A Universidade Santo Amaro (Unisa) decidiu expulsar seus alunos do curso de Medicina que ficaram nus e fizeram uma sessão de masturbação coletiva enquanto viam um jogo de vôlei feminino em um campeonato universitário em São Carlos, no interior paulista, em abril. A conduta ocorreu após a vitória do time de alunas da Unisa sobre atletas da Universidade São Camilo, segundo nota da própria São Camilo.
As imagens viralizaram nos últimos dias, e a Unisa anunciou a decisão em nota emitida na noite desta segunda-feira, 18. A instituição não informou quantos alunos já foram identificados e expulsos. A Polícia Civil investiga o episódio e o Ministério da Educação (MEC) notificou a instituição de ensino.
Os gestos podem ser tipificados como crime de ato obsceno – manifestação de cunho sexual em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade –, conforme o artigo 233 do Código Penal. O crime é punido com detenção de três meses a um ano, ou multa.
Segundo a nota, na manhã desta segunda-feira a reitoria da Unisa tomou conhecimento “de publicações em redes sociais divulgadas durante o fim de semana de 16 e 17 de setembro contendo gravíssimas ocorrências envolvendo alunos de seu curso de Medicina”. O texto segue: “De acordo com tais vídeos, alguns alunos, todos do sexo masculino, executaram atos execráveis, ao se exporem seminus e simulares atos de cunho sexual durante competição esportiva envolvendo estudantes de Medicina da Unisa e de outra universidade, realizada na cidade de São Carlos”.
A universidade afirma que “mesmo tendo esses (fatos) ocorridos fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento ainda nesta mesma segunda-feira, com a expulsão dos alunos identificados até o momento”. A Unisa informa ainda que “considerando a gravidade dos fatos, já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis”.
O texto, que é assinado pelo reitor Eloi Francisco Rosa, termina afirmando que a instituição de ensino, “com mais de 55 anos de história”, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores”.