porque os estudantes impedem a entrada de pessoas no local. Um funcionário que trabalha no prédio foi liberado para buscar um remédio em sua mesa e relatou que o local está destruído."Tudo foi revirado. É triste", afirmou o auxiliar administrativo João Marques. Um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Antônio Alves Neto, no entanto, minimizou os estragos. "Algo normal para uma ocupação", disse ele. O sindicato também é contra a entrada da PM no câmpus.O policiamento foi aceito pela reitoria da Unicamp no dia 26 de setembro, após o assassinato do estudante Dênis Papa Casagrande, de 21 anos, aluno do segundo ano de Mecatrônica. Um dia antes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), colocou a PM à disposição para fazer a segurança interna.O estudante levou uma facada no peito e depois foi espancado por um grupo de aproximadamente 15 punks, durante uma festa clandestina que acontecia dentro do câmpus, na madrugada do dia 21.Reivindicações Com cartazes e pichações "Fora PM" e "contra a militarização do campus", os estudantes afirmam que só deixarão o prédio quando a reitoria cancelar a permissão para policiamento no local."A reitoria está usando o crime para fazer algo que quer há muito tempo, que é militarizar o espaço", criticou Diana Nascimento, de 23 anos, uma das coordenadoras do DCE. Em nota, o grupo que se intitula "Ocupação Unicamp 2013" afirma que "desde agosto, a reitoria vem negociando com o governo Geraldo Alckmin para intensificar a repressão à comunidade acadêmica se utilizando da força policial"."Não nos faltam exemplos de truculência e autoritarismo por parte da Polícia Militar em todo País", afirma a nota, ao citar a repressão contra a greve de professores no Rio de Janeiro e também o caso do pedreiro Amarildo, que desapareceu em julho na Favela da Rocinha.Pela internet, o grupo de estudantes pede a doação de colchões e mantimentos para permanecer no prédio, por tempo indeterminado, e convocou mais estudantes para tomarem o local.Reintegração A Unicamp informou que entrou com um pedido de reintegração de posse na Justiça. A PM acompanha a ocupação à distância. O delegado da Polícia Civil, Osvaldo Diez, esteve na reitoria para verificar o dano ao patrimônio e foi registrado um boletim de ocorrência.A Unicamp divulgou nota em que considera "lamentável" a ocupação e a depredação do prédio da reitoria. "Esta invasão, sem prévia apresentação de uma pauta de demandas por parte dos invasores, é injustificável sob qualquer ponto de vista", informou a reitoria.Na nota, a universidade defendeu que a presença da PM no câmpus "diz respeito a um problema de segurança pública e não a uma tentativa de intimidação ou cerceamento das atividades relacionadas ao contexto acadêmico".

Cerca de 400 estudantes permanecem acampados dentro da reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na manhã desta sexta-feira, 04. Eles protestam contra a permissão da entrada da Polícia Militar nos campi de Campinas, Limeira e Piracicaba, concedida após a morte de um aluno durante uma festa clandestina na universidade. A Unicamp informou que entrou com um pedido de reintegração de posse na Justiça.O prédio da reitoria foi invadido na noite de quinta-feira, 03, após uma assembleia promovida pelo Diretório Central Estudantil (DCE) para discutir o assunto. Vidros foram quebrados, paredes e computadores pichados e armários tombados. Durante a madrugada, alunos encapuzados subiram no telhado do prédio.Os funcionários da Unicamp que chegaram para trabalhar na manhã desta sexta-feira, 04, foram dispensados porque os estudantes impedem a entrada de pessoas no local. Um funcionário que trabalha no prédio foi liberado para buscar um remédio em sua mesa e relatou que o local está destruído."Tudo foi revirado. É triste", afirmou o auxiliar administrativo João Marques. Um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Antônio Alves Neto, no entanto, minimizou os estragos. "Algo normal para uma ocupação", disse ele. O sindicato também é contra a entrada da PM no câmpus.O policiamento foi aceito pela reitoria da Unicamp no dia 26 de setembro, após o assassinato do estudante Dênis Papa Casagrande, de 21 anos, aluno do segundo ano de Mecatrônica. Um dia antes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), colocou a PM à disposição para fazer a segurança interna.O estudante levou uma facada no peito e depois foi espancado por um grupo de aproximadamente 15 punks, durante uma festa clandestina que acontecia dentro do câmpus, na madrugada do dia 21.Reivindicações Com cartazes e pichações "Fora PM" e "contra a militarização do campus", os estudantes afirmam que só deixarão o prédio quando a reitoria cancelar a permissão para policiamento no local."A reitoria está usando o crime para fazer algo que quer há muito tempo, que é militarizar o espaço", criticou Diana Nascimento, de 23 anos, uma das coordenadoras do DCE. Em nota, o grupo que se intitula "Ocupação Unicamp 2013" afirma que "desde agosto, a reitoria vem negociando com o governo Geraldo Alckmin para intensificar a repressão à comunidade acadêmica se utilizando da força policial"."Não nos faltam exemplos de truculência e autoritarismo por parte da Polícia Militar em todo País", afirma a nota, ao citar a repressão contra a greve de professores no Rio de Janeiro e também o caso do pedreiro Amarildo, que desapareceu em julho na Favela da Rocinha.Pela internet, o grupo de estudantes pede a doação de colchões e mantimentos para permanecer no prédio, por tempo indeterminado, e convocou mais estudantes para tomarem o local.Reintegração A Unicamp informou que entrou com um pedido de reintegração de posse na Justiça. A PM acompanha a ocupação à distância. O delegado da Polícia Civil, Osvaldo Diez, esteve na reitoria para verificar o dano ao patrimônio e foi registrado um boletim de ocorrência.A Unicamp divulgou nota em que considera "lamentável" a ocupação e a depredação do prédio da reitoria. "Esta invasão, sem prévia apresentação de uma pauta de demandas por parte dos invasores, é injustificável sob qualquer ponto de vista", informou a reitoria.Na nota, a universidade defendeu que a presença da PM no câmpus "diz respeito a um problema de segurança pública e não a uma tentativa de intimidação ou cerceamento das atividades relacionadas ao contexto acadêmico".

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