Diversidade e Inclusão

Lei garante Libras em shows e pune a discriminação


Episódio 125 da coluna Vencer Limites, que vai ao ar toda terça-feira, às 7h20, ao vivo, no Jornal Eldorado, da Rádio Eldorado (FM 107,3 SP).

Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Janelas de Libras foram expostas em telões nas laterais do palco montado na praia de Santos que recebeu a banda Jota Quest.  

A lei que determina a oferta de recursos de acessibilidade em eventos culturais, inclusive a tradução e interpretação de um espetáculo na Língua Brasileira de Sinais, é a mesma que pune com multa e prisão quem discriminar pessoas com deficiência.

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Destaco aqui, obviamente, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (n° 13.146), sancionada em 6 de julho de 2015 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em vigor no País desde 2016.

Libras é citada em 16 trechos da LBI e estabelecida como obrigatória em todos os setores, não apenas na Cultura, assim como a discriminação é mencionada em seis trechos, entre os quais é sempre importante destacar o artigo 88.

"Art 88 - Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:

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Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encontrar-se sob cuidado e responsabilidade do agente.

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza:

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Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa".

Print circula nas redes.  
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Diante dessa legislação, a publicação da médica endocrinologista Maria Cândida Fernandes, que compartilhou no Facebook sua insatisfação a respeito da janela de Libras no telão durante show aberto da banda Jota Quest neste domingo, 28, em Santos, litoral de SP, para celebrar o aniversário da cidade, incentiva a desobediência à Lei Brasileira de Inclusão e pode ainda configurar em crime de discriminação da pessoa em razão da deficiência, com o agravante de ter feito isso por meio de um veiculo de comunicação.

"Favor prefeitura, retirem essa mulher traduzindo a linguagem de surdo mudos bem na nossa cara????? Pelo amor de Deus tá ferrando o show. Não há surdos e mudos suficientes na cidade pra Ela aparecer em todos tel?es!! Sem noção, sem necessidade e ela atrapalha sim, pq ocupa 1/3 do telao", escreveu a médica.

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A reclamação não está mais disponível na rede, provavelmente apagada pela autora, mas não antes de ser copiada e compartilhada. E o post copiado foi compartilhado com marcação de personalidades e instituições da cidade, inclusive a vice-prefeita, Renata Bravo, e a Congregação Santista de Surdos (C.S.S).

A Prefeitura de Santos afirmou que não vai comentar o post. A Congregação Santista de Surdos manifestou repúdio.

Para que a manifestação completamente preconceituosa e absolutamente desinformada da médica se torne um caso de polícia e de Justiça, basta uma denúncia.

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O pensamento da endocrinologista Maria Cândida Fernandes reflete e repete uma percepção totalmente ultrapassada da deficiência e da importância da acessibilidade. Não é apenas a avaliação totalmente médica da pessoa com deficiência, mas a certeza de que direitos são justificáveis apenas para grupos seletos, desde que isso não atrapalhe os privilegiados.

Falando em privilégios, a banda Jota Quest também se apresentou para um punhado de participantes do baile da cidade de Santos que desembolsaram R$ 750 pelo ingresso - com renda em prol do Fundo Social de Solidariedade de Santos e parte dos recursos arrecadados direcionados à Casa da Santisticidade. Também havia interpretação em Libras no baile, mas sobre esse evento ninguém reclamou.

Interpretação de shows em Libras é uma obrigação prevista na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.  

Janelas de Libras foram expostas em telões nas laterais do palco montado na praia de Santos que recebeu a banda Jota Quest.  

A lei que determina a oferta de recursos de acessibilidade em eventos culturais, inclusive a tradução e interpretação de um espetáculo na Língua Brasileira de Sinais, é a mesma que pune com multa e prisão quem discriminar pessoas com deficiência.

Destaco aqui, obviamente, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (n° 13.146), sancionada em 6 de julho de 2015 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em vigor no País desde 2016.

Libras é citada em 16 trechos da LBI e estabelecida como obrigatória em todos os setores, não apenas na Cultura, assim como a discriminação é mencionada em seis trechos, entre os quais é sempre importante destacar o artigo 88.

"Art 88 - Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encontrar-se sob cuidado e responsabilidade do agente.

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa".

Print circula nas redes.  

Diante dessa legislação, a publicação da médica endocrinologista Maria Cândida Fernandes, que compartilhou no Facebook sua insatisfação a respeito da janela de Libras no telão durante show aberto da banda Jota Quest neste domingo, 28, em Santos, litoral de SP, para celebrar o aniversário da cidade, incentiva a desobediência à Lei Brasileira de Inclusão e pode ainda configurar em crime de discriminação da pessoa em razão da deficiência, com o agravante de ter feito isso por meio de um veiculo de comunicação.

"Favor prefeitura, retirem essa mulher traduzindo a linguagem de surdo mudos bem na nossa cara????? Pelo amor de Deus tá ferrando o show. Não há surdos e mudos suficientes na cidade pra Ela aparecer em todos tel?es!! Sem noção, sem necessidade e ela atrapalha sim, pq ocupa 1/3 do telao", escreveu a médica.

A reclamação não está mais disponível na rede, provavelmente apagada pela autora, mas não antes de ser copiada e compartilhada. E o post copiado foi compartilhado com marcação de personalidades e instituições da cidade, inclusive a vice-prefeita, Renata Bravo, e a Congregação Santista de Surdos (C.S.S).

A Prefeitura de Santos afirmou que não vai comentar o post. A Congregação Santista de Surdos manifestou repúdio.

Para que a manifestação completamente preconceituosa e absolutamente desinformada da médica se torne um caso de polícia e de Justiça, basta uma denúncia.

O pensamento da endocrinologista Maria Cândida Fernandes reflete e repete uma percepção totalmente ultrapassada da deficiência e da importância da acessibilidade. Não é apenas a avaliação totalmente médica da pessoa com deficiência, mas a certeza de que direitos são justificáveis apenas para grupos seletos, desde que isso não atrapalhe os privilegiados.

Falando em privilégios, a banda Jota Quest também se apresentou para um punhado de participantes do baile da cidade de Santos que desembolsaram R$ 750 pelo ingresso - com renda em prol do Fundo Social de Solidariedade de Santos e parte dos recursos arrecadados direcionados à Casa da Santisticidade. Também havia interpretação em Libras no baile, mas sobre esse evento ninguém reclamou.

Interpretação de shows em Libras é uma obrigação prevista na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.  

Janelas de Libras foram expostas em telões nas laterais do palco montado na praia de Santos que recebeu a banda Jota Quest.  

A lei que determina a oferta de recursos de acessibilidade em eventos culturais, inclusive a tradução e interpretação de um espetáculo na Língua Brasileira de Sinais, é a mesma que pune com multa e prisão quem discriminar pessoas com deficiência.

Destaco aqui, obviamente, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (n° 13.146), sancionada em 6 de julho de 2015 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em vigor no País desde 2016.

Libras é citada em 16 trechos da LBI e estabelecida como obrigatória em todos os setores, não apenas na Cultura, assim como a discriminação é mencionada em seis trechos, entre os quais é sempre importante destacar o artigo 88.

"Art 88 - Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encontrar-se sob cuidado e responsabilidade do agente.

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa".

Print circula nas redes.  

Diante dessa legislação, a publicação da médica endocrinologista Maria Cândida Fernandes, que compartilhou no Facebook sua insatisfação a respeito da janela de Libras no telão durante show aberto da banda Jota Quest neste domingo, 28, em Santos, litoral de SP, para celebrar o aniversário da cidade, incentiva a desobediência à Lei Brasileira de Inclusão e pode ainda configurar em crime de discriminação da pessoa em razão da deficiência, com o agravante de ter feito isso por meio de um veiculo de comunicação.

"Favor prefeitura, retirem essa mulher traduzindo a linguagem de surdo mudos bem na nossa cara????? Pelo amor de Deus tá ferrando o show. Não há surdos e mudos suficientes na cidade pra Ela aparecer em todos tel?es!! Sem noção, sem necessidade e ela atrapalha sim, pq ocupa 1/3 do telao", escreveu a médica.

A reclamação não está mais disponível na rede, provavelmente apagada pela autora, mas não antes de ser copiada e compartilhada. E o post copiado foi compartilhado com marcação de personalidades e instituições da cidade, inclusive a vice-prefeita, Renata Bravo, e a Congregação Santista de Surdos (C.S.S).

A Prefeitura de Santos afirmou que não vai comentar o post. A Congregação Santista de Surdos manifestou repúdio.

Para que a manifestação completamente preconceituosa e absolutamente desinformada da médica se torne um caso de polícia e de Justiça, basta uma denúncia.

O pensamento da endocrinologista Maria Cândida Fernandes reflete e repete uma percepção totalmente ultrapassada da deficiência e da importância da acessibilidade. Não é apenas a avaliação totalmente médica da pessoa com deficiência, mas a certeza de que direitos são justificáveis apenas para grupos seletos, desde que isso não atrapalhe os privilegiados.

Falando em privilégios, a banda Jota Quest também se apresentou para um punhado de participantes do baile da cidade de Santos que desembolsaram R$ 750 pelo ingresso - com renda em prol do Fundo Social de Solidariedade de Santos e parte dos recursos arrecadados direcionados à Casa da Santisticidade. Também havia interpretação em Libras no baile, mas sobre esse evento ninguém reclamou.

Interpretação de shows em Libras é uma obrigação prevista na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.  

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