Diversidade e Inclusão

Museu do Ipiranga prevê inovação na acessibilidade


Experiências sensoriais e mobilidade devem ganhar destaque após reforma. Área de visitação terá 5,4 mil metros quadrados. Recursos validados por pessoas com deficiência serão liberados para todo o público.

Por Luiz Alexandre Souza Ventura
"Projeto acessível considera de fato as necessidades dos visitantes", diz educadora. Foto: Taba Benedicto / Estadão.

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O projeto de acessibilidade do Museu do Ipiranga, em São Paulo, prevê uma oferta ampla e inovadora de recursos. Com as modificações propostas para o Edifício-Monumento e arredores, a área de visitação terá 5.456 metros quadrados, um novo piso no subsolo e um mirante no alto do prédio. Serão 49 salas onde estarão expostas 3,5 mil obras.

"Estamos dentro da reforma desde o começo. A ideia sempre foi essa, de incluir os recursos no núcleo do projeto ao invés de adaptar depois que tudo estiver pronto", explica Denise Peixoto, responsável pelo projeto de acessibilidade do museu. "Serão inseridos na narrativa e muitos estarão nos centros das exposições, mas nenhum será exclusivo para pessoas com deficiência. Não criamos segmentos específicos", diz.

Um ponto fundamental no trabalho é a participação efetiva de pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual e visual na validação de cada etapa de acessibilidade.

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O Concurso Nacional de Arquitetura para o Restauro e Modernização do Edifício-Monumento do Museu Paulista da Universidade de São Paulo foi aberto para inscrições de projetos em 2017 e teve o resultado divulgado em 2018.

"As premissas de acessibilidade e preservação do patrimônio estavam no concurso", esclarece Isabela Ribeiro de Arruda, supervisora de educação, museografia e ação cultural do Museu do Ipiranga.

"Outra questão importante é a construção de um projeto acessível que considera de fato as necessidades dos visitantes e não fica limitado ao que determina a norma (NBR 9050 da ABTN, a Associação Brasileira de Normas Técnicas), que não tem capítulo específico para exposições e dá margem para interpretação sobre a melhor maneira de aplicar", ressalta Denise Peixoto.

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Área de visitação terá 5.456 metros quadrados, um novo piso no subsolo e um mirante no alto do prédio. Foto: Reprodução.
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Mobilidade - O Museu do Ipiranga terá duas entradas para todas as pessoas, a partir do jardim. Nos lados esquerdo e direito, serão grandes portas de acesso a um piso totalmente novo, escavado no subsolo, onde antes havia asfalto. Esse andar terá uma janela para o jardim em altura acessível.

Outra novidade bastante importante é a instalação de três elevadores customizados para o museu pela Atlas Schindler, que vão garantir acesso a todos os pisos e serão abertos ao público em geral, sem exclusividade ou preferência, além de duas escadas rolantes.

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Haverá um elevador para acesso do novo piso no subsolo ao andar térreo, com capacidade para 13 passageiros (975 kg). Do térreo até o terceiro andar, mais dois elevadores, que podem transportar até 1050 kg (14 passageiros), com portas duplas, abertas para lados opostos.

O acesso ao mirante, acima do terceiro andar, será feito por escada comum e também por plataforma elevatória vertical. No piso a céu aberto, os visitantes poderão observar uma extensa área da cidade. E será instalada no local uma tela tátil que reproduz a paisagem ao redor.

Diversas paredes foram abertas para formar um corredor entre as salas e dar fluidez à movimentação dos visitantes, sem a necessidade de entrar e sair de cada sala para depois repetir o mesmo caminho na sala seguinte.

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 Foto: Taba Benedicto / Estadão.

Sensorial - A oferta de recursos de acessibilidade prevê 379 peças já disponíveis na reinauguração, entre telas táteis, reproduções em metal e dioramas (maquetes tridimensionais feitas a partir das obras). Os caminhos terão piso podotátil em todo o percurso, plantas táteis do museu e de cada ambiente, com texto em linguagem acessível e apresentação simplificada.

O Edifício-Monumento que abriga o Museu do Ipiranga foi construído entre 1885 e 1890. E inaugurado oficialmente em 1895.

"A instalação do piso tátil é um grande desafio, desde a escolha da cor até a maneira de colocar, sem agredir o ladrilho hidráulico, original do prédio. Estamos avaliando o melhor método de aplicação", diz Denise Peixoto.

A localização dos recursos táteis será semelhante em todas as salas, no centro do cômodo. Haverá também um sistema com vídeos em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, e legendas em português e inglês, além de um audioguia com áudiodescrição, inclusive das trilhas, que poderá ser acessado por equipamentos do próprio museu ou por um webaplicativo, semelhante a uma página de internet, diretamente pelo smartphone do visitante, sem necessidade de instalação. "Não é um dispositivo com sensor, o usuário controla o equipamento e escolhe o que quer ouvir", explica Denise Peixoto.

 Foto: Taba Benedicto / Estadão.

Materiais - Serão muitos tipos diferentes de telas táteis, com alto-relevo, volume e cor. "Tudo será colorido, acessível para todas as pessoas. Obviamente, são peças produzidas pensando nas pessoas com deficiência visual, mas livre para todos", ressalta Denise.

A educadora cita como exemplo a reprodução de moedas em peças de 25 centímetros de diâmetro, feitas em metal, além de dioramas (versões tridimensionais) de fotos e telas.

"São materiais com boa robustez, resina, madeira, com proteção específica, objetos tridimensionais para toque, inclusive os originais, texturas de tecidos, papéis de parede, couro, livros e catálogos táteis, reproduções de imagens com texturas para acesso visutátil, maquetes táteis e também alguns dispositivos olfativos, com aromas de flores e cheiro de tabaco", detalha.

"Ninguém será esquecido", garante a educadora. "Na sala de conforto para pais e mães, vamos instalar trocadores (para bebês) com diversas alturas, inclusive para pessoas com nanismo", afirma.

"Será na vivência, após a abertura, que vamos aprimorar e evoluir, para mergulhar em todos os públicos e situações específicas que serão descobertas. Nenhum grande problema foi esquecido", completa Denise Peixoto.

Todos os detalhes do projeto, o cronograma das obras, imagens e explicações estão na página http://museudoipiranga2022.org.br/.

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

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Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

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Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

"Projeto acessível considera de fato as necessidades dos visitantes", diz educadora. Foto: Taba Benedicto / Estadão.

O projeto de acessibilidade do Museu do Ipiranga, em São Paulo, prevê uma oferta ampla e inovadora de recursos. Com as modificações propostas para o Edifício-Monumento e arredores, a área de visitação terá 5.456 metros quadrados, um novo piso no subsolo e um mirante no alto do prédio. Serão 49 salas onde estarão expostas 3,5 mil obras.

"Estamos dentro da reforma desde o começo. A ideia sempre foi essa, de incluir os recursos no núcleo do projeto ao invés de adaptar depois que tudo estiver pronto", explica Denise Peixoto, responsável pelo projeto de acessibilidade do museu. "Serão inseridos na narrativa e muitos estarão nos centros das exposições, mas nenhum será exclusivo para pessoas com deficiência. Não criamos segmentos específicos", diz.

Um ponto fundamental no trabalho é a participação efetiva de pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual e visual na validação de cada etapa de acessibilidade.

O Concurso Nacional de Arquitetura para o Restauro e Modernização do Edifício-Monumento do Museu Paulista da Universidade de São Paulo foi aberto para inscrições de projetos em 2017 e teve o resultado divulgado em 2018.

"As premissas de acessibilidade e preservação do patrimônio estavam no concurso", esclarece Isabela Ribeiro de Arruda, supervisora de educação, museografia e ação cultural do Museu do Ipiranga.

"Outra questão importante é a construção de um projeto acessível que considera de fato as necessidades dos visitantes e não fica limitado ao que determina a norma (NBR 9050 da ABTN, a Associação Brasileira de Normas Técnicas), que não tem capítulo específico para exposições e dá margem para interpretação sobre a melhor maneira de aplicar", ressalta Denise Peixoto.

Área de visitação terá 5.456 metros quadrados, um novo piso no subsolo e um mirante no alto do prédio. Foto: Reprodução.

Mobilidade - O Museu do Ipiranga terá duas entradas para todas as pessoas, a partir do jardim. Nos lados esquerdo e direito, serão grandes portas de acesso a um piso totalmente novo, escavado no subsolo, onde antes havia asfalto. Esse andar terá uma janela para o jardim em altura acessível.

Outra novidade bastante importante é a instalação de três elevadores customizados para o museu pela Atlas Schindler, que vão garantir acesso a todos os pisos e serão abertos ao público em geral, sem exclusividade ou preferência, além de duas escadas rolantes.

Haverá um elevador para acesso do novo piso no subsolo ao andar térreo, com capacidade para 13 passageiros (975 kg). Do térreo até o terceiro andar, mais dois elevadores, que podem transportar até 1050 kg (14 passageiros), com portas duplas, abertas para lados opostos.

O acesso ao mirante, acima do terceiro andar, será feito por escada comum e também por plataforma elevatória vertical. No piso a céu aberto, os visitantes poderão observar uma extensa área da cidade. E será instalada no local uma tela tátil que reproduz a paisagem ao redor.

Diversas paredes foram abertas para formar um corredor entre as salas e dar fluidez à movimentação dos visitantes, sem a necessidade de entrar e sair de cada sala para depois repetir o mesmo caminho na sala seguinte.

 Foto: Taba Benedicto / Estadão.

Sensorial - A oferta de recursos de acessibilidade prevê 379 peças já disponíveis na reinauguração, entre telas táteis, reproduções em metal e dioramas (maquetes tridimensionais feitas a partir das obras). Os caminhos terão piso podotátil em todo o percurso, plantas táteis do museu e de cada ambiente, com texto em linguagem acessível e apresentação simplificada.

O Edifício-Monumento que abriga o Museu do Ipiranga foi construído entre 1885 e 1890. E inaugurado oficialmente em 1895.

"A instalação do piso tátil é um grande desafio, desde a escolha da cor até a maneira de colocar, sem agredir o ladrilho hidráulico, original do prédio. Estamos avaliando o melhor método de aplicação", diz Denise Peixoto.

A localização dos recursos táteis será semelhante em todas as salas, no centro do cômodo. Haverá também um sistema com vídeos em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, e legendas em português e inglês, além de um audioguia com áudiodescrição, inclusive das trilhas, que poderá ser acessado por equipamentos do próprio museu ou por um webaplicativo, semelhante a uma página de internet, diretamente pelo smartphone do visitante, sem necessidade de instalação. "Não é um dispositivo com sensor, o usuário controla o equipamento e escolhe o que quer ouvir", explica Denise Peixoto.

 Foto: Taba Benedicto / Estadão.

Materiais - Serão muitos tipos diferentes de telas táteis, com alto-relevo, volume e cor. "Tudo será colorido, acessível para todas as pessoas. Obviamente, são peças produzidas pensando nas pessoas com deficiência visual, mas livre para todos", ressalta Denise.

A educadora cita como exemplo a reprodução de moedas em peças de 25 centímetros de diâmetro, feitas em metal, além de dioramas (versões tridimensionais) de fotos e telas.

"São materiais com boa robustez, resina, madeira, com proteção específica, objetos tridimensionais para toque, inclusive os originais, texturas de tecidos, papéis de parede, couro, livros e catálogos táteis, reproduções de imagens com texturas para acesso visutátil, maquetes táteis e também alguns dispositivos olfativos, com aromas de flores e cheiro de tabaco", detalha.

"Ninguém será esquecido", garante a educadora. "Na sala de conforto para pais e mães, vamos instalar trocadores (para bebês) com diversas alturas, inclusive para pessoas com nanismo", afirma.

"Será na vivência, após a abertura, que vamos aprimorar e evoluir, para mergulhar em todos os públicos e situações específicas que serão descobertas. Nenhum grande problema foi esquecido", completa Denise Peixoto.

Todos os detalhes do projeto, o cronograma das obras, imagens e explicações estão na página http://museudoipiranga2022.org.br/.

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

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Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

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"Projeto acessível considera de fato as necessidades dos visitantes", diz educadora. Foto: Taba Benedicto / Estadão.

O projeto de acessibilidade do Museu do Ipiranga, em São Paulo, prevê uma oferta ampla e inovadora de recursos. Com as modificações propostas para o Edifício-Monumento e arredores, a área de visitação terá 5.456 metros quadrados, um novo piso no subsolo e um mirante no alto do prédio. Serão 49 salas onde estarão expostas 3,5 mil obras.

"Estamos dentro da reforma desde o começo. A ideia sempre foi essa, de incluir os recursos no núcleo do projeto ao invés de adaptar depois que tudo estiver pronto", explica Denise Peixoto, responsável pelo projeto de acessibilidade do museu. "Serão inseridos na narrativa e muitos estarão nos centros das exposições, mas nenhum será exclusivo para pessoas com deficiência. Não criamos segmentos específicos", diz.

Um ponto fundamental no trabalho é a participação efetiva de pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual e visual na validação de cada etapa de acessibilidade.

O Concurso Nacional de Arquitetura para o Restauro e Modernização do Edifício-Monumento do Museu Paulista da Universidade de São Paulo foi aberto para inscrições de projetos em 2017 e teve o resultado divulgado em 2018.

"As premissas de acessibilidade e preservação do patrimônio estavam no concurso", esclarece Isabela Ribeiro de Arruda, supervisora de educação, museografia e ação cultural do Museu do Ipiranga.

"Outra questão importante é a construção de um projeto acessível que considera de fato as necessidades dos visitantes e não fica limitado ao que determina a norma (NBR 9050 da ABTN, a Associação Brasileira de Normas Técnicas), que não tem capítulo específico para exposições e dá margem para interpretação sobre a melhor maneira de aplicar", ressalta Denise Peixoto.

Área de visitação terá 5.456 metros quadrados, um novo piso no subsolo e um mirante no alto do prédio. Foto: Reprodução.

Mobilidade - O Museu do Ipiranga terá duas entradas para todas as pessoas, a partir do jardim. Nos lados esquerdo e direito, serão grandes portas de acesso a um piso totalmente novo, escavado no subsolo, onde antes havia asfalto. Esse andar terá uma janela para o jardim em altura acessível.

Outra novidade bastante importante é a instalação de três elevadores customizados para o museu pela Atlas Schindler, que vão garantir acesso a todos os pisos e serão abertos ao público em geral, sem exclusividade ou preferência, além de duas escadas rolantes.

Haverá um elevador para acesso do novo piso no subsolo ao andar térreo, com capacidade para 13 passageiros (975 kg). Do térreo até o terceiro andar, mais dois elevadores, que podem transportar até 1050 kg (14 passageiros), com portas duplas, abertas para lados opostos.

O acesso ao mirante, acima do terceiro andar, será feito por escada comum e também por plataforma elevatória vertical. No piso a céu aberto, os visitantes poderão observar uma extensa área da cidade. E será instalada no local uma tela tátil que reproduz a paisagem ao redor.

Diversas paredes foram abertas para formar um corredor entre as salas e dar fluidez à movimentação dos visitantes, sem a necessidade de entrar e sair de cada sala para depois repetir o mesmo caminho na sala seguinte.

 Foto: Taba Benedicto / Estadão.

Sensorial - A oferta de recursos de acessibilidade prevê 379 peças já disponíveis na reinauguração, entre telas táteis, reproduções em metal e dioramas (maquetes tridimensionais feitas a partir das obras). Os caminhos terão piso podotátil em todo o percurso, plantas táteis do museu e de cada ambiente, com texto em linguagem acessível e apresentação simplificada.

O Edifício-Monumento que abriga o Museu do Ipiranga foi construído entre 1885 e 1890. E inaugurado oficialmente em 1895.

"A instalação do piso tátil é um grande desafio, desde a escolha da cor até a maneira de colocar, sem agredir o ladrilho hidráulico, original do prédio. Estamos avaliando o melhor método de aplicação", diz Denise Peixoto.

A localização dos recursos táteis será semelhante em todas as salas, no centro do cômodo. Haverá também um sistema com vídeos em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, e legendas em português e inglês, além de um audioguia com áudiodescrição, inclusive das trilhas, que poderá ser acessado por equipamentos do próprio museu ou por um webaplicativo, semelhante a uma página de internet, diretamente pelo smartphone do visitante, sem necessidade de instalação. "Não é um dispositivo com sensor, o usuário controla o equipamento e escolhe o que quer ouvir", explica Denise Peixoto.

 Foto: Taba Benedicto / Estadão.

Materiais - Serão muitos tipos diferentes de telas táteis, com alto-relevo, volume e cor. "Tudo será colorido, acessível para todas as pessoas. Obviamente, são peças produzidas pensando nas pessoas com deficiência visual, mas livre para todos", ressalta Denise.

A educadora cita como exemplo a reprodução de moedas em peças de 25 centímetros de diâmetro, feitas em metal, além de dioramas (versões tridimensionais) de fotos e telas.

"São materiais com boa robustez, resina, madeira, com proteção específica, objetos tridimensionais para toque, inclusive os originais, texturas de tecidos, papéis de parede, couro, livros e catálogos táteis, reproduções de imagens com texturas para acesso visutátil, maquetes táteis e também alguns dispositivos olfativos, com aromas de flores e cheiro de tabaco", detalha.

"Ninguém será esquecido", garante a educadora. "Na sala de conforto para pais e mães, vamos instalar trocadores (para bebês) com diversas alturas, inclusive para pessoas com nanismo", afirma.

"Será na vivência, após a abertura, que vamos aprimorar e evoluir, para mergulhar em todos os públicos e situações específicas que serão descobertas. Nenhum grande problema foi esquecido", completa Denise Peixoto.

Todos os detalhes do projeto, o cronograma das obras, imagens e explicações estão na página http://museudoipiranga2022.org.br/.

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Reprodução.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Taba Benedicto / Estadão.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

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"Projeto acessível considera de fato as necessidades dos visitantes", diz educadora. Foto: Taba Benedicto / Estadão.

O projeto de acessibilidade do Museu do Ipiranga, em São Paulo, prevê uma oferta ampla e inovadora de recursos. Com as modificações propostas para o Edifício-Monumento e arredores, a área de visitação terá 5.456 metros quadrados, um novo piso no subsolo e um mirante no alto do prédio. Serão 49 salas onde estarão expostas 3,5 mil obras.

"Estamos dentro da reforma desde o começo. A ideia sempre foi essa, de incluir os recursos no núcleo do projeto ao invés de adaptar depois que tudo estiver pronto", explica Denise Peixoto, responsável pelo projeto de acessibilidade do museu. "Serão inseridos na narrativa e muitos estarão nos centros das exposições, mas nenhum será exclusivo para pessoas com deficiência. Não criamos segmentos específicos", diz.

Um ponto fundamental no trabalho é a participação efetiva de pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual e visual na validação de cada etapa de acessibilidade.

O Concurso Nacional de Arquitetura para o Restauro e Modernização do Edifício-Monumento do Museu Paulista da Universidade de São Paulo foi aberto para inscrições de projetos em 2017 e teve o resultado divulgado em 2018.

"As premissas de acessibilidade e preservação do patrimônio estavam no concurso", esclarece Isabela Ribeiro de Arruda, supervisora de educação, museografia e ação cultural do Museu do Ipiranga.

"Outra questão importante é a construção de um projeto acessível que considera de fato as necessidades dos visitantes e não fica limitado ao que determina a norma (NBR 9050 da ABTN, a Associação Brasileira de Normas Técnicas), que não tem capítulo específico para exposições e dá margem para interpretação sobre a melhor maneira de aplicar", ressalta Denise Peixoto.

Área de visitação terá 5.456 metros quadrados, um novo piso no subsolo e um mirante no alto do prédio. Foto: Reprodução.

Mobilidade - O Museu do Ipiranga terá duas entradas para todas as pessoas, a partir do jardim. Nos lados esquerdo e direito, serão grandes portas de acesso a um piso totalmente novo, escavado no subsolo, onde antes havia asfalto. Esse andar terá uma janela para o jardim em altura acessível.

Outra novidade bastante importante é a instalação de três elevadores customizados para o museu pela Atlas Schindler, que vão garantir acesso a todos os pisos e serão abertos ao público em geral, sem exclusividade ou preferência, além de duas escadas rolantes.

Haverá um elevador para acesso do novo piso no subsolo ao andar térreo, com capacidade para 13 passageiros (975 kg). Do térreo até o terceiro andar, mais dois elevadores, que podem transportar até 1050 kg (14 passageiros), com portas duplas, abertas para lados opostos.

O acesso ao mirante, acima do terceiro andar, será feito por escada comum e também por plataforma elevatória vertical. No piso a céu aberto, os visitantes poderão observar uma extensa área da cidade. E será instalada no local uma tela tátil que reproduz a paisagem ao redor.

Diversas paredes foram abertas para formar um corredor entre as salas e dar fluidez à movimentação dos visitantes, sem a necessidade de entrar e sair de cada sala para depois repetir o mesmo caminho na sala seguinte.

 Foto: Taba Benedicto / Estadão.

Sensorial - A oferta de recursos de acessibilidade prevê 379 peças já disponíveis na reinauguração, entre telas táteis, reproduções em metal e dioramas (maquetes tridimensionais feitas a partir das obras). Os caminhos terão piso podotátil em todo o percurso, plantas táteis do museu e de cada ambiente, com texto em linguagem acessível e apresentação simplificada.

O Edifício-Monumento que abriga o Museu do Ipiranga foi construído entre 1885 e 1890. E inaugurado oficialmente em 1895.

"A instalação do piso tátil é um grande desafio, desde a escolha da cor até a maneira de colocar, sem agredir o ladrilho hidráulico, original do prédio. Estamos avaliando o melhor método de aplicação", diz Denise Peixoto.

A localização dos recursos táteis será semelhante em todas as salas, no centro do cômodo. Haverá também um sistema com vídeos em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, e legendas em português e inglês, além de um audioguia com áudiodescrição, inclusive das trilhas, que poderá ser acessado por equipamentos do próprio museu ou por um webaplicativo, semelhante a uma página de internet, diretamente pelo smartphone do visitante, sem necessidade de instalação. "Não é um dispositivo com sensor, o usuário controla o equipamento e escolhe o que quer ouvir", explica Denise Peixoto.

 Foto: Taba Benedicto / Estadão.

Materiais - Serão muitos tipos diferentes de telas táteis, com alto-relevo, volume e cor. "Tudo será colorido, acessível para todas as pessoas. Obviamente, são peças produzidas pensando nas pessoas com deficiência visual, mas livre para todos", ressalta Denise.

A educadora cita como exemplo a reprodução de moedas em peças de 25 centímetros de diâmetro, feitas em metal, além de dioramas (versões tridimensionais) de fotos e telas.

"São materiais com boa robustez, resina, madeira, com proteção específica, objetos tridimensionais para toque, inclusive os originais, texturas de tecidos, papéis de parede, couro, livros e catálogos táteis, reproduções de imagens com texturas para acesso visutátil, maquetes táteis e também alguns dispositivos olfativos, com aromas de flores e cheiro de tabaco", detalha.

"Ninguém será esquecido", garante a educadora. "Na sala de conforto para pais e mães, vamos instalar trocadores (para bebês) com diversas alturas, inclusive para pessoas com nanismo", afirma.

"Será na vivência, após a abertura, que vamos aprimorar e evoluir, para mergulhar em todos os públicos e situações específicas que serão descobertas. Nenhum grande problema foi esquecido", completa Denise Peixoto.

Todos os detalhes do projeto, o cronograma das obras, imagens e explicações estão na página http://museudoipiranga2022.org.br/.

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Crédito: Hélio Nobre / Divulgação.  Foto: Estadão

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