Usina nuclear de Angra 1 registrou vazamento de água radioativa em setembro de 2022


Eletronuclear foi autuada por demora de 21 dias para comunicar incidente à CNEN e ao Ibama; estatal diz que volume liberado foi pequeno, de baixo teor de radioatividade e promete recorrer

Por Denise Luna
Atualização:

RIO - A Eletronuclear demorou 21 dias para comunicar à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) um vazamento de material radioativo da usina nuclear de Angra 1 na Baía de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). A estatal, que administra as plantas de energia nuclear do Brasil, foi autuada pelo lançamento no mar de água contaminada por radiação e vai recorrer.

As informações sobre o incidente foram divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Estadão. De acordo com a empresa, em 16 de setembro do ano passado, Angra 1 fez a liberação não programada de um pequeno volume de água. O material continha substâncias de baixo teor de radioatividade.

Eletronuclear alega que vazamento foi pequeno e de material de baixo teor radioativo Foto: Lucas Landau
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“Como os valores da liberação se encontravam abaixo dos limites da legislação que caracterizam a ocorrência de um acidente, a empresa tratou o evento como incidente operacional e informou o assunto nos relatórios regulares previstos”, disse a estatal, em nota.

“Inicialmente, por conta própria e depois sob demanda do Ibama, a empresa intensificou a monitoração radiológica no local de despejo das águas fluviais sem encontrar nenhum resultado significativo”, completou a empresa.

Na semana passada, a Eletronuclear recebeu do Ministério do Meio Ambiente os relatórios de fiscalização e autos de infração, mas disse que vai recorrer. Ao comentar a acusação de falta de transparência sobre o ocorrido, a empresa afirmou que os comunicados sobre o assunto foram publicados em seu site na época.

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A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal em Angra determinou que a empresa Eletronuclear realize, em até 30 dias, avaliação completa dos danos causados. Segundo a decisão, a Eletronuclear deve fazer a análise completa da possível contaminação de água, solo e ar, bem como de eventuais impactos na saúde humana e na vida das pessoas.

Também deverá divulgar, em 30 dias, informações objetivas sobre o acidente e possíveis impactos, além de seguir as normas e licenças estabelecidas pelos órgãos regulatórios. O MPF questiona a postura da empresa e aponta evidências de que teria havido tentativa de esconder o vazamento.

Segundo o órgão, a demora do comunicado “levanta dúvidas sobre a transparência e a seriedade com que a Eletronuclear trata a questão da segurança e a comunicação de incidentes”. O órgão destaca ainda, a importância de responsabilizar a Eletronuclear em relação ao acidente, com o objetivo de compensar eventuais danos.

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Na liminar, a Justiça Federal também determinou que a empresa evite qualquer atividade que possa agravar a contaminação da água, solo e ar na área afetada pelo acidente, incluindo o descarte inadequado de resíduos radioativos e a utilização de equipamentos e sistemas que apresentem riscos à segurança e à saúde humana.

A prefeitura de Angra informou, em nota, que vai entrar como coautora na ação que o MPF move contra a Eletronuclear por não ter informado imediatamente sobre o vazamento de material radioativo na usina Angra 1.

Na manhã desta quinta-feira, 23, o prefeito Fernando Jordão (MDB) disse ter falado por telefone com o presidente da estatal, Eduardo Grivot de Grand Court, e cobrado explicações.

RIO - A Eletronuclear demorou 21 dias para comunicar à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) um vazamento de material radioativo da usina nuclear de Angra 1 na Baía de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). A estatal, que administra as plantas de energia nuclear do Brasil, foi autuada pelo lançamento no mar de água contaminada por radiação e vai recorrer.

As informações sobre o incidente foram divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Estadão. De acordo com a empresa, em 16 de setembro do ano passado, Angra 1 fez a liberação não programada de um pequeno volume de água. O material continha substâncias de baixo teor de radioatividade.

Eletronuclear alega que vazamento foi pequeno e de material de baixo teor radioativo Foto: Lucas Landau

“Como os valores da liberação se encontravam abaixo dos limites da legislação que caracterizam a ocorrência de um acidente, a empresa tratou o evento como incidente operacional e informou o assunto nos relatórios regulares previstos”, disse a estatal, em nota.

“Inicialmente, por conta própria e depois sob demanda do Ibama, a empresa intensificou a monitoração radiológica no local de despejo das águas fluviais sem encontrar nenhum resultado significativo”, completou a empresa.

Na semana passada, a Eletronuclear recebeu do Ministério do Meio Ambiente os relatórios de fiscalização e autos de infração, mas disse que vai recorrer. Ao comentar a acusação de falta de transparência sobre o ocorrido, a empresa afirmou que os comunicados sobre o assunto foram publicados em seu site na época.

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal em Angra determinou que a empresa Eletronuclear realize, em até 30 dias, avaliação completa dos danos causados. Segundo a decisão, a Eletronuclear deve fazer a análise completa da possível contaminação de água, solo e ar, bem como de eventuais impactos na saúde humana e na vida das pessoas.

Também deverá divulgar, em 30 dias, informações objetivas sobre o acidente e possíveis impactos, além de seguir as normas e licenças estabelecidas pelos órgãos regulatórios. O MPF questiona a postura da empresa e aponta evidências de que teria havido tentativa de esconder o vazamento.

Segundo o órgão, a demora do comunicado “levanta dúvidas sobre a transparência e a seriedade com que a Eletronuclear trata a questão da segurança e a comunicação de incidentes”. O órgão destaca ainda, a importância de responsabilizar a Eletronuclear em relação ao acidente, com o objetivo de compensar eventuais danos.

Na liminar, a Justiça Federal também determinou que a empresa evite qualquer atividade que possa agravar a contaminação da água, solo e ar na área afetada pelo acidente, incluindo o descarte inadequado de resíduos radioativos e a utilização de equipamentos e sistemas que apresentem riscos à segurança e à saúde humana.

A prefeitura de Angra informou, em nota, que vai entrar como coautora na ação que o MPF move contra a Eletronuclear por não ter informado imediatamente sobre o vazamento de material radioativo na usina Angra 1.

Na manhã desta quinta-feira, 23, o prefeito Fernando Jordão (MDB) disse ter falado por telefone com o presidente da estatal, Eduardo Grivot de Grand Court, e cobrado explicações.

RIO - A Eletronuclear demorou 21 dias para comunicar à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) um vazamento de material radioativo da usina nuclear de Angra 1 na Baía de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). A estatal, que administra as plantas de energia nuclear do Brasil, foi autuada pelo lançamento no mar de água contaminada por radiação e vai recorrer.

As informações sobre o incidente foram divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Estadão. De acordo com a empresa, em 16 de setembro do ano passado, Angra 1 fez a liberação não programada de um pequeno volume de água. O material continha substâncias de baixo teor de radioatividade.

Eletronuclear alega que vazamento foi pequeno e de material de baixo teor radioativo Foto: Lucas Landau

“Como os valores da liberação se encontravam abaixo dos limites da legislação que caracterizam a ocorrência de um acidente, a empresa tratou o evento como incidente operacional e informou o assunto nos relatórios regulares previstos”, disse a estatal, em nota.

“Inicialmente, por conta própria e depois sob demanda do Ibama, a empresa intensificou a monitoração radiológica no local de despejo das águas fluviais sem encontrar nenhum resultado significativo”, completou a empresa.

Na semana passada, a Eletronuclear recebeu do Ministério do Meio Ambiente os relatórios de fiscalização e autos de infração, mas disse que vai recorrer. Ao comentar a acusação de falta de transparência sobre o ocorrido, a empresa afirmou que os comunicados sobre o assunto foram publicados em seu site na época.

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal em Angra determinou que a empresa Eletronuclear realize, em até 30 dias, avaliação completa dos danos causados. Segundo a decisão, a Eletronuclear deve fazer a análise completa da possível contaminação de água, solo e ar, bem como de eventuais impactos na saúde humana e na vida das pessoas.

Também deverá divulgar, em 30 dias, informações objetivas sobre o acidente e possíveis impactos, além de seguir as normas e licenças estabelecidas pelos órgãos regulatórios. O MPF questiona a postura da empresa e aponta evidências de que teria havido tentativa de esconder o vazamento.

Segundo o órgão, a demora do comunicado “levanta dúvidas sobre a transparência e a seriedade com que a Eletronuclear trata a questão da segurança e a comunicação de incidentes”. O órgão destaca ainda, a importância de responsabilizar a Eletronuclear em relação ao acidente, com o objetivo de compensar eventuais danos.

Na liminar, a Justiça Federal também determinou que a empresa evite qualquer atividade que possa agravar a contaminação da água, solo e ar na área afetada pelo acidente, incluindo o descarte inadequado de resíduos radioativos e a utilização de equipamentos e sistemas que apresentem riscos à segurança e à saúde humana.

A prefeitura de Angra informou, em nota, que vai entrar como coautora na ação que o MPF move contra a Eletronuclear por não ter informado imediatamente sobre o vazamento de material radioativo na usina Angra 1.

Na manhã desta quinta-feira, 23, o prefeito Fernando Jordão (MDB) disse ter falado por telefone com o presidente da estatal, Eduardo Grivot de Grand Court, e cobrado explicações.

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