Diversidade e Inclusão

Nas ondas da inclusão


Escola pública de surf de Santos, no litoral de SP, que tem uma unidade totalmente dedicada às pessoas com deficiência, foi reconhecida como patrimônio cultural e imaterial; projeto já recebeu mais de 50 mil alunos, inclusive mais de 1.000 pessoas com deficiência; município foi escolhido em 2023 como o mais inclusivo da Rede Mundial de Cidades do Surfe.

Por Luiz Alexandre Souza Ventura

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O ano de 2025 começa com uma notícia bastante positiva para quem curte o surf e entende o poder transformador desse esporte para além da atividade física.

A escola pública de surf de Santos, no litoral sul de São Paulo, criada há 33 anos e que tem uma unidade totalmente dedicada às pessoas com deficiência, foi reconhecida como patrimônio cultural e imaterial do município. A medida está publicada na primeira página da edição desta terça-feira, 7, do diário oficial da cidade, em alinhamento com o item 3 (Saúde e Bem-Estar) dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

A unidade pioneira fica no Posto 2, no bairro da Pompéia. Segundo números oficiais, o projeto já recebeu mais de 50 mil alunos, de 8 a 78 anos. "Tantas pessoas que já atendemos. É um legado. Há um esforço coletivo para a preservação de um equipamento que transforma vidas", diz Francisco Araña, o Cisco, idealizador e líder do projeto.

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São quatro programas de três meses ao longo do ano, com média 200 alunos no total e 50 por programa.

Inclusão - Em 2020 foi inaugurada a Escola Radical de Surfe Adaptado de Santos - no Posto 3, bairro do Gonzaga -, que já recebeu mais de 1.000 alunos com deficiência, entre crianças, jovens, adultos e idosos. No evento de inauguração, Vencer Limites entrevistou Cisco. Ele detalhou as transformações provocadas pelos alunos com deficiência.

"Esse projeto específico começou a ser construído em 2017, mas a demanda existia desde 1995, com a chegada de Valdemir Pereira, o Val, primeiro surfista cego do Brasil", contou. "Em 2014, surgiram pessoas com outras deficiências, além da visual, e as pranchas não eram acessíveis para esse novo grupo. Então, criamos uma prancha multifuncional, com adaptações muito simples, um deck adaptado no qual você coloca sistemas específicos, que não eliminam os outros recursos, e que pode ser usado por duas pessoas juntas", descreveu Cisco Araña na época. "Temos três pranchas com dez adaptações para pessoas com deficiência visual. São recursos táteis que dão referência para o posicionamento das mãos e dos pés", explicou o professor.

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Os materiais aplicados nas adaptações têm baixo custo. São feitos principalmente em E.V.A. (Ethylene Vinyl Acetate ou Etileno Acetato de Vinila), com formatos e cortes direcionados às pranchas, além do famoso 'macarrão de piscina', feito de polietileno, um tipo de plástico atóxico, leve, flexível e impermeável.

A unidade de surf adaptado tem um espaço interno para ser usado quando não for possível entrar no mar, por causa de mudanças climáticas, do tamanho das ondas, das chuvas ou dos ventos muitos fortes, de trovoadas e outras situações.

Em 2023, a cidade de Santos foi escolhida como a mais inclusiva da Rede Mundial de Cidades do Surfe (World Surf Cities Network), instituição que reúne várias localidades em 12 países, um reconhecimento ao trabalho do professor Cisco Araña, que recebeu os troféus em Viana do Castelo (Portugal). O município já foi sede de duas edições da conferência da Rede.

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Os equipamentos são vinculados à Secretaria Municipal de Esportes (Semes) e funcionam em parceria com a Blue Med Saúde.

O reconhecimento de patrimônio cultural e imaterial é fruto de projeto de lei apresentado em 2024 pela ex-vereadora, atual vice-prefeita e secretária da Educação, Audrey Kleys.

O atual prefeito, Rogério Santos, reeleito no ano passado, também surfista, destacou em publicação na página da Prefeitura que "o surf é mais que um esporte, proporciona contato com a natureza, saúde física e mental, e amizades. Nossa escola é pioneira em aproximar as pessoas dessa atmosfera que faz tão bem para o corpo e para a alma, com atenção profissional e o espírito de aloha tão bem representado na figura do educador Cisco Araña, um entusiasta da inclusão e do bem-estar. É o merecido reconhecimento a uma escola que é referência para o Brasil e para o mundo".

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Picuruta - Santos também tem a Escola de Surf Picuruta Salazar, que funciona no Parque Roberto Mário Santini, sobre o quebra-mar, no bairro do José Menino. Alexandre Salazar Junior, o Picuruta, é o atual responsável e administrador.

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O ano de 2025 começa com uma notícia bastante positiva para quem curte o surf e entende o poder transformador desse esporte para além da atividade física.

A escola pública de surf de Santos, no litoral sul de São Paulo, criada há 33 anos e que tem uma unidade totalmente dedicada às pessoas com deficiência, foi reconhecida como patrimônio cultural e imaterial do município. A medida está publicada na primeira página da edição desta terça-feira, 7, do diário oficial da cidade, em alinhamento com o item 3 (Saúde e Bem-Estar) dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

A unidade pioneira fica no Posto 2, no bairro da Pompéia. Segundo números oficiais, o projeto já recebeu mais de 50 mil alunos, de 8 a 78 anos. "Tantas pessoas que já atendemos. É um legado. Há um esforço coletivo para a preservação de um equipamento que transforma vidas", diz Francisco Araña, o Cisco, idealizador e líder do projeto.

São quatro programas de três meses ao longo do ano, com média 200 alunos no total e 50 por programa.

Inclusão - Em 2020 foi inaugurada a Escola Radical de Surfe Adaptado de Santos - no Posto 3, bairro do Gonzaga -, que já recebeu mais de 1.000 alunos com deficiência, entre crianças, jovens, adultos e idosos. No evento de inauguração, Vencer Limites entrevistou Cisco. Ele detalhou as transformações provocadas pelos alunos com deficiência.

"Esse projeto específico começou a ser construído em 2017, mas a demanda existia desde 1995, com a chegada de Valdemir Pereira, o Val, primeiro surfista cego do Brasil", contou. "Em 2014, surgiram pessoas com outras deficiências, além da visual, e as pranchas não eram acessíveis para esse novo grupo. Então, criamos uma prancha multifuncional, com adaptações muito simples, um deck adaptado no qual você coloca sistemas específicos, que não eliminam os outros recursos, e que pode ser usado por duas pessoas juntas", descreveu Cisco Araña na época. "Temos três pranchas com dez adaptações para pessoas com deficiência visual. São recursos táteis que dão referência para o posicionamento das mãos e dos pés", explicou o professor.

Os materiais aplicados nas adaptações têm baixo custo. São feitos principalmente em E.V.A. (Ethylene Vinyl Acetate ou Etileno Acetato de Vinila), com formatos e cortes direcionados às pranchas, além do famoso 'macarrão de piscina', feito de polietileno, um tipo de plástico atóxico, leve, flexível e impermeável.

A unidade de surf adaptado tem um espaço interno para ser usado quando não for possível entrar no mar, por causa de mudanças climáticas, do tamanho das ondas, das chuvas ou dos ventos muitos fortes, de trovoadas e outras situações.

Em 2023, a cidade de Santos foi escolhida como a mais inclusiva da Rede Mundial de Cidades do Surfe (World Surf Cities Network), instituição que reúne várias localidades em 12 países, um reconhecimento ao trabalho do professor Cisco Araña, que recebeu os troféus em Viana do Castelo (Portugal). O município já foi sede de duas edições da conferência da Rede.

Os equipamentos são vinculados à Secretaria Municipal de Esportes (Semes) e funcionam em parceria com a Blue Med Saúde.

O reconhecimento de patrimônio cultural e imaterial é fruto de projeto de lei apresentado em 2024 pela ex-vereadora, atual vice-prefeita e secretária da Educação, Audrey Kleys.

O atual prefeito, Rogério Santos, reeleito no ano passado, também surfista, destacou em publicação na página da Prefeitura que "o surf é mais que um esporte, proporciona contato com a natureza, saúde física e mental, e amizades. Nossa escola é pioneira em aproximar as pessoas dessa atmosfera que faz tão bem para o corpo e para a alma, com atenção profissional e o espírito de aloha tão bem representado na figura do educador Cisco Araña, um entusiasta da inclusão e do bem-estar. É o merecido reconhecimento a uma escola que é referência para o Brasil e para o mundo".

Picuruta - Santos também tem a Escola de Surf Picuruta Salazar, que funciona no Parque Roberto Mário Santini, sobre o quebra-mar, no bairro do José Menino. Alexandre Salazar Junior, o Picuruta, é o atual responsável e administrador.

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O ano de 2025 começa com uma notícia bastante positiva para quem curte o surf e entende o poder transformador desse esporte para além da atividade física.

A escola pública de surf de Santos, no litoral sul de São Paulo, criada há 33 anos e que tem uma unidade totalmente dedicada às pessoas com deficiência, foi reconhecida como patrimônio cultural e imaterial do município. A medida está publicada na primeira página da edição desta terça-feira, 7, do diário oficial da cidade, em alinhamento com o item 3 (Saúde e Bem-Estar) dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

A unidade pioneira fica no Posto 2, no bairro da Pompéia. Segundo números oficiais, o projeto já recebeu mais de 50 mil alunos, de 8 a 78 anos. "Tantas pessoas que já atendemos. É um legado. Há um esforço coletivo para a preservação de um equipamento que transforma vidas", diz Francisco Araña, o Cisco, idealizador e líder do projeto.

São quatro programas de três meses ao longo do ano, com média 200 alunos no total e 50 por programa.

Inclusão - Em 2020 foi inaugurada a Escola Radical de Surfe Adaptado de Santos - no Posto 3, bairro do Gonzaga -, que já recebeu mais de 1.000 alunos com deficiência, entre crianças, jovens, adultos e idosos. No evento de inauguração, Vencer Limites entrevistou Cisco. Ele detalhou as transformações provocadas pelos alunos com deficiência.

"Esse projeto específico começou a ser construído em 2017, mas a demanda existia desde 1995, com a chegada de Valdemir Pereira, o Val, primeiro surfista cego do Brasil", contou. "Em 2014, surgiram pessoas com outras deficiências, além da visual, e as pranchas não eram acessíveis para esse novo grupo. Então, criamos uma prancha multifuncional, com adaptações muito simples, um deck adaptado no qual você coloca sistemas específicos, que não eliminam os outros recursos, e que pode ser usado por duas pessoas juntas", descreveu Cisco Araña na época. "Temos três pranchas com dez adaptações para pessoas com deficiência visual. São recursos táteis que dão referência para o posicionamento das mãos e dos pés", explicou o professor.

Os materiais aplicados nas adaptações têm baixo custo. São feitos principalmente em E.V.A. (Ethylene Vinyl Acetate ou Etileno Acetato de Vinila), com formatos e cortes direcionados às pranchas, além do famoso 'macarrão de piscina', feito de polietileno, um tipo de plástico atóxico, leve, flexível e impermeável.

A unidade de surf adaptado tem um espaço interno para ser usado quando não for possível entrar no mar, por causa de mudanças climáticas, do tamanho das ondas, das chuvas ou dos ventos muitos fortes, de trovoadas e outras situações.

Em 2023, a cidade de Santos foi escolhida como a mais inclusiva da Rede Mundial de Cidades do Surfe (World Surf Cities Network), instituição que reúne várias localidades em 12 países, um reconhecimento ao trabalho do professor Cisco Araña, que recebeu os troféus em Viana do Castelo (Portugal). O município já foi sede de duas edições da conferência da Rede.

Os equipamentos são vinculados à Secretaria Municipal de Esportes (Semes) e funcionam em parceria com a Blue Med Saúde.

O reconhecimento de patrimônio cultural e imaterial é fruto de projeto de lei apresentado em 2024 pela ex-vereadora, atual vice-prefeita e secretária da Educação, Audrey Kleys.

O atual prefeito, Rogério Santos, reeleito no ano passado, também surfista, destacou em publicação na página da Prefeitura que "o surf é mais que um esporte, proporciona contato com a natureza, saúde física e mental, e amizades. Nossa escola é pioneira em aproximar as pessoas dessa atmosfera que faz tão bem para o corpo e para a alma, com atenção profissional e o espírito de aloha tão bem representado na figura do educador Cisco Araña, um entusiasta da inclusão e do bem-estar. É o merecido reconhecimento a uma escola que é referência para o Brasil e para o mundo".

Picuruta - Santos também tem a Escola de Surf Picuruta Salazar, que funciona no Parque Roberto Mário Santini, sobre o quebra-mar, no bairro do José Menino. Alexandre Salazar Junior, o Picuruta, é o atual responsável e administrador.

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