Universidades planejam bolsas para a Amazônia


Por Bruno Deiro

Um grupo de reitores de universidades do Norte do País pretende finalizar até novembro uma proposta de ampliação no número de pesquisadores na Amazônia. Por meio de bolsas acadêmicas, espera-se que em uma década 10 mil novos acadêmicos se fixem na região - atualmente, seriam cerca de 3 mil.Um esboço da proposta foi apresentado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) no fim de agosto, em audiência no Senado. Um plano inicial prevê para os próximos dez anos investimentos de R$ 1,7 bilhão no total, com bolsas de R$ 3 mil mensais pagas durante os primeiros cinco anos de contrato com uma instituição acadêmica ou de pesquisa na região. O programa de desenvolvimento da capacidade de pesquisa e de formação em pós-graduação deve ser estendido a todas as universidades federais dos Estados amazônicos.Segundo Carlos Maneschy, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), a ideia é que o projeto esteja pronto até o próximo encontro do Fórum de Reitores das Universidades da Região Norte, em novembro, no Amapá. "Os senadores receberam com bons olhos, assim como o Ministério de Ciência e Tecnologia. Mas o projeto ainda precisa ser discutido", afirma. A assessoria do ministério confirma que houve uma aceitação inicial após a audiência realizada no Senado, mas afirma que ainda não há nenhuma ação concreta e que só vai avaliar a questão quando receber a proposta de maneira oficial.Ennio Candotti, diretor do Museu da Amazônia e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma que mesmo os 3 mil pesquisadores não apresentam graduação suficiente para uma pesquisa de qualidade. Desses 3 mil, diria que cerca de 2 mil são jovens que estão se iniciando na área de pesquisa", afirma Candotti. "Há muito poucos laboratórios de excelência na região." Segundo ele, seriam apenas dez os pesquisadores da categoria 1 no nível 1A - classificação máxima concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológicos (CNPq).InsuficienteUm dos principais argumentos usados pelos reitores é um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), de 2007, que mostrou que quase 70% dos trabalhos publicados nas principais revistas científicas do mundo eram produzidos por pesquisadores que não viviam nos Estados amazônicos.Para Adalberto Luis Val, diretor do Inpa, o fornecimento de bolsas não resolve o problema. "Não adianta usar instrumentos frágeis de fixação de recursos humanos como são as bolsas", diz Val. "Faltam concursos para a contratação definitiva, pois sem esse sistema a gente fica numa situação frágil. São poucas instituições na área e os recursos destinados pelo MCT são escassos." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Um grupo de reitores de universidades do Norte do País pretende finalizar até novembro uma proposta de ampliação no número de pesquisadores na Amazônia. Por meio de bolsas acadêmicas, espera-se que em uma década 10 mil novos acadêmicos se fixem na região - atualmente, seriam cerca de 3 mil.Um esboço da proposta foi apresentado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) no fim de agosto, em audiência no Senado. Um plano inicial prevê para os próximos dez anos investimentos de R$ 1,7 bilhão no total, com bolsas de R$ 3 mil mensais pagas durante os primeiros cinco anos de contrato com uma instituição acadêmica ou de pesquisa na região. O programa de desenvolvimento da capacidade de pesquisa e de formação em pós-graduação deve ser estendido a todas as universidades federais dos Estados amazônicos.Segundo Carlos Maneschy, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), a ideia é que o projeto esteja pronto até o próximo encontro do Fórum de Reitores das Universidades da Região Norte, em novembro, no Amapá. "Os senadores receberam com bons olhos, assim como o Ministério de Ciência e Tecnologia. Mas o projeto ainda precisa ser discutido", afirma. A assessoria do ministério confirma que houve uma aceitação inicial após a audiência realizada no Senado, mas afirma que ainda não há nenhuma ação concreta e que só vai avaliar a questão quando receber a proposta de maneira oficial.Ennio Candotti, diretor do Museu da Amazônia e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma que mesmo os 3 mil pesquisadores não apresentam graduação suficiente para uma pesquisa de qualidade. Desses 3 mil, diria que cerca de 2 mil são jovens que estão se iniciando na área de pesquisa", afirma Candotti. "Há muito poucos laboratórios de excelência na região." Segundo ele, seriam apenas dez os pesquisadores da categoria 1 no nível 1A - classificação máxima concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológicos (CNPq).InsuficienteUm dos principais argumentos usados pelos reitores é um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), de 2007, que mostrou que quase 70% dos trabalhos publicados nas principais revistas científicas do mundo eram produzidos por pesquisadores que não viviam nos Estados amazônicos.Para Adalberto Luis Val, diretor do Inpa, o fornecimento de bolsas não resolve o problema. "Não adianta usar instrumentos frágeis de fixação de recursos humanos como são as bolsas", diz Val. "Faltam concursos para a contratação definitiva, pois sem esse sistema a gente fica numa situação frágil. São poucas instituições na área e os recursos destinados pelo MCT são escassos." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Um grupo de reitores de universidades do Norte do País pretende finalizar até novembro uma proposta de ampliação no número de pesquisadores na Amazônia. Por meio de bolsas acadêmicas, espera-se que em uma década 10 mil novos acadêmicos se fixem na região - atualmente, seriam cerca de 3 mil.Um esboço da proposta foi apresentado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) no fim de agosto, em audiência no Senado. Um plano inicial prevê para os próximos dez anos investimentos de R$ 1,7 bilhão no total, com bolsas de R$ 3 mil mensais pagas durante os primeiros cinco anos de contrato com uma instituição acadêmica ou de pesquisa na região. O programa de desenvolvimento da capacidade de pesquisa e de formação em pós-graduação deve ser estendido a todas as universidades federais dos Estados amazônicos.Segundo Carlos Maneschy, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), a ideia é que o projeto esteja pronto até o próximo encontro do Fórum de Reitores das Universidades da Região Norte, em novembro, no Amapá. "Os senadores receberam com bons olhos, assim como o Ministério de Ciência e Tecnologia. Mas o projeto ainda precisa ser discutido", afirma. A assessoria do ministério confirma que houve uma aceitação inicial após a audiência realizada no Senado, mas afirma que ainda não há nenhuma ação concreta e que só vai avaliar a questão quando receber a proposta de maneira oficial.Ennio Candotti, diretor do Museu da Amazônia e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma que mesmo os 3 mil pesquisadores não apresentam graduação suficiente para uma pesquisa de qualidade. Desses 3 mil, diria que cerca de 2 mil são jovens que estão se iniciando na área de pesquisa", afirma Candotti. "Há muito poucos laboratórios de excelência na região." Segundo ele, seriam apenas dez os pesquisadores da categoria 1 no nível 1A - classificação máxima concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológicos (CNPq).InsuficienteUm dos principais argumentos usados pelos reitores é um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), de 2007, que mostrou que quase 70% dos trabalhos publicados nas principais revistas científicas do mundo eram produzidos por pesquisadores que não viviam nos Estados amazônicos.Para Adalberto Luis Val, diretor do Inpa, o fornecimento de bolsas não resolve o problema. "Não adianta usar instrumentos frágeis de fixação de recursos humanos como são as bolsas", diz Val. "Faltam concursos para a contratação definitiva, pois sem esse sistema a gente fica numa situação frágil. São poucas instituições na área e os recursos destinados pelo MCT são escassos." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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