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A chegada de um estudante cego à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professor Nagib Coelho Matni, em Belém (Pará), modificou o cotidiano de todos os alunos. Na aula de física, o jovem precisava aprender conceitos de óptica, saber sobre luz, cores e a formação de imagens.
Com essa necessidade nas mãos, mas sem recursos de acessibilidade disponíveis para a função, o professor Bruno Ricardo Pinto dos Santos decidiu transformar a barreira em um projeto inclusivo e apresentou aos alunos o desafio. O resultado foi a criação de uma solução que levou ao colega cego o conhecimento por meio do tato.
Os detalhes dessa história, que começou em 2015, estão no livro digital gratuito 'Criatividade - mudar a educação, transformar o mundo'. O capítulo é escrito pelo professor e pesquisador em educação inclusiva Rodrigo Mendes.
"É a importância da criatividade como competência desenvolvida no ambiente escolar, e o potencial criativo dos jovens, com e sem deficiência, para resolver problemas e, principalmente, para o compromisso social", diz Rodrigo Mendes.
"Vivemos um momento em que essa criatividade deixou de ser um tema estratégico apenas para quem atua em áreas como ciência e tecnologia. É substancial para muitos outros universos, como o da escola", ressalta o autor. "E para que ela tenha condições de aflorar, precisamos inserir no cotidiano das instituições de ensino, de forma intencional, desafios que engajem o aluno, o educador e o gestor", afirma o professor.
"Isso corresponde a garantir espaço para o risco, para o erro e para a inovação. A escola que sonhamos para todos só vingará se assumir a criatividade como um potente catalisador para o cumprimento de sua nobre missão", comenta o pesquisador.
A criatividade está entre as dez competências gerais estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular na superação de desafios na educação e na sociedade.
INCLUSÃO MULTIPLICADA - A obra apresenta experiências de educação inclusiva em escolas de várias regiões do Brasil. São 43 autores e autoras, entre estudantes, professores, gestores de escola, pesquisadores, profissionais do setor social e docentes universitários, que assinam 16 textos.
O ebook foi organizado pelo programa Escolas Transformadoras com a organização social global Ashoka e pelo Instituto Alana.
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