‘Vamos acabar com todas as barragens como a de Brumadinho’, diz presidente da Vale


Decisão foi anunciada nesta terça-feira em Brasília após reunião com ministros. O descomissionamento, como é chamado o processo de desativação total das estruturas, englobará dez barragens em Minas

Por Anne Warth
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, anunciou que a companhia vai descomissionar todas as barragens que possui semelhantes à de Brumadinho, que se rompeu na última sexta-feira, 25, e causou a morte de pelo menos 84 pessoas. Em entrevista coletiva após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ele disse que o programa vai custar R$ 5 bilhões e deve reduzir a produção da companhia em 10%.

Bombeiros fazem buscas por pessoas desaparecidas na area onde ficaca a Pousada Nova Estancia em Brumadinho. Foto: Wilton Junior/Estadão

Schvartsman disse que a Vale possui hoje dez barragens no modelo de Brumadinho, chamada de à montante, todas em Minas Gerais, já desativadas. Desde o acidente de Mariana, em 2015, nove foram desmontadas. A ideia da companhia, após Mariana, era fazer esse descomissionamento de forma gradual, conforme indicavam laudos internacionais. Com a tragédia de Brumadinho, a direção atual decidiu executar o plano imediatamente. O prazo de descomissionamento de cada barragem será de um a três anos.

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Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

1 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
2 | 37

Moradores

Foto: Mauro Pimentel/AFP
3 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
4 | 37

Animais

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 37

Dificuldade no resgate

Foto: Douglas Magno/AFP
6 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
7 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
8 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
9 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
10 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
11 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
12 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
13 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
14 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
15 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
21 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
22 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
23 | 37

Presidente Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
24 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Paulo Fonseca/EFE
25 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
26 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
27 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
28 | 37

Batalha pela Vida

29 | 37

Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
37 | 37

Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

"Vamos eliminar e acabar com todas as barragens a montante, com efeito imediato", disse ele, ressaltando que o plano de ação da companhia, construído três ou quatro dias após o acidente, está acima de qualquer norma legal e internacional. "A decisão da companhia é que não podemos mais conviver com esse tipo de barragem", acrescentou. "Trouxemos hoje a decisão de fazer o que é necessário para encerrar dúvidas."

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Nesse período em que as barragens serão descomissionadas, a Vale vai paralisar a produção de minério nas áreas adjacentes, hoje feita a seco. Isso vai reduzir a produção da companhia em 40 milhões de toneladas por ano, ou cerca de 10% da produção anual, de 400 milhões de toneladas por ano. "A única maneira de fazer o descomissionamento é interrompendo a operação", disse, ressaltando que haveria risco em manter as atividades em paralelo com o descomissionamento. No período, a Vale vai diminuir a produção de 11 milhões de toneladas de pelotas. "A decisão terá impacto produtivo na companhia", reconheceu o executivo. Ele não comentou se haverá algum impacto no preço do minério de ferro - a Vale é uma das maiores mineradoras do mundo. As informações sobre o plano serão enviadas em fato relevante ainda nesta noite. Os projetos de licenciamento para o descomissionamento das barragens estão prontos e serão enviados aos órgãos ambientais em até 45 dias. Após aprovação do licenciamento, as obras podem começar quase que imediatamente. "A Vale fará um esforço inédito para dar uma resposta cabal, à altura dessa enorme tragédia", disse. Em Brumadinho, a limpeza e o descomissionamento vão começar após os trabalhos de resgate das vítimas do acidente. O executivo disse que a Vale nunca teve problemas com as barragens que tradicionalmente utiliza, de maciço. Segundo ele, todas as estruturas são monitoradas e passam por auditoria de forma constante. "Temos laudos e auditorias que dizem que as estruturas têm estabilidade, mas resolvemos não aceitar esses laudos e agir de outra maneira", disse. "Esse é um plano definitivo e drástico, para não deixar dúvidas sobre a segurança." Schvartsman disse que a Vale não sofreu qualquer pressão do governo a respeito do plano. "Foram reuniões absolutamente técnicas e não houve qualquer tipo de pressão. A Vale veio com um plano pronto e apresentou ao governo o plano que pretende praticar", disse. O executivo disse que a empresa vai manter e realocar cerca de 5 mil empregados, próprios e terceirizados, que trabalham nessas áreas onde o descomissionamento será realizado. Ele negou ainda que haja discrepâncias entre a legislação brasileira e a internacional no que diz respeito à segurança de barragens.

Para entender

O descomissionamento inclui a retirada dos rejeitos da barragem – em um processo em que podem ser usadas retroescavadeiras para resíduos sólidos ou bombeamento para líquidos. Após a aprovação do licenciamento pelo governo, as obras podem começar quase que imediatamente. No fim, a área deverá ser devolvida à natureza, com reflorestamento, por exemplo. A Vale estima que todo o processo deva custar R$ 5 bilhões.

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BRASÍLIA - O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, anunciou que a companhia vai descomissionar todas as barragens que possui semelhantes à de Brumadinho, que se rompeu na última sexta-feira, 25, e causou a morte de pelo menos 84 pessoas. Em entrevista coletiva após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ele disse que o programa vai custar R$ 5 bilhões e deve reduzir a produção da companhia em 10%.

Bombeiros fazem buscas por pessoas desaparecidas na area onde ficaca a Pousada Nova Estancia em Brumadinho. Foto: Wilton Junior/Estadão

Schvartsman disse que a Vale possui hoje dez barragens no modelo de Brumadinho, chamada de à montante, todas em Minas Gerais, já desativadas. Desde o acidente de Mariana, em 2015, nove foram desmontadas. A ideia da companhia, após Mariana, era fazer esse descomissionamento de forma gradual, conforme indicavam laudos internacionais. Com a tragédia de Brumadinho, a direção atual decidiu executar o plano imediatamente. O prazo de descomissionamento de cada barragem será de um a três anos.

Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Moradores

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Catástrofe ambiental e humana

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Animais

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Dificuldade no resgate

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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Presidente Bolsonaro

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Batalha pela Vida

29 | 37

Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

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31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

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33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

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36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

"Vamos eliminar e acabar com todas as barragens a montante, com efeito imediato", disse ele, ressaltando que o plano de ação da companhia, construído três ou quatro dias após o acidente, está acima de qualquer norma legal e internacional. "A decisão da companhia é que não podemos mais conviver com esse tipo de barragem", acrescentou. "Trouxemos hoje a decisão de fazer o que é necessário para encerrar dúvidas."

Nesse período em que as barragens serão descomissionadas, a Vale vai paralisar a produção de minério nas áreas adjacentes, hoje feita a seco. Isso vai reduzir a produção da companhia em 40 milhões de toneladas por ano, ou cerca de 10% da produção anual, de 400 milhões de toneladas por ano. "A única maneira de fazer o descomissionamento é interrompendo a operação", disse, ressaltando que haveria risco em manter as atividades em paralelo com o descomissionamento. No período, a Vale vai diminuir a produção de 11 milhões de toneladas de pelotas. "A decisão terá impacto produtivo na companhia", reconheceu o executivo. Ele não comentou se haverá algum impacto no preço do minério de ferro - a Vale é uma das maiores mineradoras do mundo. As informações sobre o plano serão enviadas em fato relevante ainda nesta noite. Os projetos de licenciamento para o descomissionamento das barragens estão prontos e serão enviados aos órgãos ambientais em até 45 dias. Após aprovação do licenciamento, as obras podem começar quase que imediatamente. "A Vale fará um esforço inédito para dar uma resposta cabal, à altura dessa enorme tragédia", disse. Em Brumadinho, a limpeza e o descomissionamento vão começar após os trabalhos de resgate das vítimas do acidente. O executivo disse que a Vale nunca teve problemas com as barragens que tradicionalmente utiliza, de maciço. Segundo ele, todas as estruturas são monitoradas e passam por auditoria de forma constante. "Temos laudos e auditorias que dizem que as estruturas têm estabilidade, mas resolvemos não aceitar esses laudos e agir de outra maneira", disse. "Esse é um plano definitivo e drástico, para não deixar dúvidas sobre a segurança." Schvartsman disse que a Vale não sofreu qualquer pressão do governo a respeito do plano. "Foram reuniões absolutamente técnicas e não houve qualquer tipo de pressão. A Vale veio com um plano pronto e apresentou ao governo o plano que pretende praticar", disse. O executivo disse que a empresa vai manter e realocar cerca de 5 mil empregados, próprios e terceirizados, que trabalham nessas áreas onde o descomissionamento será realizado. Ele negou ainda que haja discrepâncias entre a legislação brasileira e a internacional no que diz respeito à segurança de barragens.

Para entender

O descomissionamento inclui a retirada dos rejeitos da barragem – em um processo em que podem ser usadas retroescavadeiras para resíduos sólidos ou bombeamento para líquidos. Após a aprovação do licenciamento pelo governo, as obras podem começar quase que imediatamente. No fim, a área deverá ser devolvida à natureza, com reflorestamento, por exemplo. A Vale estima que todo o processo deva custar R$ 5 bilhões.

BRASÍLIA - O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, anunciou que a companhia vai descomissionar todas as barragens que possui semelhantes à de Brumadinho, que se rompeu na última sexta-feira, 25, e causou a morte de pelo menos 84 pessoas. Em entrevista coletiva após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ele disse que o programa vai custar R$ 5 bilhões e deve reduzir a produção da companhia em 10%.

Bombeiros fazem buscas por pessoas desaparecidas na area onde ficaca a Pousada Nova Estancia em Brumadinho. Foto: Wilton Junior/Estadão

Schvartsman disse que a Vale possui hoje dez barragens no modelo de Brumadinho, chamada de à montante, todas em Minas Gerais, já desativadas. Desde o acidente de Mariana, em 2015, nove foram desmontadas. A ideia da companhia, após Mariana, era fazer esse descomissionamento de forma gradual, conforme indicavam laudos internacionais. Com a tragédia de Brumadinho, a direção atual decidiu executar o plano imediatamente. O prazo de descomissionamento de cada barragem será de um a três anos.

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Tragédia em Minas Gerais

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Moradores

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Catástrofe ambiental e humana

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Animais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Presidente Bolsonaro

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
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Batalha pela Vida

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Estrada

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30 | 37

Carro atolado

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31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
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Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
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Corpo encontrado

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Ponte

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Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
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Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

"Vamos eliminar e acabar com todas as barragens a montante, com efeito imediato", disse ele, ressaltando que o plano de ação da companhia, construído três ou quatro dias após o acidente, está acima de qualquer norma legal e internacional. "A decisão da companhia é que não podemos mais conviver com esse tipo de barragem", acrescentou. "Trouxemos hoje a decisão de fazer o que é necessário para encerrar dúvidas."

Nesse período em que as barragens serão descomissionadas, a Vale vai paralisar a produção de minério nas áreas adjacentes, hoje feita a seco. Isso vai reduzir a produção da companhia em 40 milhões de toneladas por ano, ou cerca de 10% da produção anual, de 400 milhões de toneladas por ano. "A única maneira de fazer o descomissionamento é interrompendo a operação", disse, ressaltando que haveria risco em manter as atividades em paralelo com o descomissionamento. No período, a Vale vai diminuir a produção de 11 milhões de toneladas de pelotas. "A decisão terá impacto produtivo na companhia", reconheceu o executivo. Ele não comentou se haverá algum impacto no preço do minério de ferro - a Vale é uma das maiores mineradoras do mundo. As informações sobre o plano serão enviadas em fato relevante ainda nesta noite. Os projetos de licenciamento para o descomissionamento das barragens estão prontos e serão enviados aos órgãos ambientais em até 45 dias. Após aprovação do licenciamento, as obras podem começar quase que imediatamente. "A Vale fará um esforço inédito para dar uma resposta cabal, à altura dessa enorme tragédia", disse. Em Brumadinho, a limpeza e o descomissionamento vão começar após os trabalhos de resgate das vítimas do acidente. O executivo disse que a Vale nunca teve problemas com as barragens que tradicionalmente utiliza, de maciço. Segundo ele, todas as estruturas são monitoradas e passam por auditoria de forma constante. "Temos laudos e auditorias que dizem que as estruturas têm estabilidade, mas resolvemos não aceitar esses laudos e agir de outra maneira", disse. "Esse é um plano definitivo e drástico, para não deixar dúvidas sobre a segurança." Schvartsman disse que a Vale não sofreu qualquer pressão do governo a respeito do plano. "Foram reuniões absolutamente técnicas e não houve qualquer tipo de pressão. A Vale veio com um plano pronto e apresentou ao governo o plano que pretende praticar", disse. O executivo disse que a empresa vai manter e realocar cerca de 5 mil empregados, próprios e terceirizados, que trabalham nessas áreas onde o descomissionamento será realizado. Ele negou ainda que haja discrepâncias entre a legislação brasileira e a internacional no que diz respeito à segurança de barragens.

Para entender

O descomissionamento inclui a retirada dos rejeitos da barragem – em um processo em que podem ser usadas retroescavadeiras para resíduos sólidos ou bombeamento para líquidos. Após a aprovação do licenciamento pelo governo, as obras podem começar quase que imediatamente. No fim, a área deverá ser devolvida à natureza, com reflorestamento, por exemplo. A Vale estima que todo o processo deva custar R$ 5 bilhões.

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